Consumo, ética e natureza: o veganismo e as interfaces de uma política de vida
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2013v10n1p237Resumo
Este trabalho busca refletir sobre um tipo de ativismo que está ganhando amplitude, embora de modo silente, e que integra no corpo de suas reivindicações uma proposta ousada de ressignificação da relação entre humanos e animais: trata-se do veganismo. Em linhas gerais, o veganismo almeja a construção de um postulado ético que reconheça os direitos dos animais e a inclusão dos mesmos à comunidade moral, e um modus vivendi que projeta para o centro do debate uma responsabilidade para com o ato de consumo (mudanças de estilo de vida e de hábitos alimentares). Estes são os aspectos analisados neste artigo, os quais são investigados a partir de um viés teórico e também de uma abordagem empírica: pesquisas realizadas em alguns sites da internet, por meio de um mapeamento e investigação dos grupos reconhecidamente veganos e dos fóruns direcionados à discussão sobre os direitos dos animais e o veganismo. Acrescenta-se que a escolha de tal objeto de pesquisa deve-se ao fato de percebermos, na constituição e na proposta dessa forma de ativismo, uma manifestação social sui generis, reveladora de como diferentes grupos sociais estão respondendo aos dilemas que conformam e impactam a sociedade hodierna, principalmente no que concerne ao posicionamento ético: como devemos viver?
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