Negociar feminilidades e pertencimentos por meio do futebol: fluxos, fronteiras e na prática esportiva comunitária de mulheres
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2024.e101395Palabras clave:
futebol comunitário, estudos de gênero, sociologia do esporte, futebol feminino, lazerResumen
Aqui examinamos as potencialidades do futebol comunitário como um espaço onde mulheres adultas, no início da carreira advocatícia, negociam o senso de pertencimento à categoria profissional e ao direito ao lazer. Entender os sentidos de pertencimento e as barreiras enfrentadas pelas mulheres ao praticarem futebol na idade adulta ressalta os obstáculos e as oportunidades que o esporte apresenta durante um período em que a participação feminina tende a diminuir, devido à concorrência de tempo com carreiras, trabalho e responsabilidades domésticas, demonstrando intersecções de gênero e classe nas experiências delas. Jogar futebol nesse contexto é desafiar as expectativas em torno da feminilidade das mulheres advogadas, ao mesmo tempo que ratificar aspectos próprios do campo profissional que elas ocupam, reafirmando valores relacionados à meritocracia e à disciplina, compondo uma feminilidade “empoderada”. Com isso, transitam e se redesenham pelos espaços profissionais, chamando a atenção para os regimes de poder que operam dentro da retórica neoliberal pós-feminista.
Citas
AZZARITO, Laura. Future Girls, transcendent femininities and new pedagogies: Toward girls’ hybrid bodies? Sport Education and Society - SPORT EDUC SOC, [s. l.], v. 15, p. 261–275, 2010.
BRAUN, Virginia; CLARKE, Victoria. Reflecting on reflexive thematic analysis. Qualitative Research in Sport, Exercise and Health, [s. l.], v. 11, n. 4, p. 589–597, 2019.
BUTLER, Judith. Bodies that matter: On the discursive limits of sex. [S. l.]: Taylor & Francis, 2011.
BUTLER, Judith. Gender trouble: Feminism and the subversion of identity. New York: Routledge, 1990.
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019. p. 313–323.
CRENSHAW, Kimberle. Mapping the Margins: Intersectionality, Identity Politics, and Violence against Women of Color. Stanford Law Review, [s. l.], v. 43, n. 6, p. 1241–1299, 1991.
DAMO, Arlei Sander. Futebóis–da horizontalidade epistemológica à diversidade política. FuLiA/UFMG, [s. l.], v. 3, n. 3, p. 37–66, 2018.
DEUTSCH, Francine. Undoing gender. Gender & society, [s. l.], v. 21, n. 1, p. 106–127, 2007.
DUNNING, Eric. Sport as a male preserve: Notes on the social sources of masculine identity and its transformations. Theory, Culture & Society, [s. l.], v. 3, n. 1, p. 79–90, 1986.
EAGLY, Alice; BOSTON, Linda Carli; HABER, Paige. Through the labyrinth: The truth about how women become leaders. NASPA JourNAl About WomeN iN HigHer educAtioN, [s. l.], p. 247, 2009.
FRANCOMBE-WEBB, Jessica; TOFFOLETTI, Kim. Sporting Females: Power, Diversity and the Body. In: MANSFIELD, Louise et al. (org.). The Palgrave Handbook of Feminism and Sport, Leisure and Physical Education. London: Palgrave Macmillan UK, 2018. p. 43–55. Disponível em: https://doi.org/10.1057/978-1-137-53318-0_4. Acesso em: 29 mar. 2024.
GOELLNER, Silvana Vilodre. Mulheres e futebol no Brasil: entre sombras e visibilidades. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, [s. l.], v. 19, n. 2, p. 143–151, 2005.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
KESSLER, Claudia Samuel. Mais que barbies e ogras: uma etnografia do futebol de mulheres no Brasil e nos Estados Unidos. 2015. Tese de Doutorado. PPG Antropologia social - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.
LOURO, Guacira Lopes. Sexualidade, gênero e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. [S. l.]: Petrópolis: Vozes, 1999.
MARTINS, Mariana Zuaneti; REIS, Heloisa Helena Baldy dos. El país del fútbol también es de las mujeres: de la lógica del mercado al activismo feminista en la cobertura de la Copa del Mundo de 2019. In: HIJOS, Nemesia; MOREIRA, Veronica; SOTO-LAGOS, Rodrigo (org.). Los días del mundial. Buenos Aires: Clacso, 2020. p. 52–55.
MARTINS, Mariana Zuaneti; SILVA, Kerzia Railane Santos; VASQUEZ, Vitor. As mulheres e o país do futebol: intersecções entre gênero, classe e raça no Brasil. Movimento, [s. l.], p. e27006–e27006, 2021.
MESSNER, Michael. Out of play: Critical essays on gender and sport. [S. l.]: Suny Press, 2010.
MEYER, Dagmar Estermann. Gênero e educação: teoria e política. In: LOURO, Guacira Lopes (org.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petropólis: Vozes, 2003. p. 27.
MONTEIRO, Rodrigo de Araújo. Torcer, lutar, o inimigo massacrar–Raça Rubro-Negra!: uma etnografia sobre futebol, violência e masculinidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2003.
PATRIOLINO, Luana. Advogados refletem sobre racismo e relatam discriminação no Judiciário. [S. l.], 2023. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2023/12/6775042-advogados-refletem-sobre-racismo-e-relatam-discriminacao-no-judiciario.html. Acesso em: 5 dez. 2024.
RIAL, Carmen. El invisible (y victorioso) fútbol practicado por mujeres en Brasil. Nueva Sociedad, [s. l.], n. 248, p. 114–126, 2013.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & realidade, [s. l.], v. 20, n. 2, 1995.
SILVEIRA, Viviane Teixeira; VAZ, Alexandre Fernandez. Doping e controle de feminilidade no esporte. Cadernos Pagu, [s. l.], p. 447–475, 2014.
SOARES DE ALMEIDA, Caroline. Belas e feras, nós e as masculinizadas: discursos, corporalidades e significações. In: KESSLER, Claudia Samuel (org.). Mulheres na área: gênero, diversidade e inserções no futebol. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016. p. 107–133.
SOUZA JUNIOR, Osmar Moreira; REIS, Heloisa Helena. Futebol de mulheres: a batalha de todos os campos. Paulínia: Autoresporte, 2023.
WALSETH, Kristin. Sport and Belonging. International Review for the Sociology of Sport, [s. l.], v. 41, n. 3–4, p. 447–464, 2006.
WEST, Candace; ZIMMERMAN, Don. Accounting for doing gender. Gender & society, [s. l.], v. 23, n. 1, p. 112–122, 2009.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Mariana Zuaneti Martins, Samara Ventureli Furtado, Edinalva Brito Gomes

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
Los autores y las autoras mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons - Atribución 4.0 Internacional que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
Los autores tienen permiso y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo online después de su publicación (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) ya que eso puede aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Ver El Efecto del Acceso Libre).