Pressões ambientais e uso diagnóstico e interativo de sistemas de controle gerencial: evidências em incubadoras de empresas
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2023.e67050Palavras-chave:
Pressões Ambientais, Controle Diagnóstico, Controle Interativo, Sistemas de Controle Gerencial, Incubadoras de EmpresasResumo
Este estudo analisa os efeitos das pressões ambientais no uso diagnóstico e interativo de sistemas de controle gerencial em incubadoras de empresas. A amostra compõe-se dos 75 gestores de incubadoras de empresas brasileiras respondentes do questionário. Os resultados da modelagem de equações estruturais mostram que as condições econômicas exercem influência positiva no uso diagnóstico e interativo de sistemas de controle gerencial. Conclui-se que as condições econômicas e a forma de uso de sistemas de controle gerencial consubstanciam as atividades das incubadoras voltadas às empresas incubadas. O estudo reforça a literatura prévia sobre a relevância de considerar o ambiente econômico para influenciar comportamentos e direcionar os agentes em seus esforços na adequação das metas e flexibilidade do controle. No entanto, instiga a não significância dos efeitos das condições política-legais e tecnológicas no uso dos sistemas de controle pelas incubadoras de empresas.
Referências
ABERNETHY, M.A.; CHUA, W.F. A field study of control system "redesign": the impact of institutional processes on strategic choice. Contemporary Accounting Research, v. 13, n. 2, p. 569-606, 1996. https://doi.org/10.1111/j.1911-3846.1996.tb00515.x
AMATO NETO, J. As políticas industriais e tecnológicas e as pequenas e médias empresas: iniciativas na história recente da economia brasileira. Revista Gestão Industrial, v. 3, n. 1, 2007. https://doi.org/10.3895/S1808-04482007000100008
ANTHONY, R.N. Planning and control systems: A framework for analysis. Boston: Harvard Business School Press, 1965.
BADRI, M.A.; DAVIS, D.; DAVIS, D. Operations strategy, environmental uncertainty and performance: a path analytic model of industries in developing countries. Omega, v. 28, n. 2, p. 155-173, 2000. https://doi.org/10.1016/S0305-0483(99)00041-9
BASTO, F.P.; LOURENÇO, S.M.; SAMAGAIO, A. Management control systems use as boundary, diagnostic and interactive systems in the financial services industry - an exploratory analysis. In: ANNUAL CONGRESS OF THE EUROPEAN ACCOUNTING ASSOCIATION (EAA), 37, 2014. Estonia. Proceedings… Brussels: EAA, 2014.
BERGEK, A.; NORRMAN, C.. Incubator best practice: A framework. Technovation, v. 28, n. 1-2, p. 20-28, 2008. https://doi.org/10.1016/j.technovation.2007.07.008
BISBE, J.; OTLEY, D. The effects of the interactive use of management control systems on product innovation. Accounting, Organizations and Society, v. 29, n. 8, p. 709-737, 2004. https://doi.org/10.1016/j.aos.2003.10.010
BEUREN, I.M.; FIORENTIN, M. Influência de Fatores Contingenciais nos Atributos do Sistema de Contabilidade Gerencial: um estudo em empresas têxteis do Estado do Rio Grande do Sul. Revista de Ciências da Administração, v. 16, n. 38, p. 196-212, 2014. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2014v16n38p195
CHENHALL, Robert H. Management control systems design within its organizational context: findings from contingency-based research and directions for the future. Accounting, Organizations and Society, v. 28, n. 2-3, p. 127-168, 2003. https://doi.org/10.1016/S0361-3682(01)00027-7
CHENHALL, R.H. Theorizing contingencies in management control systems research. Handbooks of Management Accounting Research, v. 1, p. 163-205, 2006. https://doi.org/10.1016/S1751-3243(06)01006-6
COHEN, J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. New York: Psychology Press, 2013. https://doi.org/10.4324/9780203771587
DARNALL, N. Regulatory stringency, green production offsets, and organizations' financial performance. Public Administration Review, v. 69, n. 3, p. 418-434, 2009. https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2009.01989.x
DAVILA, T. An empirical study on the drivers of management control systems' design in new product development. Accounting, Organizations and Society, v. 25, n. 4-5, p. 383-409, 2000. https://doi.org/10.1016/S0361-3682(99)00034-3
EMSLEY, D. Different interpretations of a "fixed" concept: Examining Juran's cost of quality from an actor-network perspective. Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 21, n. 3, p. 375-397, 2008. https://doi.org/10.1108/09513570810863978
GUIMARÃES, S.M.K; AZAMBUJA, L Rodrigues. Empreendedorismo high-tech no Brasil: condicionantes econômicos, políticos e culturais. Sociedade e Estado, v. 25, n. 1, p. 93-121, 2010. https://doi.org/10.1590/S0102-69922010000100006
HAIR JR., J.F.; HULT, G.T.M.; RINGLE, C.M.; SARSTEDT, M. A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). Thousand Oaks: Sage, 2016.
