Pesquisa pós-qualitativa: contribuições críticas do pós-estruturalismo feminista
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n184032Palavras-chave:
epistemologia feminista, feminismo pós-estruturalista, pesquisa pós-qualitativaResumo
O objetivo do artigo é fazer uma viagem pelo desenvolvimento de epistemologias feministas,
cujas contribuições para as ciências sociais vão desde a exposição do viés androcêntrico de suas pesquisas, a rejeição das noções de objetividade e neutralidade dos métodos empíricos tradicionais, até a exposição dos sistemas de poder que criam e recriam os conceitos usados pela ciência em um determinado sistema social e político. Se a princípio as mulheres eram o principal objeto de estudo do feminismo, seu interesse se deslocou para outros marginalizados, indagando sobre as condições de possibilidade que mantêm sociedades profundamente desiguais. Três correntes da epistemologia feministas são revisitadas, com ênfase no pós-estruturalismo feminista por suas contribuições para a pesquisa pós-qualitativa pós-cartesiana.
Downloads
Referências
AGUILAR BARRIGA, Nani. “Una aproximación teórica a las olas del feminismo: la cuarta ola”. FEMERIS: Revista Multidisciplinar de Estudios de Género, v. 5, n. 2, p. 121–146, 2020.
AMORÓS, Celia. Feminismo y filosofía. Madrid, España: Editorial Síntesis, S.A., 2000.
BELLE, Deborah; DOUCET, Joanne. “Poverty, inequality, and discrimination as sources of depression among U.S. women”. Psychology of Women Quarterly, v. 27, n. 2, p. 101–113, 2003.
BUTLER, Judith. El género en disputa: el feminismo y la subversión de la identidad. Barcelona,
España: Ediciones Paidós Ibérica, 2007.
CAMPBELL, Rebecca; WASCO, Sharon M. “Feminist approaches to social science: Epistemological and methodological tenets”. American Journal of Community Psychology, v. 28, n. 6, p. 773–791, dez. 2000.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. La poscolonialidad explicada a los niños. Popayán: Editorial
Universidad del Cauca, 2005.
CRASNOW, Sharon. “Feminist philosophy of science: Values and objectivity”. Philosophy Compass, v. 8, n. 4, p. 413–423, abr. 2013.
CRENSHAW, Kimberle. “Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence
against Women of Color”. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241, 1991.
CUBILLOS ALMENDRA, Javiera. “La importancia de la interseccionalidad para la investigación
feminista”. OXÍMORA Revista Internacional de Ética y Política, n. 7, p. 119–137, 2015.
DELEUZE, Giles. Lógica del sentido. Barcelona: Paidós, 2005.
DELEUZE, Giles. Dos regímenes de locos. Valencia: Pre-Textos, 2008.
DELEUZE, Giles; GUATTARI, Félix. ¿Qué es la filosofía? Barcelona: Anagrama, 1997.
DERRIDA, Jacques. Los espectros de Marx. El estado de la deuda, el trabajo del duelo y la nueva internacional. Madrid: Editorial Trotta, 1998.
FIRESTONE, Shulamith. La dialéctica del sexo. Barcelona: Editorial Kairós, 1976.
FOUCAULT, Michel. The History of Sexuality Volume I: An Introduction. New York: Pantheon Books, 1978. v. I
FOUCAULT, Michel. Microfísica del poder. Madrid: Las Ediciones de La Piqueta, 1979.
FOUCAULT, Michel. On the genealogy of ethics: an overview of work in progress. In: RAVINOW, Paul. (Ed.). The Foucault Reader. New York: Pantheon Books, 1984. p. 340–372.
GAVEY, Nicola. “Feminist postestructuralism and dircourse analysis: Contributions to Feminist
Psychology”. Psychology of Women Quarterly, v. 13, n. 4, p. 459–475, 25 dez. 1989.
HARAWAY, Donna. “Situated knowledges: The science question in feminism and the privilege of partial perspective”. Feminist Studies, v. 14, n. 3, p. 575–599, 1988.
HARDING, Sandra. “After the Neutrality Ideal: Science, Politics, and “Strong Objectivity”. Social
Research, v. 59, n. 3, p. 567–587, 1992a.
HARDING, Sandra. Rethinking Standpoint Epistemology: What is ‘Strong Objectivity’?” The
Centennial Review, v. 36, n. 3, p. 437–470, 1992b.
HARDING, Sandra. “A Socially Relevant Philosophy of Science? Resources from Standpoint Theory’s Controversiality”. Hypatia: A Journal of Feminist Philosophy, v. 19, n. 1, p. 25–47, 2004.
HEIN, Serge F. “Deleuze’s New Image of Thought: Challenging the Dogmatic Image of Thought in Qualitative Inquiry”. Qualitative Inquiry, v. 23, n. 9, p. 656–665, 22 nov. 2017.
JACKSON, Alecia Y. “Thinking Without Method”. Qualitative Inquiry, v. 23, n. 9, p. 666–674, 28 nov. 2017.
