Remanescentes do Contestado em Taquaruçu: da invisibilização histórica ao reconhecimento social como sujeitos de direitos
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2014v11n2p204Resumo
http://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2014v11n2p204
As populações tradicionais e camponesas no Brasil vivenciam, historicamente, a invisibilização e a exclusão social, processo este estreitamente vinculado com a falta de reconhecimento e valorização da sua identidade social e cultural na sociedade, acarretando enormes dificuldades para segmento expressivo dessa população acessar políticas públicas e direitos de cidadania. Este artigo aborda um segmento específico que é também afetado por essas problemáticas, os remanescentes da Guerra do Contestado em Santa Catarina, e se propõe analisar os principais fatores que dificultam a reprodução social desse público, os aspectos implicados na (re)definição de sua identidade social e na busca do reconhecimento como sujeitos de direitos na sociedade contemporânea. Para isso, fundamenta-se nos resultados de uma dissertação de mestrado elaborada a partir de um estudo de caso feito com famílias típicas desse grupo social em que se utilizou métodos qualitativos de investigação à luz de princípios da etnografia, de categorias da história, da sociologia e da agronomia, visando um diálogo interdisciplinar para dar conta de uma problemática social complexa e de grande importância não só para o território estudado como também para Santa Catarina. As questões relativas aos remanescentes do Contestado precisam ser incluídas nos estudos e pesquisas das mais diversas áreas do conhecimento, bem como nas prioridades das políticas que incidem em nível local, sob pena de continuarmos negando a sua existência como cidadãos e corroborando com a sua invisibilização social.
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