HALL, R.H. Organizações: estruturas, processos e resultados. São Paulo: Pearson, 2004.
HANNAN, M.T.; FREEMAN, J. The population ecology of organizations. American Journal of Sociology, v. 82, n. 5, p. 929-964, 1977. https://doi.org/10.1086/226424
HENRI, J.-F. Management control systems and strategy: A resource-based perspective. Accounting, Organizations and Society, v. 31, n. 6, p. 529-558, 2006. https://doi.org/10.1016/j.aos.2005.07.001
HYVÖNEN, T.; JÄRVINEN, J.; PELLINEN, J. A virtual integration-The management control system in a multinational enterprise. Management Accounting Research, v. 19, n. 1, p. 45-61, 2008. https://doi.org/10.1016/j.mar.2007.08.001
KHANDWALLA, P.N. Environment and its impact on the organization. International Studies of Management & Organization, v. 2, n. 3, p. 297-313, 1972. https://doi.org/10.1080/00208825.1972.11656125
KHANDWALLA, P.N. The design of organizations. New York: Harcourt Brace Jovanovich, 1977.
LANGFIELD-SMITH, K. Management control systems and strategy: a critical review. Accounting, Organizations and Society, v. 22, n. 2, p. 207-232, 1997. https://doi.org/10.1016/S0361-3682(95)00040-2
LOPES, I.F.; BEUREN, I.M. Reflexos da cultura local nos sistemas de controle de incubadoras de empresas. Revista de Contabilidade e Organizações, v. 12, p. 142273, 2018. https://doi.org/10.11606/issn.1982-6486.rco.2018.142273
LOWE, A. After ANT-An illustrative discussion of the implications for qualitative accounting case research. Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 14, n. 3, p. 327-351, 2001. https://doi.org/10.1108/EUM0000000005519
MALMI, T.; BROWN, D.A. Management control systems as a package-Opportunities, challenges and research directions. Management Accounting Research, v. 19, n. 4, p. 287-300, 2008. https://doi.org/10.1016/j.mar.2008.09.003
MARÔCO, J. Análise de equações estruturais: Fundamentos teóricos, software & aplicações. Pêro Pinheiro: ReportNumber, 2010.
MCT - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Indicadores. Disponível em: https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/indicadores/indicadores_cti.html. Acesso em: 12 de janeiro de 2017.
MERCHANT, K.A.; VAN DER STEDE, W.A. Management control systems: Performance measurement, evaluation and incentives. Nova Jersey: Pearson Education, 2007.
OLIVEIRA, A.S.; CALLADO, A.A.C. Fatores contingenciais e o controle gerencial: uma avaliação em organizações não governamentais (ongs) brasileiras. Advances in Scientific and Applied Accounting, v. 11, n. 1, p. 92-109, 2018. https://doi.org/10.14392/asaa.2018110105
OYADOMARI, J.C.T.; CARDOSO, R.L.; SILVA, B.O.T.; PEREZ, G. Sistemas de controle gerencial: estudo de caso comparativo em empresas inovadoras no Brasil. Revista Universo Contábil, v. 6, n. 4, p. 21-34, 2010.
