Motivos e consequências para a utilização do jogador de quadra adicional no handebol: perspectivas de treinadores brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e96560Palavras-chave:
Esporte coletivo, Treinamento esportivo, EstratégiaResumo
O uso do jogador de quadra adicional (JQA) no handebol sofreu implicações após mudanças regulamentares (2016). Os estudos envolvem a eficácia do JQA em competições, mas poucos esforços têm sido envidados para investigar motivos e expectativas dos treinadores para a sua utilização. Este estudo analisou as razões pelas quais os treinadores optam por utilizarem o JQA e as consequências em situações distintas do jogo. Sete treinadores de equipes adultas que qualificaram suas equipes entre as quatro melhores (Liga Nacional) foram entrevistados (entrevista semiestruturada). A análise temática reflexiva foi utilizada para a identificação dos temas e discussão. Os resultados revelaram dois subtemas: a utilização do JQA para produzir superioridade numérica ofensiva e as características e riscos do JQA para mitigar a inferioridade numérica. Comportamentos pertinentes ao jogo sem goleiro em superioridade numérica ou para aproximar a relação numérica foram percebidos e permitem refletir sobre avaliação e adaptação de modelos de jogo.
Referências
ANTÓN GARCÍA, J. L. Balonmano - Táctica grupal ofensiva: concepto, estructura y metodologia. Granada: Grupo Editorial Universitário, 1998.
ANTÓN GARCÍA, J. L. Balonmano - Táctica grupal defensiva: concepto, estructura y metodología. Granada: Grupo Editorial Universitario, 2002.
ANTÓN GARCÍA, J. L. Uso del “portero falso” en inferioridad numérica atacante: ¿nueva aportación táctico-estratégica? E-Balonmano.com: Revista de Ciencias del Deporte, v. 6, n. 1, p. 3-27, 2010.
BEIZTEGUI-CASADO, C.; OLIVER-CORONADO, J.; SOSA-GONZÁLEZ, P. I. Portero-jugador en situaciones de inferioridad numérica ofensiva en balonmano: ¿penalización o ventaja? Revista Internacional de Medicina y Ciencias de la Actividad Física y del Deporte, v. 19, n. 74, p. 06-14, 2019.
BRAUN, V.; CLARKE, V. Using thematic analysis in psychology. Qualitative Research in Psychology, v. 3, p. 77-101, 2006.
BRAUN, V.; CLARKE, V. Reflecting on reflexive thematic analysis. Qualitative Research in Sport, Exercise and Health, v. 11, p. 1-9, 2019.
BRAUN, V.; CLARKE, V.; RANCE, N. How to use thematic analysis with interview data. In: VOSSLER, A. e MOLLER, N. (Ed.). The Counselling & Psychotherapy Research Handbook. 1 ed.: Sage, 2014. p. 183-197.
GILIO, J. P. T. D. O jogador de quadra adicional no handebol: perspectivas de treinadores brasileiros sobre a estratégia. 2021. 94 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física e Esporte)- Universidade de São Paulo, Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto, 2021.
GUMUS, H.; GENCOGLU, C. The effects of the goalkeeper substitution rule as a new strategy in handball: Analysis of Men’s European Handball Championship 2020. Acta Gymnica, v. 50, n. 3, p. 113-121, 2020.
IHF, International Handball Federation. Changes to the rules of the game. https://www.flh.lu/arbitrage/regles-rules p. 2016a.
IHF, International Handball Federation. New Rules: 7 field players – New tactical possibilities! CENTRE, I.-E. https://www.youtube.com/watch?v=ynaGE_vIBRk 2016b.
KRAHENBÜHL, T.; MENEZES, R. P.; LEONARDO, L. Elite coaches’ opinion about the additional court player and the strategic-tactical structures in handball. Motriz, v. 25, n. 3, e101931, 2019.
KRAHENBÜHL, T. et al. The use of the additional field player in handball: analysis of the Rio 2016 Olympic Games. RICYDE. Revista internacional de ciencias del deporte, v. 57, p. 295-306, 2019.
LEONARDO, L. et al. Opiniões de treinadores sobre o uso do sétimo jogador de quadra contra o sistema defensivo individual obrigatório em competições de handebol das categorias sub-12 e sub-14. Corpoconsciência, v. 23, n. 1, p. 1-12, 2019.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: 2011.
MAROJA, G. et al. Caracterização do ataque em sistema com a utilização da “baliza deserta” no handebol feminino. Revista Brasileira do Esporte Coletivo, v. 4, n. 1, p. 10-20, 2020.
MENDES, J. C. et al. Construcción del modelo de juego en balonmano. Pensar en Movimiento: Revista de Ciencias del Ejercicio y la Salud, v. 19, n. 1, p. e42052, 2020.
MENEZES, R. P. Contribuições da concepção dos fenômenos complexos para o ensino dos esportes coletivos. Motriz, v. 18, n. 1, p. 34-41, 2012.
MOLINA, S. F. Organización didáctica del proceso de enseñanza: aprendizaje para la construcción del juego ofensivo en balonmano. E-balonmano.com: Revista de Ciencias del Deporte, v. 2, n. 4, p. 53-66, 2006.
MUSA, V. et al. Participação do goleiro-linha no handebol: análise a partir do tempo de jogo, relação numérica, posto específico e match-status. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, S1A, p. 213-221, 2017.
PRIETO, J.; RUANO, M.; SAMPAIO, J. Players’ exclusions effects on elite handball teams’ scoring performance during close games. International Journal of Performance Analysis in Sport, v. 15, p. 983-996, 2017.
PRUDENTE, J. N. et al. Analysis of the influence of the numerical relation in handball during an organized attack, specifically the tactical behavior of the center back. Frontiers in Psychology, v. 10, 2451, 2019.
PUEO, B.; ESPINA-AGULLO, J. Relationship between exclusions and final results in European Championships, World Championships and Olympic Games in men’s handball 1982-2014. Journal of Physical Education and Sport, v. 17, p. 1158-1162, 2017.
PURDY, L. Interviews. In: NELSON, L. G., R. e POTRAC, P. (Ed.). Research methods in sports coaching: Routledge, 2014. cap. 15, p. 161-170.
TREJO-SILVA, A. et al. Offensive performance under numerical inequality during exclusions in female handball. RICYDE Revista internacional de Ciencias del Deporte, v. 16, n. 62, p. 396-409, 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Motrivivência
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores dos textos enviados à Motrivivência deverão garantir, em formulário próprio no processo de submissão:
a) serem os únicos titulares dos direitos autorais dos artigos,
b) que não está sendo avaliado por outro(s) periódico(s),
c) e que, caso aprovado, transferem para a revista tais direitos, sem reservas, para publicação no formato on line.
Obs.: para os textos publicados, a revista Motrivivência adota a licença Creative Commons “Atribuição - Não Comercial - Compartilhar Igual 4.0 Internacional” (CC BY-NC-SA).