Nascer no Recôncavo das águas (Bahia, século XX)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2024v32n198152Palavras-chave:
História do parto, parteira, Matarandiba, memóriaResumo
Apresentamos os resultados de uma pesquisa inédita sobre a história do parto e do partejar no litoral da Bahia, ao longo do século XX. Através da memória dos habitantes de Matarandiba (Bahia), refletiremos sobre as peculiaridades do nascimento, os atravessamentos de gênero e raça, e sinalizaremos para o apagamento dessas tradições. Sob uma perspectiva decolonial, esse estudo se somará a outros que discutem o nascimento na Bahia, na longa duração. Haverá uma perene interlocução com a tradição do parto, em Salvador, a partir das pesquisas historiográficas recentes, e de etnografias realizadas na primeira metade do século XX. Há cerca de três décadas observamos a negação das práticas de matrizes africana e indígena, interrompendo a transmissão transgeracional de saberes e contribuindo para o apagamento da memória e da história das comunidades da maré.
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