Percepção de Justiça Organizacional e Intenção de Turnover em Empresas de Auditoria
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2019V21n53p93Resumen
O estudo objetiva verificar a relação da percepção de justiça organizacional com satisfação no trabalho, comprometimento organizacional e intenção de turnover de auditores de empresas de auditoria. Uma pesquisa de levantamento foi realizada com os 2.561 auditores cadastrados no Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, utilizando-se do questionário traduzido da pesquisa de Parker e Kohlmeyer (2005), e a amostra por acessibilidade compreendeu os 106 respondentes do instrumento de pesquisa. Na análise dos dados aplicou-se a modelagem de equações estruturais. Os resultados da pesquisa mostram que a percepção de discriminação (justiça organizacional) apresenta relação negativa e significativa com a variável satisfação no trabalho e comprometimento organizacional. Por outro lado, apresenta relação positiva e significativa com a intenção de turnover. Assim, conclui-se que os resultados indicam que a percepção de justiça organizacional dos auditores independentes pesquisados influencia significativamente sua satisfação no trabalho, comprometimento organizacional e intenção de saída da empresa de auditoria.
Citas
ADAMS, J. S. Inequity in social exchange. In: BERKOWITZ, L. (Ed.). Advances in experimental social psychology. 2 ed. New York: Academic Press, 1965. pp 267-299.
ALEXANDER, S.; RUDERMAN, M. The role of procedural and distributive justice in organizational behavior. Social Justice Research, v.1. n. 2, p. 177-198, 1987.
ALI, N.; JAN, S. Relationship between organizational justice and organizational commitment and turnover internations amongst medical representative of pharmaceuticals companies of Pakistan. Journal of Managerial Sciences, v. 6, n. 2, p. 201-212, 2012.
ALMEIDA, G. O.; MONTEIRO DA SILVA, A. M. M. Justiça organizacional, impactos no burnout e comprometimento dos trabalhadores. GESTÃO.Org., v. 4, p. 160-175, 2006.
ASSMAR, E. M. L.; FERREIRA, M. C.; SOUTO, S. O. Justiça organizacional: Uma revisão crítica da literatura. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 18, n. 3, p. 443-453, 2005.
BENTLER, P. M.; CHOU, C. P. Practical issues in structural modeling. Sociological Methods Research, v. 16, n. 78, p. 78-117, 1987.
BEUREN, I. M.; ALTOÉ, S, M. L.; DAL VESCO, D. G. Percepção de justiça e comportamento de cidadania organizacional: Um estudo na perspectiva do sistema de mensuração de desempenho estratégico. Cuadernos Administración, v. 28, n. 51, p. 133-157, 2015.
BEUREN, I. M.; KLEIN, L.; LARA, F. L.; ALMEIDA, L. B.; Percepção de justiça nos sistemas de controle gerencial aumenta comprometimento e confiança dos gestores? Revista de Administração Contemporânea, v. 20, n. 2, p. 216-237, 2016.
BEUREN, I. M.; SANTOS, V. Percepção da justiça organizacional na avaliação de desempenho de controllers. Enfoque Reflexão Contábil, v. 31, n. 3, p. 53-72, 2012.
BIES, R. J.; MOAG, J. F. Interactional justice: Communication criteria of fairness. In: LEWICKI, R. J.; SHEPPARD, B. H.; BAZERMAN, M. (Eds.). Research on negotiation in organizations. Greenwich, CT: JAI Press, 1986. pp 43-55.
BORGES, M. S.; RAMOS, N. M. Turnover: Uma consequência de estratégias ineficientes de gestão empresarial? In: CONGRESSO VIRTUAL BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO, 8., 2011. Anais ... Convibra, 2011.
BREI, V. A.; LIBERALI NETO, G. O uso da técnica de modelagem em equações estruturais na área de marketing: Um estudo comparativo entre publicações no Brasil e exterior. Revista de Administração Contemporânea, v. 10, n. 4, p. 131-151, 2006.
CAMPOS, C. V. A.; MALIK, A. M. Satisfação no trabalho e rotatividade dos médicos do Programa de Saúde da Família. Revista de Administração Pública, v. 42. n. 2. p. 347-368, 2008.
CHIN, W. W. Partial least squares is to LISREL as principal components analysis is to common factor analysis. Technology Studies, v. 2, n. 1, p. 315-319, 1995.
CHIN, W. W. The Partial Least Squares approach to Structural Equation Modeling. In: MARCOULIDES, G. A. (Ed.). Modern methods for business research. USA: Lawrence Erlbaum Associates, 1998. pp 295-336.
CHOI, S. Organizational justice and employee work attitudes: The federal case. The American Review of Public Administration, v. 41, n. 2, p. 185-204, 2011.
COHEN-CHARASH, Y.; SPECTOR, P. E. The role of justice in organizations: A meta analysis. Organizational Behavior and Human Decision Processes, v. 86, n. 2, p. 278-321, 2001.
