Continuidades animais. Argumentos contra a dicotomia humano/animal não humano
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2011v8n1p60Resumo
Persiste, na atualidade, uma profunda necessidade de diferenciar os membros da espécie Homo sapiens dos indivíduos pertencentes ao resto do reino animal. Como consequência dessa necessidade surge a dicotomia humano/animal não humano, baseada em diferencias artificiais e infundadas, que responde a fins sempre prejudiciais para os animais não humanos. Neste trabalho queremos mostrar que, por um lado, muitas das características propostas como especificamente humanas são compartilhadas ao menos por algumas espécies animais não humanas e que, por outro lado, existem características especificamente humanas, mas que disso não se conclui que devamos estabelecer uma separação entre animais humanos e não humanos. Rejeitamos a perspectiva especista e segregacionista de que somente o homem possui uma posição singular na natureza. Cada espécie animal tem suas próprias características únicas e, portanto, não haveria lugar para uma exceção humana, senão que haveria tantas exceções como espécies animais existem na natureza. No lugar do abismo traçado entre animais humanos e animais não humanos, defendemos a perspectiva do continuum animal, que permite reconhecer as características que compartilhamos com outras espécies animais e, portanto, promove o fim do especismo.
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