Modernismo e nacionalismo: casos paradigmáticos em Portugal e Espanha
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2020.e65256Resumo
O modernismo português que irrompeu nos anos 1914 e seguintes caracterizou-se por uma compleição politicamente tradicionalista, nacionalista e antiliberal. Personalidades desta geração como António Ferro e Raul Leal cedo manifestaram o seu interesse pelo fascismo e a sua descrença na República, o que naturalmente levou a que expressaram uma visão política e cultural que acabou por ver no ideário do Estado Novo a confirmação dos seus anseios nacionalistas. Mas também em Espanha Eugenio D’Ors, amigo de Salazar e de António Ferro, constitui um caso paradigmático de um intelectual que tendo colaborado com revistas modernistas como Quatre gats ou Pèl & Ploma, mais tarde acaba por romper com o Modernismo por achar que esta estética era de uma espontaneidade estéril sem direcção.
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