A transmissão dos protocolos de gênero como dispositivo de submissão feminina à violência conjugal

Autores

  • Maria Fátima Scaffo Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
  • Francisco Ramos Farias Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2011v8n2p134

Resumo

Este artigo analisa a maneira pela qual a mulher, historicamente, responde, no cenário familiar, à violência conjugal. Em princípio, o recorte, adotado como objeto de estudo e análise, consiste em uma modalidade típica de violência impetrada à mulher no contexto das engrenagens que configuram o encontro homem-mulher. Aponta os fatores potencializados nesse encontro que produzem a violência, aventando a possibilidade de se refletir sobre aspectos da condição masculina ou em fantasmas do universo feminino. Considerando a questão de gênero, levanta-se a seguinte indagação: a posição da mulher é construída em função dos princípios educativos que condicionam um determinado tipo de papel a ela ou existem outros determinantes? A análise e a discussão dessa temática serão realizadas considerando a transmissão geracional de normas-protocolos de gênero de mãe para filha bem como a constante reedição, de forma irrefletida, que se constitui como raízes modeladoras da conduta da mulher e que fazem parte da dinâmica do feminino nessas relações, nas quais a mulher ocupa historicamente um plano subalterno. Provavelmente, a condição de subalternidade reflete a transmissão pela mãe para a filha de padrões estereotipados culturalmente atribuídos à mulher e que são aceitos e reproduzidos, de forma quase automática, no cenário das relações conjugais.


Biografia do Autor

Maria Fátima Scaffo, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Doutoranda em Memória Social pela UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Linha: Memória, Subjetividade e Criação. Mestre em Psicologia Social pela Universidade Gama Filho. Professora da Faculdade Internacional Signorelli, FISIG

Francisco Ramos Farias, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

Doutor em Psicologia pela Fundação Getulio Vargas – FGV – RJ. Consultor Ad Hoc da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, professor adjunto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

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Publicado

09.12.2011

Edição

Seção

Artigos