Mercantilização de órgãos humanos para transplantes intervivos sob a ótica da bioética social

Autores

  • Fernando Hellmann Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL. Palhoca, SC
  • Mirelle Finkler Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC
  • Marta Inez Machado Verdi Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2012v9n2p123

Resumo

A compra e venda de órgãos humanos para transplantes provenientes de doadores vivos vem sendo pauta de discussão mundial no debate bioético, tornando-se um problema de saúde pública. O presente ensaio discute, à luz da Bioética Social, os argumentos utilizados para justificar tais práticas, que giram em torno do bem comum, da pluralidade moral, da autonomia e da liberdade individual. Tais vertentes justificativas assumem caráter liberalista e utilitarista, apresentam possibilidade de duplo standard, não consideram a vulnerabilidade social e ferem a dignidade e os direitos humanos, evidenciando-se uma apologia às leis de mercado. Desta forma, as justificativas para a compra e venda intervivos de órgãos humanos para transplantes acabam por transformar o corpo, ou parte dele, em mercadoria.

Biografia do Autor

Fernando Hellmann, Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL. Palhoca, SC

Doutorando em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Coordenador do Curso de Graduação em Naturologia e do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina

Mirelle Finkler, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC

Doutora em Odontologia e em Saúde Coletiva. Professora do Departamento de Odontologia e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Marta Inez Machado Verdi, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Florianópolis, SC

Doutora em Enfermagem. Professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

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Publicado

12.12.2012

Edição

Seção

Dossiê: A biopolitica e a medicalização da vida. Orgs.: Profs. Drs. Sandra Caponi e Selvino Assmann