PANT, L.W.; YUTHAS, K. Using the management control system to promote competitive advantage in organizations: Behavioral and sociological perspectives. Advances in Accounting Behavioral Research, v. 4, n. 1, p. 155-183, 2001. https://doi.org/10.1016/S1474-7979(01)04072-8
QUATTRONE, P.; HOPPER, T. What does organizational change mean? Speculations on a taken for granted category. Management Accounting Research, v. 12, n. 4, p. 403-435, 2001. https://doi.org/10.1006/mare.2001.0176
RAUPP, F.M.; BEUREN, I.M. O suporte das incubadoras brasileiras para potencializar as características empreendedoras nas empresas incubadas. Revista de Administração, v. 41, n. 4, p. 419-430, 2006.
RAUTIAINEN, A.; SCAPENS, R.W. Path-dependencies, constrained transformations and dynamic agency: an accounting case study informed by both ANT and NIS. Qualitative Research in Accounting & Management, v. 10, n. 2, p. 100-126, 2013. https://doi.org/10.1108/QRAM-08-2012-0030
RIBEIRO, J.A.; SCAPENS, R.W. Institutional theories in management accounting change: contributions, issues and paths for development. Qualitative Research in Accounting & Management, v. 3, n. 2, p. 94-111, 2006. https://doi.org/10.1108/11766090610670640
RINGLE, C.M.; SILVA, D.; BIDO, D.S. Modelagem de equações estruturais com utilização do SmartPLS. Revista Brasileira de Marketing, v. 13, n. 2, p. 56-73, 2014. https://doi.org/10.5585/remark.v13i2.2717
SANTOS, F.O.; JESUS, S.R.P.; SOUZA, W.A.R.; CAVALCANTE, T.S.B. Avaliação do sistema de controle gerencial sob a influência de fatores contingenciais: estudo de caso em um grupo econômico. Revista Contabilidade e Controladoria, v. 8, n. 2, p; 23-48, 2016. https://doi.org/10.5380/rcc.v8i2.38382
SIMONS, R. (1995). Levers of control. Cambridge: Harvard Business School Publishing, 1995.
SPEKLÉ, R.F.; VAN ELTEN, H.J.; WIDENER, S.K. Creativity and control: A paradox-Evidence from the levers of control framework. Behavioral Research in Accounting, v. 29, n. 2, p. 73-96, 2017. https://doi.org/10.2308/bria-51759
STINCHOMBE, A. Social structure and organizations. In: MARCH, J. Handbook of Organizations. Chicago: Rand McNally, p. 144, 1965.
THOMPSON, J.D. Organizations in action. New York: McGraw-Hill, 1967.
WHITTLE, A.; MUELLER, F. Strategy, enrolment and accounting: the politics of strategic ideas. Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 23, n. 5, p. 626-646, 2010. https://doi.org/10.1108/09513571011054918
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista de Ciências da Administração
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
O autor deve garantir:
- que haja um consenso completo de todos os coautores em aprovar a versão final do documento e sua submissão para publicação.
- que seu trabalho é original, e se o trabalho e/ou palavras de outras pessoas foram utilizados, estas foram devidamente reconhecidas.
Plágio em todas as suas formas constituem um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. RCA reserva-se o direito de usar software ou quaisquer outros métodos de detecção de plágio.
Todas as submissões recebidas para avaliação na revista RCA passam por identificação de plágio e autoplágio. Plágios identificados em manuscritos durante o processo de avaliação acarretarão no arquivamento da submissão. No caso de identificação de plágio em um manuscrito publicado na revista, o Editor Chefe conduzirá uma investigação preliminar e, caso necessário, fará a retratação.
Os autores cedem à RCA os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
Esta licença permite que qualquer usuário tenha direito de:
Compartilhar – copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar – remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado (citar e referenciar), prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante apoiar você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais – Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
