Mulheres e direitos humanos: desfazendo imagens, (re)construindo identidades
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2009v6n1p151Resumo
http://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2009v6n1p151
Situado no contexto dos estudos de gênero e violência, este artigo interpreta atos de violência praticados contra a mulher, nomeadamente aqueles em que a vítima procura os setores de apoio. É parte de uma pesquisa em desenvolvimento no Sul do Brasil. Problematiza a necessidade de “desconstruir velhas imagens” para dar lugar a “novas identidades” como forma de auxiliar a mulher a sair da condição de vítima, para protagonizar sua própria vida, como autora de suas escolhas e de sua história. Relaciona a urgência na revisão dos processos de socialização para imprimir, nas práticas cotidianas, com homens e mulheres, outro jeito de perceber, conceber e viver a condição de mulher e de homem na contemporaneidade. Parte do princípio de que não basta garantir direitos à mulher e/ou punir agressores. Considera urgente o testemunho de uma nova cultura sobre as questões de gênero. O problema evidenciado, nos primeiros contatos com o campo, sinaliza que o combate à violência de gênero tem íntima relação com as representações que as mulheres têm sobre a violência doméstica, pois a maior parte delas somente reconhece as violências físicas, ignorando outras formas. Genericamente, consideram naturais as desigualdades de gênero e acreditam ocupar lugar subalterno em relação aos homens. A violência de gênero é uma construção social, que fortalece a dominação masculina e oprime as mulheres. O desafio que se coloca é, pois, transformar a violência contra a mulher, de um problema privado, num problema público, ou seja, como um problema de direitos humanos e de igualdade de gênero.
Palavras-chave: Identidades de gênero; Direitos humanos; Violência contra a mulher.
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