"O Relógio de Ouro”, de Machado De Assis, e suas Traduções para o Inglês: Uma Reflexão sobre a Influência do Capital Cultural

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2022.e81135

Palavras-chave:

Grupo de Pesquisa, Conhecimento, Cineantropometria

Resumo

Este artigo é um relato meio anedótico de uma jornada interpretativa que começou casualmente e foi se aprofundando e adensando à medida que traduções do conto original de Machado de Assis intitulado “O Relógio de Ouro” foram sendo conhecidas e comparadas. Dois termos em particular, “nhonhô” e “Iaiá”, têm diferentes soluções tradutórias que acabam influindo no texto de tal modo a mudar o desfecho do conto e sua interpretação como um todo. Uma constatação de que o conto tem uma versão anterior publicada em formato seriado, ou folhetim, acaba conferindo ainda mais complexidade à rede de interpretações. Em algumas instâncias, fica clara a influência do capital cultural, como proposto por Pierre Bourdieu.

Biografia do Autor

Lenita Maria Rimoli Pisetta, Universidade de São Paulo

Possui mestrado em Linguistica Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas (1992) e doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1999). Atualmente é professor livre-docente da Universidade de São Paulo. Realizou pesquisa pós-doutorado em 2008 junto à University of Massachusetts at Amherst, em 2013 no King´s College de Londres e em 2019 na Yale University.Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Tradução, atuando principalmente nos seguintes temas: Tradução, Psicanálise, Tradução e Ética, Tradução Literária e Literatura Brasileira Traduzida para o Inglês.

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Publicado

03-05-2022

Como Citar

Pisetta, L. M. R. . (2022). "O Relógio de Ouro”, de Machado De Assis, e suas Traduções para o Inglês: Uma Reflexão sobre a Influência do Capital Cultural. Cadernos De Tradução, 42(1), 1–16. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2022.e81135

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