Retraduções de As flores do mal uma viagem entre Brasil e Portugal

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7968.2018v38nespp26

Abstract

Apesar de ser um livro de grande importância para a poesia brasileira e portuguesa desde o século XIX, Les fleurs du mal só recebem sua primeira tradução (praticamente) integral em língua portuguesa em 1958, no Brasil, por Jamil Almansour Haddad, à qual se seguem as traduções de Ignacio de Souza Moitta (1971) e de Ivan Junqueira (1985). A primeira edição integral portuguesa é de 1992, feita por Fernando Pinto do Amaral, à qual se segue a tradução de Maria Gabriela Llansol (2003). O Brasil, no século XXI, acolhe novamente Les fleurs du mal com o lançamento, em 2011, de mais duas traduções integrais, por Mário Laranjeira (2011) e Helena Amaral (2011, 2013). Apesar de já terem sido estudas no Brasil e em Portugal, são poucas as reflexões que comparam essas traduções brasileiras com as portuguesas; comparação que nos permite interessantes indagações sobre as práticas tradutórias dos dois lados do continente.


Autor/innen-Biografie

Álvaro Silveira Faleiros, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo

Doutor em Letras (Língua e Literatura Francesa) pela Universidade de São Paulo (2003). É professor livre-docente de Literatura Francesa da USP. Tem experiência na área de Poesia e Tradução, atuando principalmente nos seguintes temas: tradução, poética comparada e poesia. É também tradutor, poeta e cancionista. email: faleiros@usp.br

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Veröffentlicht

2018-12-12

Zitationsvorschlag

Faleiros, Álvaro S. (2018). Retraduções de As flores do mal uma viagem entre Brasil e Portugal. Cadernos De Tradução, 38(esp.), 26–53. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2018v38nespp26