Percepções socioambientais de inundações: reflexões sobre o risco
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2015v12n2p200Resumo
Estudar a relação ser humano com seu ambiente é uma tarefa difícil. Com a evolução cada vez mais acelerada da espécie, o ser humano adquiriu muitas habilidades e conheceu novos avanços científicos em prol de seu benefício, porém causou desequilíbrios ambientais alarmantes. Nesse contexto, observa-se uma crise planetária, a transformação da natureza foi notada ao longo do tempo, até na própria palavra, que passou de natureza para ambiente ou paisagem, perdendo assim seu significado. Devido a esses fatores, torna-se fundamental o diálogo com a população, como uma forma de busca de sua percepções, comportamentos e atitudes ambientais. Com base no socioambiental, objetivo do estudo foi realizar entrevistas com moradores de bairros considerados em risco de inundações e moradores em áreas fora de risco. As entrevistas utilizaram-se das técnicas de pesquisa semiestruturada e de saturação teórica. O estudo demonstrou a necessidade da sensibilização ambiental pelo meio ambiente urbano e que através dela é possível minimizar ou evitar desastres, porém a preocupação pelas inundações aparece apenas no momento das perdas materiais ou não materiais.
Referências
ALVES, H. P. F. (2007), “Desigualdade ambiental no município de São Paulo: análise da exposição diferenciada de grupos sociais a situações de risco ambiental através do uso de metodologias de geoprocessamento”, Rev.bras. estud. popul., vol. 24, n. 2, p. 301-316.
BASSANI, M. Fatores psicológicos da percepção da qualidade ambiental. In: MAIA N.B.
BECK, U. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Ed. 34, 2010.
BRADFORD, R. A; SULLIVAN, J.J; CRAATS, I. M; KRYWKOW, J; ROTKO, P; AALTONEN, J; BONAIUTO, M; DOMINICIS, S; WAYLEN, K; SCHELFAUT, K. Risk perception – issues for flood management in Europe . Sci., 12, 2299–2309, 2012. 11p.
CAVALCANTE, J. S. L. ALOUFA, M. A. (2014), “Percepção de riscos ambientais: uma análise sobre riscos de inundações em Natal-RN, Brasil”, Investigaciones Geográficas, Boletín, núm. 84, Instituto de Geografía, UNAM, México, pp. 54-68, dx.doi.org/10.14350/rig.33709.
CAVALCANTE, J. S. I. Percepção de riscos ambientais de populações vulneráveis a inundações e deslizamentos de dunas em Natal-RN. Dissertação de Mestrado. 2013. 88p.
COLLOT, M. Pontos de vista sobre a percepção das paisagens. Boletim de geografia teorética, São Paulo, 20 (39); 21-31, 1990.
DREW, David. Processos interativos homem-meio ambiente. Tradução de João Alves dos Santos: revisão de Suely Bastos; coordenação editorial de Antonio Christofoletti. – 3ª Ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994, 201p.
DENZIN, N. K. & LINCOLN, Y. S. (Eds.). Handbook of qualitativerResearch. Thousand Oaks, CA: Sage Publications. 2000
FERNANDEZ, F. O poema imperfeito: crônicas de biologia, conservação da natureza e seus heróis. Curitiba, PR: Ed. UFPr, 2002.
GLASER, B.G, STRAUSS, A. L. The discovery of grounded theory: strategies for qualitative research. New York: Aldine de Gruyter; 1967.
GUNTHER , H. Algumas considerações programáticas sobre a Psicologia Ambiental. Textos do Laboratório de Psicologia Ambiental-IP-UnB, 1, 1-5, 1991.
LEE, S. Amazing Fantasy 15. New York: Marvel Comics, 1962.
JACOBI, P. Dilemas socioambientais na gestão metropolitana: do risco à busca da sustentabilidade urbana. ISSN 0104-8015 POLÍTICA & TRABALHO Revista de Ciências Sociais n. 25 Outubro de 2006 - p. 115-134.
LEFF, H. Sociologia y ambiente: Sobre el concepto de racionalidade amviental y las transformaciones del conocimiento, 1993. In Paulo Freire Vieira, Dália Mamon (Org.), As Ciências Sociais e a questão ambiental: Rumo à interdisciplinariedade. Rio de Janeiro e Belém: APED e UFPA.
LIMA, M. V; RONCAGLIO, C. Degradação socioambiental urbana, políticas públicas e cidadania. Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 3, p. 53-63, jan./jun. 2001. Editora da UFPR.
MORETTI, R. S Terrenos de fundo de vale: Conflitos de propostas, Téchne, São Paulo, 2000.
POLETO, C. Alterações morfológicas em um canal fluvial urbano no contexto antrópico, social e ambiental: um estudo de caso. Maringá, v. 33, n. 4, p. 357-364, 2011.
SAMMARCO, Y. M. Educación Ambiental y Paisajes para la gestión participativa de las Áreas Protegidas en Brasil. Tese de Doutorado.Madrid. 2013, 509p.
SILVA, K. C. Pertencimento em relação ao Bosque Campos Prado: Um estudo de percepção ambiental da comunidade do entorno. Jaú: 2012, 160p.
SOUZA, L. B. e M. E. ZANELLA, (2009), Percepção de Riscos Ambientais: Teoria e Aplicações, Edições UFC, Fortaleza.
SCHMIDT, A. História e Natureza em Marx. In: COHN, Gabriel (Org.). Sociologia: para ler os clássicos. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977. p. 240-258.
TUAN, Y. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. Londrina: Eduel, 2012. 342p.
TUCCI, C. E. M; BERTONI, J.C Inundações urbanas na América do Sul. Porto Alegre, 2003.
TUCCI, C.E.M. Inundações Urbanas. Ed.ABRH. Porto Alegre, 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).