COLQUITT, J. A.; CONLON, D. E.; WESSON, M. J.; PORTER, C. O. L. H.; NG, K. Y. Justice at the millennium: A meta-analytic review of 25 years of organizational justice research. Journal of Applied Psychology, v. 86, n. 3, p. 425-445, 2001.
CROPANZANO, R.; BOWEN, D. E.; GILLILAND, S. W. The management of organization justice. Academy of Management Perspectives, v. 21, n. 4, p. 34-48, 2007.
CROPANZANO, R.; GREENBERG, J. Progress in organizational justice: Tunneling through the maze. In: COOPER, C. L.; ROBERTSON, I. T. (Eds.). International Review of Industrial and Organizational Psychology. New York: John Wiley & Sons, 1997. pp 317-372.
FERREIRA, I.; CABRAL, J.; SARAIVA, P. An integrated framework based on the ECSI approach to link mould customers' satisfaction and product design. Total Quality Management & Business Excellence, v. 21, n. 12, p. 1383-1401, 2010.
FOLGER, R.; CROPANZANO, R. Organizational justice and human resource management. Thousand Oaks, CA: Sage, 1998.
FOLGER, R.; KONOVSKY, M. A. Effects of procedural and distributive justice on reactions to pay raise decisions. Academy of Management Journal, v. 32, n. 1, p. 115-130, 1989.
FORNELL, C.; LARCKER, D. Structural equation models with unobservable variables and measurement error: Algebra and statistics. Journal of Marketing Research, v. 18, n. 3, p. 328-388, 1981.
GEREMIA, H. C.; KANAN, L. A.; MARCON, S. R. A. Organizational justice, turnover & information technology professional. Psicologia desde el Caribe, v. 35, p. 224-241, 2018.
GIRAUD, F.; LANGEVIN, P.; MENDOZA, C. Justice as a rationale for the controllability principle: A study of managers’ opinions. Management Accounting Research, v. 19, n. 1, p. 32-44, 2008.
GREENBERG, J. The intellectual adolescence of organizational justice: You’ve come a long way, maybe. Social Justice Research, v. 6, n. 1, p. 135-148, 1993.
HAIR JR., J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; BLACK, W. C. Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
HAIR JR, J. F.; HULT, G. T. M.; RINGLE, C.; SARSTEDT, M. A primer on partial least squares structural equation modeling. Los Angeles: Sage, 2014.
HOMANS, G. Social Behaviour: Its elementary forms. London: Routledge & Kegan Paul, 1961.
KONOVSKY, M. A.; CROPANZANO, R. Perceived fairness of employee drug testing as a predictor of employee attitudes and job performance. Journal of Applied Psychology, v. 76, n. 5, p. 698-707, 1991.
HOPKINS, S. M; WEATHINGTON, B. L.The relationships between justice perceptions, trust, and employee attitudes in a downsized organization. The Journal of Psychology, v. 140, n. 5, p. 477-498, 2006.
HOPPOCK, R. Job satisfaction. New York: Harper and Row, 1935.
HUNTON, J.; NEIDERMEYER, P.; WEIR, B. Hierarchical and gender differences in private accounting practice. Accounting Horizons, v. 10, n. 2, p. 14-31, 1996.
JESUS, R. G.; ROWE, D. E. O. Percepção de políticas de gestão de pessoas e comprometimento organizacional: O papel mediador da percepção de justiça organizacional. Tourism & Management Studies, v. 11, n. 2, p. 211-218, 2015.
LEOHLIN, J. C. Latent variable models: An introduction to factor, path, and structural equation analysis. 4 ed. New Jersey: Mahwah, 2004.
LEVENTHAL, G. S. What should be done with equity theory? New approaches to the study of fairness in social relationships. In: GERGEN, K.; GREENBERG, M.; WILLIS, R. (Eds.) Social exchange: New advances in theory and research. New York: Plenum Press, 1980. pp 27-55.
LOCKE, E. The nature and causes of job satisfaction. In: DUNNETTE, M. D. (Ed.). Handbook of industrial and organizational psychology. Universidade de Michigan: Consulting Psychologists Press, 1976. pp 1297-1350.
LONDON, M.; HOWAT, G. The relationship between commitment and conflict resolution behavior. Journal of Vocational Behavior, v. 13, n. 1, p. 1-14, 1978.
MAIA, A. F. O gestor e a justiça organizacional. 2005. 82f. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) - Fundação Getulio Vargas, São Paulo, 2005.
MCNICHOLS, C.; STAHL, M.; MANLEY, T. A validation of Hoppock’s job satisfaction measure. Academy of Management Journal, v. 21, n. 4, p. 737-742, 1978.
MILLER, C. L.; SIEGEL, P. H.; REINSTEIN, A. Auditor and no-mentor supervisor relationships: Effects of mentoring and organizational justice. Managerial Auditing Journal, v. 26, n. 1, p. 5-31, 2011.
