Soja transgênica: riscos, incertezas e interesses em jogo

Autores

  • Arnildo Korb Universidade do Estado de Santa Catarina Centro de Educação Superior do Oeste, Chapecó, SC
  • Bruno Gasparini Instituto Superior do Litoral do Paraná, Faculdade Direito,Paranaguá, PR
  • Francisco de Assis Mendonça Instituto Superior do Litoral do Paraná, Curitiba, PR

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2012v9n2p246

Resumo

Neste ensaio discute-se a produção da soja transgênica e os debates entre peritos e leigos quanto à percepção dos riscos oriundos daquela atividade. Apesar de transcorrida uma década e meia desde o início do plantio no Brasil, os dois grupos encontram-se distantes de consensos em relação à existência ou não de riscos ao meio ambiente e à saúde humana. A escala de tempo quanto ao curto, médio ou longo prazo para a evidência de riscos perde referência também em razão da inexistência ou obscurantismo das pesquisas que objetivam diagnosticar as preocupações suscitadas. Argumenta-se, então, pela responsabilidade ética dos pesquisadores e dos representantes políticos em perseguirem os dispositivos constitucionais, assegurando que os interesses das empresas de agroquímicos e de biotecnologias não se sobreponham às políticas nacionais de pesquisa e de produção de alimentos. O momento requer discussões acerca dos moldes de instituição do Princípio da Precaução ou a substituição deles pelo Princípio da Percentagem, a fim de que pesquisas que objetivam identificar possíveis riscos em relação aos alimentos transgênicos possam ocorrer sem interferências políticas ou mercadológicas.

Biografia do Autor

Arnildo Korb, Universidade do Estado de Santa Catarina Centro de Educação Superior do Oeste, Chapecó, SC

graduação em Ciências Habilitação Em Ciências 1º Grau e Biologia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1994) e mestrado em Educação Nas Ciências pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (2003). Professor assistente da Universidade do Estado de Santa Catarina e professor assistente do Governo do Estado de Santa Catarina.

Bruno Gasparini, Instituto Superior do Litoral do Paraná, Faculdade Direito,Paranaguá, PR

Doutorando em Meio Ambiente e Desenvolvimento pelo MADE-UFPR. Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná (2005). Especialista em Gestão Ambiental pela Universidade Estadual de Maringá (2002). Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá (2001).

Francisco de Assis Mendonça, Instituto Superior do Litoral do Paraná, Curitiba, PR

Graduação (UFG, 1983), Mestrado (Geografia Física / Meio ambiente - USP, 1990), Doutorado (Clima e planejamento urbano - USP, 1995) e Pós-doutorado (Epistemologia da Geografia - Université Sorbonne/Paris I/França, 2005) em Geografia. É Professor Titular do Departamento de Geografia da UFPR. Foi professor convidado da Université de Sorbonne/Paris I/Institut de Géographie (2002), da Université de Haute Bretagne/Rennes II/França (2004) e pesquisador convidado da London School of Hygine and Tropical Medecine (Londres/Inglaterra 2005) e do Laboratoire PRODIG/França (Univ. sorbonne/Paris 1, 2005).

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Publicado

11.12.2012

Edição

Seção

Artigos