Crenças e práticas de professores sobre a educação inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e63201Resumo
O estudo teve como objetivo analisar as crenças e práticas de professores sobre a Educação Inclusiva, buscando refletir como elas permeiam a efetivação de um processo inclusivo responsável e de qualidade. Foram entrevistadas 10 professoras que atuavam nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, cujas respostas foram analisadas através da Análise Textual Discursiva. Dessa análise, derivaram 613 unidades de sentido, as quais após minucioso processo de estabelecimento de relações entre si, foram organizadas em quatro categorias finais: Avanços e barreiras no processo de inclusão; O professor e a inclusão; Papel da família na inclusão; e Preceitos da inclusão. A análise e interpretação dos dados indicou que o passo principal para uma inclusão efetiva é motivar os principais atores a acolherem as diferenças e trabalharem com e a partir delas, aspecto que envolve, mas vai além da atuação específica junto aos alunos público-alvo da Educação Especial. Esse caminho pressupõe um trabalho coletivo, aprimoramento constante, sensibilidade, empatia e disponibilidade para todas as interlocuções necessárias.
Referências
BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola: de alunos com necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: Mediação, 2005. 128 p.
BLANCO, Rosa. A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do currículo. In: COLL, César et al. Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 3v. p. 290 – 308.
BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a Educação Especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Brasília, 17 de novembro de 2011. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011‐ 2014/2011/Decreto/D7611.htm Acesso em 10.12.2018
BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. MEC; SEEP; 2008.
CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2013.
CARVALHO, Rosita Edler. Escola Inclusiva: a reorganização do trabalho pedagógico. Porto Alegre: Mediação, 2014.
CARVALHO, Rosita Edler. Removendo barreiras para a aprendizagem: Educação Inclusiva. Editora Mediação, 2002.
COLL, César. Atenção à diversidade e qualidade do ensino. Revista Educação Especial, Santa Maria, p. 07-17, mar. 2012. ISSN 1984-686X. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/5001> Acesso em: 16 jan. 2019.
FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada. Abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre, Artmed, 1991.
GONZALES REY, Fernando Luis; MITJANS MARTÍNEZ, A. Psicologia, educação e aprendizagem escolar: avançando na contribuição da leitura cultural-histórica. São Paulo: Cortez, 2017.
GOMES, Claudia; GONZALES REY, Fernando Luis. Inclusão escolar: representações compartilhadas de profissionais da educação acerca da inclusão escolar. Psicol. Cienc. Prof, v. 27, n. 3, p. 406-17, 2007.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2 ed. São Paulo: EPU, 2013.
MANZINI, E.J. Considerações sobre a elaboração de roteiro para entrevista semi-estruturada. In: MARQUEZINE: M. C.; ALMEIDA, M. A.; OMOTE; S. (Orgs.) Colóquios sobre pesquisa em Educação Especial. Londrina: Eduel, 2003. p. 11-25.
MITJANS MARTÍNEZ, A. Inclusão Escolar: desafios para o psicólogo. In: MITJANS MARTÍNEZ, A (Org.). Psicologia escolar e compromisso social: novos discursos, novas práticas. Campinas: Alínea, 2005.
MITJANS MARTÍNEZ, A; TACCA, Maria Carmen Villela Rosa. Possibilidades de Aprendizagem. Ações pedagógicas para alunos com dificuldades e deficiência. Editora Alínea, 2011.
MITTLER. Peter. Educação Inclusiva Contextos sociais. Porto Alegre. Artemed. 2003.
MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise Textual Discursiva. 3. ed. Ijui: Unijui, 2016. 264 p.
OLIVEIRA, I. A. Política de Educação Inclusiva nas escolas: trajetórias de conflitos. In: BAPTISTA, Claudio Roberto et al (Org.). Inclusão, práticas pedagógicas e trajetórias de pesquisa. Porto Alegre: Mediação, 2009. 304 p.
PACHECO, José; EGGERTSDÓTTIR; Rósa. MATNÒSSON. Gretar L. Caminhos para inclusão: um guia para o aprimoramento da equipe escolar. Porto Alegre. Artmed. 2007.
ROZEK, Marlene. A formação de professores na perspectiva da Educação Inclusiva. In: STOUBÄS, Claus Dieter; MOSQUEIRA, Juan José Mouriño. Educação Especial: Em direção à Educação Inclusiva. 4. ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2012. Cap. 8. p. 129-137.
ROZEK, Marlene. A formação docente: tensões e possibilidades. In: ROZEK, Marlene; VIEGAS, Luciane Torezan. Educação Inclusiva: Políticas, pesquisa e formação. Porto Alegre: Edipucrs, 2012. 111 p.
ROZEK, Marlene; SEVERO, Gabriela Jurie; MARTINS, Gabriela Dal Forno. Crenças de professores sobre a Educação Inclusiva: um estudo no contexto brasileiro. In: Porto International Conference on Research in Education, 2017, Porto. Livro de resumos do Porto International Conference on Research in Education, 2017. v. 1. p. 153-154.
SILVA, Karla Fernanda Wunder da. Inclusão escolar de alunos com deficiência mental: possíveis causas do insucesso. 2007. 184 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.
SILVA, Karla Fernanda Wunder da. Inclusão Escolar: levantando possibilidades, encarando dificuldades. In: MORAIS, Salete Campos de; SOUZA, Magali Dias de. Inclusão Escolar: práticas e teorias. Porto Alegre: Redes Editora, 2008. 208 p.
SILVA, Virginia. A medicalização da sociedade e seus efeitos na educação dos estudantes com autismo. In: GOULART, Daniel Magalhães; ALCÂNTARA, Raquel de. Educação escolar e subjetividade: Desafios contemporâneos. Rockville, Global South Press, 2016.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VIGOTSKY, L. S. Fundamentos da Defectologia. Obras completas Tomo V. Tradução de Maria Del Carmen Poce Fernández. Habana: Pueblo e Educación, 1989 (1929).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.