A política externa brasileira na era FHC: um exercício de autonomia pela integração
Resumo
As mudanças na política externa brasileira na década de 90 foram importantes. Durante os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, buscou-se substituir a agenda reativa, da política externa brasileira, dominada pela lógica da autonomia pela distância, por uma nova agenda internacional pró-ativa, determinada pela lógica da autonomia pela integração. Segundo ela, o país deve ampliar o poder de controle sobre o seu destino e enfrentar seus problemas através da adesão ativa à elaboração das normas e das pautas de conduta da gestão da ordem mundial, colaborando na formulação e funcionamento dos regimes internacionais. O trabalho analisa o período dos dois mandatos do presidente Cardoso, com extensão para o período anterior, Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco, e posterior, Lula da Silva. Busca-se fazer um balanço de custos e benefícios, insistindo sobre os constrangimentos estruturais, que acabam por influenciar a ação internacional do país. Nesse quadro, o esforço desenvolvido não se mostra suficiente para alterar um quadro desfavorável. As negociações no tocante à ALCA, buscando equilibrar realismo com defesa de interesses específicos, mostram as dificuldades desse quadro, que permanecem além de uma gestão presidencial.Downloads
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Copyright (c) 2005 Tullo Vigevani, Marcelo Fernandes de Oliveira
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