O quiasmo narração-afeto
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2024v32n399477Palavras-chave:
afetos, quiasmo, racismo, história única, ódioResumo
O trabalho propõe-se examinar a relação entre a propagação de uma história colonial única e o ódio racista. Para isso, indagaremos em torno das reflexões de Chimamanda Ngodzi Adichie sobre a "história única". Depois, examinaremos o funcionamento do ódio racista, utilizando aportes conceituais provenientes do giro afetivo. A partir disto, recuperaremos o esquema do "quiasmo", conceituado por Merleau-Ponty e retomado por Judith Butler, que permite conceber um vínculo de referência mútua entre dois termos. Nos serviremos da lente do quiasmo para visibilizar a relação entre as narrações e os afetos, dando conta de que as narrações que propagam uma história hegemônica repleta de estereótipos racistas e sexistas estão investidas afetivamente, e ao mesmo tempo, participam das atmosferas afetivas sociais, produzindo efeitos e materializando-se em atos de ódio racistas.
Downloads
Referências
AHMED, Sara. La política cultural de las emociones. México: PUEG- UNAM, 2015.
ANDERSON, Ben. “Affective Atmospheres.” Emotion, Space and Society 2: 77–81, 2009. https://doi.org/10.1016/j.emospa.2009.08.005
ANDERSON, Ben. Encountering Affect. Capacities, Apparatuses, Conditions. Surrey: Ashgate Publishing Limited, 2014.
BEDOYA DORADO, Cristian y MOLINA VALENCIA, Nelson (2021). El estudio de las emociones desde el giro afectivo a las prácticas y atmósferas afectivas. Revista Colombiana de Ciencias Sociales, 12(2), 928-948. https://doi.org/10.21501/22161201.3516
BUTLER, Judith. Cuerpos que importan. Buenos Aires: Paidós, 2002.
BUTLER, Judith. Lenguaje, poder e identidad. Madrid: Síntesis, 2004.
CAMPAGNOLI, Mabel. “La noción de quiasmo en Judith Butler: para una biopolítica positiva”. Nómadas, núm. 39, págs. 47-61, octubre 2013. Disponible en: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=105129195004
CARBY, Hazel. “Mujeres blancas, ¡escuchad! El feminismo negro y los límites de la hermandad femenina”, en JABARDO, Mercedes (compiladora) Feminismos negros. Una antología. Madrid: Traficantes de sueños, 2012.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. “Ciencias Sociales, violencia epistémica y el problema de la "invención del otro"” en LANDER, Edgardo (compilador) La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, págs.145-161, 2000.
CAVARERO, Adriana. Relating narratives. Storytelling and selfhood. London, Routledge, 2000.
CURIEL, Ochy. "Los aportes de las afrodescendientes a la teoría y la práctica feminista". En FEMENÍAS, M. L. (comp.) Perfiles del feminismo Iberoamericano. V. 3, Buenos Aires: Catálogos, 2007, pp. 169-190.
FANON, Frantz. Piel negra, máscaras blancas. Madrid: Akal, 1986.
FOUCAULT, Michel. Microfísica del poder. Madrid: Las Ediciones de la Piqueta, 1979.
GROSFOGUEL, Ramón. “El concepto de «racismo» en Michel Foucault y Frantz Fanon: ¿teorizar desde la zona del ser o desde la zona del no-ser?”. Tabula Rasa, Bogotá, núm. 16, págs.79-102, enero-junio 2012.
LORDE, Audre. Sister Outsider. Madrid: Horas y horas, 2003.
LORDE, Audre. Zami. Una biomitografía. Una nueva forma de escribir mi nombre. Madrid: Horas y horas, 2009.
MASSUMI, Brian. “The autonomy of affect”. Cultural critique, n°31, pp. 83-109. Autumn, 1995.
MATSUDA, Mari. et al. Words that Wound: Critical Race Theory, Assaultive Speech, and the First Amendment (New Perspectives on Law, Culture, and Society). Boulder: Westview Press, 1993.
MERLEAU-PONTY, Maurice. “El entrelazo-el quiasmo”, en: Maurice Merleau-Ponty, Lo visible y lo invisible. Seguido de: notas de trabajo. Buenos Aires: Nueva Visión. 2010 [1970].
MIGNOLO, Walter. El lado más oscuro de la modernidad occidental. Futuros globales, opciones descoloniales. Buenos Aires: Prometeo, 2024.
MORETTI BASSO, Ianina. “Muchachos del Este: boceto para des-organizar los afectos”, en MORETTI BASSO Ianina; PERROTE NOELIA (coord.) Sentirse precarixs. Afectos, emociones y gobierno de los cuerpos. Córdoba: Editorial de la UNC. 2019.
NGOZI ADICHIE, Chimamanda. El peligro de la historia única. Barcelona: Literatura Random House, 2018.
POPA-WYATT, Mihaela (2020) “Slurs, pejoratives, and hate speech”. Oxford Bibliographies in Philosophy, Oxford: Oxford University Press, May 2020.
QUIJANO, Aníbal. “Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina”, en Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014.
SONG, Emma. “Sobre los amores que podemos”, en MORETTI, Ianina; Perrote, Noelia (coordinadoras). Sentirse precarixs. Afectos, emociones y gobierno de los cuerpos. Córdoba: Editorial de la Universidad Nacional de Córdoba, 2019.
VACAREZZA, Nayla. “Figuraciones del cuerpo con género. Paralelismo y quiasmo”, en: Revista Latinoamericana sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad, Córdoba, vol. 3, núm. 6, agosto- noviembre, 2011, pp. 33-43.
WETHERELL, Margaret. “Affect and discourse–What’s the problem? From affect as excess to affective/discursive practice”. Subjectivity, 6, pp. 349-368, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Estudos Feministas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista Estudos Feministas está sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
A licença permite:
Compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e/ou adaptar (remixar, transformar, e criar a partir do material) para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que os termos da licença sejam respeitados. Os termos são os seguintes:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se foram feitas mudanças. Isso pode ser feito de várias formas sem, no entanto, sugerir que o licenciador (ou licenciante) tenha aprovado o uso em questão.
Sem restrições adicionais - Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo permitido pela licença.