Relatos de viagem e a tradução de palavras culturalmente marcadas: um estudo de caso
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7968.2017v37n2p159Resumen
O presente artigo tem por objetivo apresentar palavras culturalmente marcadas (AIXELA, 2013) e/ou culturemas (NADAL, 2009; SOTO ALMELA, 2014) presentes nos relatos de viagem e, mais precisamente, na obra O Brasil tal qual ele é/ Le Brésil tel qu’il est, de Charles Expilly, polêmico viajante francês que fixou residência durante dois anos no Rio de Janeiro, em meados do século XIX. Trata-se de um livro riquíssimo, que foi deixado de lado pela historiografia brasileira e francesa por muito tempo e que nos propicia, graças às palavras culturalmente marcadas e/ou culturemas, uma reflexão sobre tradução (LAPLANTINE, 1996; FERREIRA, 2013) naquilo que diz respeito à transformação do olhar em linguagem, a fazer existir no texto um Outro, ao encontro entre culturas, numa via de mão dupla. Concluímos o artigo comentando as estratégias de tradução utilizadas, para os culturemas, na nossa tradução para a língua portuguesa desta obra (CAMARGO, 2016).
Citas
AIXELÁ, J. F. Itens culturais-específicos em tradução. In-Traduções. Florianópolis, 2013, v. 5, n. 8, p. 185-218. Disponível em: http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/intraducoes/article/viewFile/2119/2996. Acesso em: 13 dez 2016.
CAMARGO, K. A. F. A Revue des Deux Mondes: intermediária entre dois mundos. Natal : EdUFRN, 2007.
__________. Indícios de leitura e leitores da Revue e do Annuaire des Deux Mondes no Brasil na segunda metade do século XIX. Revista Graphos, 2015, v. 17., n. 1, p. 31-48. Disponível em: http://periodicos.ufpb.br/index.php/graphos/article/viewFile/25047/13701. Acesso em: 17 dez 2016.
__________. Apresentação. In: EXPILLY, C. O Brasil tal qual ele é. Trad. Katia Aily F. de Camargo. Jundiaí, SP: Paco, 2016.
EXPILLY, C. Le Brésil tel qu’il est. Paris-Leipzig: Jung-Treuttel, 1862.
__________. Les femmes et les mœurs du Brésil. Paris: Charlieu et Huillery, 1863.
__________. O Brasil tal qual ele é. Trad. Katia Aily Franco de Camargo. Jundiaí, SP: Paco, 2016.
FERREIRA, A. M. A. O paradigma da descrição na tradução etnográfica: Lévi-Strauss tradutor em Tristes Trópicos. Acta Scientiarum. Language and Culture. Maringá. 2014, v. 36, n. 4, p. 383-393. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciLangCult/article/viewFile/23837/pdf_44. Acesso em: 20 dez 2016.
HATJE-FAGGION, V. Tradutores em caminhos interculturais – a tradução de palavras culturalmente determinadas. In: BELL-SANTOS, C. A. ; ROSCOE-BESSA, C. ; HATJE-FAGGION, V. ; SOUSA, G. (orgs.). Tradução e cultura. Rio de Janeiro : 7 Letras, 2011. p.73-89.
LAPLANTINE, F. La description ethnographique. Paris: Armand Colin, 1996.
LE HUENEN, R. Le récit de voyage: l’entrée en littérature. Études littéraires, 1987, v. 20, n. 1, p. 45-61. Disponível em: http://www.erudit.org/revue/etudlitt/1987/v20/n1/500787ar.html?vue=resume. Acesso em: 15 dez 2016.
MACHADO, A. M.; PAGEAUX, D.-H. Da literatura comparada à teoria da literatura. 2ª ed. rev. e aum., Lisboa: Editorial Presença, 2001.
MENEZES, R. Dicionário Literário Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 1969.
MONREAL, E. B. El traductor de relato de viajes : De París a Cádiz de Dumas. In : LAFARGA, F.; MÉNDEZ, P; SAURA, A. (orgs.). Literatura de viajes y traducción. Granada: Comares, 2007. p. 63-73.
URIARTE, C. G. El viaje y su narración. Sobre actitudes e implicaciones del viajeto-escritor. In : LAFARGA, F.; MÉNDEZ, P; SAURA, A. (orgs.). Literatura de viajes y traducción. Granada: Comares, 2007. p. 201-214.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2017 Cadernos de Tradução

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Declaración de Derecho de Autor
Los autores conservan sus derechos de autor y conceden a la revista el derecho a la primera publicación bajo la Licencia Creative Commons Attribution, que permite que se comparta el trabajo reconociéndose la autoría y publicación inicial en esta revista.
Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales por separado para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ej.: publicar en un repositorio institucional o como capítulo de libro, reconociéndose la autoría y publicación inicial en esta revista).
















