KUNTZ, Aaron M.; ST. PIERRE, Elizabeth A. “Proclaiming the New: An Introduction”. Qualitative Inquiry, v. 27, n. 5, p. 1–5, 2020.
LENZ TAGUCHI, Hillevi. “This Is Not a Photograph of a Fetus”: A Feminist Reconfiguration of the Concept of Posthumanism as the Ultrasoundfetusimage. Qualitative Inquiry, v. 23, n. 9, p. 699–710, 24 nov. 2017.
LENZ TAGUCHI, Hillevi; ST. PIERRE, Elizabeth A. “Using Concept as Method in Educational and Social Science Inquiry”. Qualitative Inquiry, v. 23, n. 9, p. 643–648, 5 nov. 2017.
LYOTARD, Jean-Francois. La condición postmoderna. Informe sobre el saber. Madrid: Ediciones
Cátedra, 1987.
MACLURE, Maggi. “Researching without representation? Language and materiality in postqualitative methodology”. International Journal of Qualitative Studies in Education, v. 26, n. 6, p. 658–667, 2013.
MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. El árbol del conocimiento. Las bases biológicas del
entendimiento humano. Buenos Aires, Argentina: Lumen, 2003.
MILLETT, Kate. Política Sexual. Madrid: Ediciones Cátedra, 1995.
OLIVARES-AISING, Daniela; BARRERA, María del Valle. “Salud Mental Comunitaria: Equipos
psicosociales y políticas públicas en la intervención de personas con adicciones”.
Psicoperspectivas, v. 18, n. 2, 2019.
OLIVARES, Daniela; MORRISON, Rodolfo; YÁÑEZ, Randy; CARRASCO, Jimena. “¿Por qué puede
ser difícil comprender qué es la Terapia Ocupacional? Una propuesta teórica desde cuatro
perspectivas”. Revista Chilena de Terapia Ocupacional, v. 15, n. 1, p. 123–134, ago. 2015.
PALEČEK, Martin; RISJORD, Mark. “Relativism and the Ontological Turn within Anthropology”.
Philosophy of the Social Sciences, v. 43, n. 1, p. 3–23, 17 mar. 2013.
SCOTT, Joan. “The Evidence of Experience”. Critical Inquiry, v. 17, n. 4, p. 773–797, 1991.
ST. PIERRE, Elizabeth A. “Coming to Theory: Finding Foucault and Deleuze. In: WEILER, Katheleen. (Ed.). Feminist Engagements. Reading, Resisting and Revisioning Male Theorist en Education and Cultural Studies. New York: Routledge, 2001. p. 141–164.
ST. PIERRE, Elizabeth A. “Post Qualitative Research. The Critique and the Comming After”. In: DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. (Eds.). The SAGE Handbook of Qualitative Research. 4th Ed. ed. Los Ángeles: SAGE Publications, 2011. p. 611–626.
ST. PIERRE, Elizabeth. A. “Another postmodern report on knowledge: Positivism and its others”. International Journal of Leadership in Education, v. 15, n. 4, p. 483–503, 2012.
ST. PIERRE, Elizabeth A. “The empirical and the new empiricisms”. Cultural Studies - Critical
Methodologies, v. 16, n. 2, p. 111–124, 2016a.
ST. PIERRE, Elizabeth A. “Deleuze and Guattari’s language for new empirical inquiry”. Educational Philosophy and Theory, v. 49, n. 11, p. 1080–1089, 19 set. 2016b.
ST. PIERRE, Elizabeth A. “Haecceity: Laying Out a Plane for Post Qualitative Inquiry”. Qualitative Inquiry, v. 23, n. 9, p. 686–698, 4 nov. 2017.
ST. PIERRE, Elizabeth A. “Post Qualitative Inquiry in an Ontology of Immanence”. Qualitative Inquiry, v. 25, n. 1, p. 3–16, 2018a.
ST. PIERRE, Elizabeth. A. “Writing Post Qualitative Inquiry”. Qualitative Inquiry, v. 24, n. 9, p. 603–608, 2018b.
ST. PIERRE, Elizbeth A. “Post qualitative inquiry, the refusal of method, and the risk of the new”. International Congress of Qualitative Inquiry, 2019.
WEEDON, Chris. Feminist practice and poststructuralist theory. Cambridge, MA: Basil Blackwell, 1987.
WIGGINTON, Britta; LAFRANCE, Michelle N. “Learning critical feminist research: A brief introduction to feminist epistemologies and methodologies”. Feminism and Psychology, p. 1–17, 3 set. 2019.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Estudos Feministas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista Estudos Feministas está sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
A licença permite:
Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e/ou adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material) para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que os termos da licença sejam respeitados. Os termos são os seguintes:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se foram feitas mudanças. Isso pode ser feito de várias formas sem, no entanto, sugerir que o licenciador (ou licenciante) tenha aprovado o uso em questão.
Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo permitido pela licença.
