Patrícia Galvão (Pagu): mulher, mãe, militante
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2025v33n191115Palavras-chave:
Estado Novo, militância feminina, PaguResumo
Neste artigo, apresentamos reflexões sobre as trajetórias de vida e militância de Patrícia Galvão (Pagu). Ela foi uma das primeiras e mais conhecidas presas políticas, uma expressiva militante que, por meio da arte e de sua produção intelectual, socializou reflexões sobre as condições de vida da classe trabalhadora, em especial da mulher. A pesquisa foi realizada a partir das produções acadêmicas sobre Pagu e de suas próprias escrituras. Recorremos, ainda, aos documentos da polícia política, disponibilizados no acervo on-line do Arquivo Nacional. A intenção com este estudo é estabelecer reflexões sobre as condições históricas de militância das mulheres no Estado Novo, bem como analisar suas contribuições sobre questões políticas, sociais e econômicas que desencadearam mudanças nesses campos de atuação e de afirmação identitárias. Pagu enfrentou a ditadura estadonovista e deixou um legado inestimável.
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