Movimentos anti-sistêmicos e movimentos de humanização do parto: aproximações teóricas

Autores

  • Ana Maria Bourguignon Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR
  • Felipe Simão Pontes Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2019v16n1p108

Resumo

Propõe-se discorrer sobre a possibilidade de analisar o movimento de humanização da assistência ao parto a partir do conceito de movimentos anti-sistêmicos desenvolvido por Wallerstein (2006) na obra “Impensar a ciência social: os limites dos paradigmas do século XIX”. A intenção é fazer uma revisão desse conceito em cotejamento com os textos de Santos (1997; 2001), Scherer-Warren (2012) e Grosfoguel (2008). Concluímos pela integração preliminar do conceito à caracterização desse movimento, sob a condição de uma ampliação do conceito de economia-mundo capitalista para outras formas de relações de poder como o patriarcalismo, o colonialismo, o etnocentrismo e o sexismo.

Biografia do Autor

Ana Maria Bourguignon, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR

Felipe Simão Pontes, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR

Doutor em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pós-doutor em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR. Professor do Mestrado e do Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR, Brasil

Referências

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Publicado

01.02.2019

Edição

Seção

Artigos - Condição Humana e Saúde na Modernidade