Business territorialization processes in the Amazon: meanings and consequences
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2020.e70164Abstract
We propose to investigate the practical and symbolic devices, adopted in the process of implementation of large hydroelectric dams in the Amazon region, which has contributed to the lowering of environmental protection standards and social and territorial rights in force in the country. The structuring agents of the "business territories" resulting from these endeavors seek to produce functional spaces, preceded by deep social cleansing, which express the privatizing and authoritarian nature inherent in these processes of large-scale spatial incorporation. These processes, however, do not come about without contention and antagonism, either between the segments that lead the spatial-social restructuring, or between them and the compulsorily displaced population, which insists on rescuing margins of autonomy from collective living, from cultural repertoires that are not closed and new sociabilities that open up. In these terms, territorial conflict is posited and replaced, not as an "obstacle" but as a question about the very goals and results of the "modernization" and "development" projects. Our proposal is to provide analytical elements and recognition of spaces for the (re)mapping of traditions and resistance in the new conditions posed by the continuous rescheduling of the space produced by large projects already implemented and being implemented in the Amazon.References
ALMEIDA, Alfredo Wagner. Agroestratégias e desterritorialização: direitos territoriais e étnicos na mira dos estrategistas dos agronegócios. In: ALMEIDA, A. W. et al. (orgs.). Capitalismo globalizado e recursos territoriais: fronteiras da acumulação no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010.
BECK. U. Ecological politics in an age of risk. Cambridge, Polity Press, 1995.
BENSON, Peter; KIRSCH, Stuart. Capitalism and the Politics of Resignation. Current Anthropology, Volume 51, Number 4, August 2010.
BERMANN, C.; HERNANDES, F. A usina de Belo Monte: energia e democracia em questão. Revista Política Democrática, n. 27, 2010, p. 43 - 57.
BOYER, R. A Teoria da Regulação. São Paulo: Nobel, 1990.
BORCHERT, J.; LESSENICH, S. Spätkapitalismus revisited: Claus Offes Theorie und die adaptive Selbsttransformation der Wohlfahrtsstaatsanalyse. Zeitschrift für Sozialreform/Journal of Social Policy Research, 50(6), 563-583.
BRAGA, Ruy. Risorgimento, Fascismo e americanismo: a dialética da passivização. In: FERNANDES, E. et al. (orgs.). O Outro Gramsci. São Paulo: Xamâ, 1996. p. 167-182.
CARVALHO, Alba Maria Pinho; MILANEZ, Bruno; GUERRA, Eliana. Rentismo-neoextrativismo: a inserção dependente do Brasil nos percursos do capitalismo mundializado (1990-2017). In: RIGOTTO, R. M. et al. (orgs.) Tramas para a justiça ambiental: diálogo de saberes e práxis emancipatórias. Fortaleza: Edições UFC, 2018. p. 19-58.
CHAUVIN, Sébastien; JOUNIN; Nicolas. A observação direta. In: PAUGAM, S. (coord.). A pesquisa sociológica. Tradução de Francisco Morás. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015. p. 124-140.
CERNY, Philip G. Embedding neoliberalism: the evolution of a hegemonic paradigm. The Journal of International Trade and Diplomacy, v. 2, n.1, 2008, p. 1-46.
FEARNSIDE, P. Barragens do rio Madeira – Sedimentos 2: O primeiro cenário oficial. Amazônia Real, 05 de maio de 2014. Disponível em: http://amazoniareal.com.br/barragens-do-rio-madeira-sedimentos-2-o-primeiro-cenario-oficial/. Acesso em: 28 jul. 2014.
FLEXOR, Georges; LEITE, Sérgio. Mercado de terra, commodities boom e land grabbing no Brasil. In: MALUF, Renato S.; FLEXOR, Georges Flexor (orgs.). Questões agrárias, agrícolas e rurais: conjunturas e políticas públicas. Rio de Janeiro: E-Papers, 2017. p. 20 – 39.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Tradução Roberto Machado. 9 ª edição, Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1997.
LEITE LOPES, José Sérgio. Sobre processos de “ambientalização” dos conflitos e sobre dilemas da participação. Horizontes Antropológicos, n. 25, 2006. p. 31-64.
NOVOA GARZON, Luiz Fernando. O licenciamento automático dos grandes projetos de infra-estrutura no Brasil: o caso das Usinas no rio Madeira. Universidade e Sociedade, ano XVIII, nº 42, DF, 2008.
NOVOA GARZON, Luiz Fernando. Usinas hidrelétricas aceleram ‘territorialização corporativa’ da Amazônia. Correio Cidadania, 2010. Disponível em: http://www.correiocidadania.com.br/economia/5310-17-12-2010-usinas-hidreletricas-aceleram-territorializacao-corporativa-da-amazonia. Acesso em: 20 ago. 2019.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. O Campo no Século XXI. São Paulo: Editora Casa Amarela, São Paulo, 2004
OSÓRIO, Jaime. Padrão de reprodução do capital: uma proposta teórica. In: FERREIRA, C.; OSORIO, J.; LUCE, M. (orgs.) Padrão de reprodução do capital. São Paulo: Boitempo, 2012, 37-86.
FILHO SEVÁ, Arsenio Oswaldo. Problemas intrínsecos e graves da expansão mineral, metalúrgica, petrolífera, e hidrelétrica nas Amazônias. In: ZHOURI, A.; LASCHEFSKI, K. (orgs.). Desenvolvimento e conflitos ambientais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
FILHO SEVÁ, Arsenio Oswaldo. Capitalismo hidrelétrico em Minas Gerais: o Rio Grande e seus afluentes silenciados. In: NOGUEIRA et al. Universidade Tecnologia e Sociedade. Viçosa: UFVJM, 2012, p. 1-39.
TAPIA, Jorge. R. B.; ARAÚJO, A. M. B. Estado, classes e estratégia: notas sobre um debate. Crítica e Sociedade. V.1, n.1, Uberlândia, jan-jun, 2011. p. 9-54.
VAINER, C. B. Cidade de exceção: reflexões a partir do Rio de Janeiro. Apresentação Mesa Redonda “Política Urbana/Planejamento territorial”. Anais XIV Encontro Nacional da ANPUR – Rio de Janeiro, maio de 2011.
VAINER, C. B. Quando a cidade vai às ruas. In: MARICATO, Ermínia et. al. Cidades Rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo, 2013. p. 35-40.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).