MIKULA, G. The experience of injustice: Toward a better understanding of its phenomenology. In: BIERHOFF, H. W.; COHEN, R. L.; GREENBERG, J. (Eds.). Justice in social relations. New York: Plenum, 1986. pp 103-124.
MOWDAY, R.; STEERS, R.; PORTER, L. The measurement of organizational commitment. Journal of Vocational Behavior, v. 14, n. 2, p. 224-247, 1979.
MUZUMDAR, P. Influence of interactional justice on the turnover behavioral decision in an organization. Journal of Behavioral Studies in Business, v. 4, n. 4, p. 1-11. 2011.
OMAR, A. Justice organizacional, individualismo-colectivismo y estrês laboral. Psicologia y Salud, v. 16, n. 2, p. 207-217, 2006.
PARKER, R. J.; KOHLMEYER, J. M. Organizational justice and turnover in public accounting firms: A research note. Accounting, Organizations and Society, v. 30, n. 4, p. 357-369, 2005.
PONNU, C. H.; CHUAH, C. C. Organizational commitment, organizational justice and employee turnover in Malaysia. African Journal of Bussiness Management, v. 4, n. 13, p. 2676-2692, 2010.
REGO, A.; SOUTO, S. A percepção de justiça como antecedentes do comprometimento organizacional: Um estudo luso-brasileiro. Revista de Administração Contemporânea, v. 8, n. 1, p. 151-177, 2004.
RINGLE, C. M.; SILVA, D.; BIDO, D. Modelagem de equações estruturais com a utilização do SmartPLS. Revista Brasileira de Marketing, v. 13, n. 2, p. 56-73, 2014.
ROCHA, M. S.; PAIVA, K. C. M. Justiça organizacional, atitudes retaliatórias e o comprometimento organizacional: Um estudo comparativo longitudinal com Jovens Trabalhadores. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS, 4., 2016. Anais ... CBEO, 2016.
SKARLICKI, D. P.; FOLGER, R. Retaliation in the Workplace: The roles of distributive procedural, and interactional justice. Journal of applied Psychology, v. 82, n. 3, p. 434- 443, 1997.
SIEGEL, P. H.; REINSTEIN, A.; MILLER, C. L. Mentoring and organizational justice among audit professionals. Journal Accounting Auditing & Finance, v. 16, n. 1, p. 1-25, 2001.
SOTOMAYOR, A. M. S. B. Avaliação de desempenho e compromisso organizacional: A perspectiva da justiça organizacional. Revista Universo Contábil, v. 3, n. 3, p. 87-100, 2007.
STEVENS, J. Applied multivariate statistics for the social science. 4. ed. New Jersey: Mahwah, 2002.
TENENHAUS, M.; VINZI, V.; CHATELIN, Y.; LAURO, C. PLS path modeling. Computacional Statistics & Data Analysis, v. 48, n. 1, p. 159-205, 2005.
THIBAUT, J.; WALKER, L. Procedural justice: A psychological analysis. Hillsdale, NJ: Erlbaum, 1975.
TYLER, T.; LIND, E. A relational model of authority in groups. Advances in Experimental Social Psychology, v. 25, n. 1, p. 115-191, 1992.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
El autor deberá garantizar:
- que exista pleno consenso entre todos los coautores para aprobar la versión final del documento y su envío para publicación.
que su trabajo es original, y si se utilizó trabajo y/o palabras de otras personas, estos fueron debidamente reconocidos.
El plagio en todas sus formas constituye un comportamiento editorial poco ético y es inaceptable. RCA se reserva el derecho de utilizar software o cualquier otro método de detección de plagio.
Todos los envíos recibidos para evaluación en la revista RCA pasan por la identificación de plagio y autoplagio. El plagio identificado en los manuscritos durante el proceso de evaluación dará lugar al archivo del envío. Si se identifica plagio en un manuscrito publicado en la revista, el Editor Jefe realizará una investigación preliminar y, de ser necesario, se retractará.
Los autores otorgan a RCA los derechos exclusivos de primera publicación, estando la obra licenciada simultáneamente bajo la Licencia Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.

Los autores están autorizados a celebrar contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en un repositorio institucional, en un sitio web personal, publicación de una traducción o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Esta licencia permite a cualquier usuario tener derecho a:
Compartir: copiar, descargar, imprimir o redistribuir el material en cualquier medio o formato.
Adapte: remezcle, transforme y cree a partir del material para cualquier propósito, incluso comercial.
Bajo los siguientes términos:
Atribución: debe dar el crédito apropiado (citar y hacer referencia), proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se realizaron cambios. Debe hacerlo bajo cualquier circunstancia razonable, pero de ninguna manera que sugiera que el licenciante lo respalda a usted o su uso.
Sin restricciones adicionales: no puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otros hacer algo que la licencia permite.