Dinâmicas Identitárias no Rural-Urbano-Rural: Território e Fronteira entre Agricultores do Rio De Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2015v12n2p180Resumo
O município do Rio de Janeiro é considerado eminentemente urbano, posto que esta é a condição de 100% de sua população. No entanto, a realidade que observamos transpassa os dados censitários oficiais, e a agricultura de caráter familiar permanece ativa em algumas comunidades. Este estudo se realiza no campo psicossociológico a partir de uma perspectiva interdisciplinar e analisa as dinâmicas identitárias entre agricultores da cidade do Rio de Janeiro a partir das noções de fronteira e identidade próprias da teoria pós-colonial. Focalizamos uma comunidade que apresenta histórias centenárias de práticas ligadas à agricultura, que evidenciam forte consciência coletiva sobre seu papel social: afirmam sua permanência no lugar como fator de preservação da floresta da região e atribuem ao seu trabalho a devida importância em suas relações sociais. Neste sentido abordaremos o tema a partir das perspectivas teóricas da sociologia das ausências e da ecologia de saberes, conforme nos apresenta Boaventura de Sousa Santos.
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