Uma Reflexão sobre o Hibridismo Cultural e o Processo Identitário de Ciganas Calins Nômades no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2015v12n1p228Resumo
Este artigo propõe uma reflexão teórica sobre o hibridismo como elemento intrínseco ao processo de construção de identidades de mulheres autodenominadas ciganas calins – feminino do povo Calon - que vivem em acampamentos no interior do Rio de Janeiro, a partir da contribuição teórica dos Estudos Culturais e Pós-Coloniais. Embora o discurso hegemônico ocidental promova uma espécie de etnização totalizante de minorias, transformando práticas sociais dinâmicas em um conjunto de hábitos culturais supostamente cristalizados e imutáveis, o processo de construção de identidades entre mulheres ciganas tem se mostrado como um potente exemplo de que a etnicidade não é fixa e nem se extingue com o contato entre culturas. Pelo contrário, é formada em meio a um processo de hibridação com as culturas circundantes, ganha relevo exatamente por suas fronteiras e trocas culturais, exibindo-se como um exercício permanente de negociação de espaços de existência entre diferentes.
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