As brincadeiras nas aulas de Educação Física e seus significados para as crianças

Autores

  • Maitê Venuto de Freitas ESEF/UFRGS
  • Marco Paulo Stigger ESEF/UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2015v27n45p74

Resumo

O objetivo deste estudo foi compreender as formas com que as crianças da Educação Infantil se apropriavam das brincadeiras propostas pelo professor de Educação Física e como construíam maneiras de brincar. Foram realizadas observações sistemáticas nas aulas de Educação Física em uma creche da cidade de Porto Alegre/RS e produzidos 23 diários de campo. Foi possível perceber que as brincadeiras propostas em aula eram reinventadas pelas crianças com a intenção de torná-las mais atrativas. Uma brincadeira atrativa era aquela em que as crianças ganhavam destaque, eram desafiadas e obtinham sucesso. Compreender as motivações, as formas de apropriações e os significados que as crianças dão para as brincadeiras, pode diminuir a distância simbólica entre o adulto (professor) e a criança (aluno).

Biografia do Autor

Maitê Venuto de Freitas, ESEF/UFRGS

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da ESEF/UFRGS e pesquisadora do Grupo de Estudos Socioculturais em Educação Física (GESEF). Atualmente possui interesse em estudos sobre a infância e a criança buscando diálogos com a Antropologia da Criança, a Sociologia da Infância e a Educação Física.

Marco Paulo Stigger, ESEF/UFRGS

Possui Graduação em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1977), mestrado em Educação Física pela Universidade Gama Filho (1992) e doutorado em Ciências do Desporto e Educação Física pela Universidade do Porto/Portugal (2000). Atualmente é professor associado na Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde ministra aulas e orienta estudantes do Curso de Graduação em Educação Física (monografias de conclusão e trabalhos de iniciação científica) e no Programa de Pós Graduação em Ciências do Movimento Humano (Mestrado e Doutorado); neste último, atua na linha de pesquisa Representações Sociais do Movimento Humano. Tem experiência na área de Educação Física, desenvolvendo estudos, publicando livros e artigos e orientando trabalhos no campo dos "Estudos Socioculturais em Educação Física", "Sociologia/Antropologia do Esporte", da "Sociologia/Antropologia do Lazer" e das "Políticas Públicas de Esportes e Lazer", desenvolvidos, principalmente, a partir da análise cultural e da perspectiva etnográfica de investigação. Um trabalho bastante significativo da sua produção é o livro que apresenta os resultados do seu estudo desenvolvido no doutorado, publicado sob o título de "Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico" (2002). Também publicou o livro "Educação Física, Esporte e Diversidade" (2005 - 200 exemplares), agora em 2ª Edição (2011 - 6000 exemplares). Um trabalho representativo da sua atividade acadêmica no Programa de Pós Graduação em Ciências do Movimento Humano/UFRGS é o livro organizado sob o título "Estudos Etnográficos Sobre Sociabilidades Esportivas em Espaços Urbanos" (Editora/UFRGS - 2007), o qual contém um artigo do organizador e vários de autoria dos seus orientandos. Em 2009 foi organizador do livro "Esporte de Rendimento e Esporte na Escola", obra que teve a participação de vários autores reconhecidos na Educação Física Brasileira. Atualmente mantém essa linha de estudos, mas tem tido interesse e se aproximado dos Estudos Sociais da Ciência, e das suas relações com Educação Física.

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Publicado

2015-09-14

Como Citar

de Freitas, M. V., & Stigger, M. P. (2015). As brincadeiras nas aulas de Educação Física e seus significados para as crianças. Motrivivência, 27(45), 74–83. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2015v27n45p74