Escrevendo a nossa história: o que um grupo de pesquisa pode fazer e tem a dizer?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2023.e92137

Palavras-chave:

Grupo de pesquisa, Educação linguística em língua italiana, Contexto brasileiro

Resumo

Este artigo tem o objetivo de narrar o processo de construção de um jovem grupo de pesquisa, o Núcleo de Estudos em Língua Italiana no contexto Brasileiro (NELIB), cadastrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Tal grupo nasce com o propósito de reunir professoras(es) e pesquisadoras(es) do campo da italianística que atuam no contexto brasileiro e buscam (re)pensar e ressignificar a Educação Linguística em língua italiana com os pés fincados em nossos territórios, tendo em vista a formação docente, a produção de materiais didáticos, as políticas linguísticas e, consequentemente, um ensino/aprendizagem cada vez mais plural, democrático e, portanto, comprometido com a justiça social. Diante disso, por entendermos esse espaço como um aglutinador de experiências, saberes e produções científicas, acadêmicas e artísticas, teceremos em nossas palavras o que temos feito para responder a indagação que nos orienta – quais são os saberes necessários para a formação docente, em um mundo em constante transformação? – e o que esperamos realizar em nossas atividades cotidianas que são essenciais para o desenvolvimento do trabalho como professoras e pesquisadoras de universidades públicas brasileiras. Afinal, é importante compreendermos o que um grupo de pesquisa faz e tem a dizer ao mundo.

Biografia do Autor

Cristiane Maria Lopes Landulfo, Universidade Federal da Bahia, UFBA, Brasil

É professora adjunta de Língua e Literaturas Italianas da Universidade Federal da Bahia. Possui Doutorado e Mestrado em Língua e Cultura pela Universidade Federal da Bahia (2016); Graduação em Letras português- italiano pela Universidade Federal do Ceará (2004) e Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2003). Desenvolve pesquisas na área de Linguística Aplicada, focando os seguintes temas: formação de professores de línguas, educação intercultural, pluralidade linguístico-cultural do italiano, materiais didáticos de línguas, literaturas em língua italiana, sexismo linguístico, políticas linguísticas e decolonialidades. É líder do grupo de pesquisa NELIB: Núcleo de Estudos em Língua Italiana no Contexto Brasileiro.

Paula Garcia Freitas, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Brasil

Possui doutorado em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (2014), mestrado em Letras (Língua e Literatura Italiana) pela Universidade de São Paulo (2008) e Bacharelado e Licenciatura em Letras - Português e Italiano pela Universidade de São Paulo (2003). É professora associada de italiano do Curso de Letras da Universidade Federal do Paraná e do Programa de Pós Graduação da mesma universidade, atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia de ensino, língua italiana, ensino de línguas, aprendizagem de línguas e cultura italiana, formação de professores (de línguas), ensino e aprendizagem (de línguas) por tarefas, análise, reflexão e produção de material didático. É líder do Grupo de Pesquisa NELIB.

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Publicado

2023-09-13

Como Citar

Landulfo, C. M. L. ., & Freitas, P. G. (2023). Escrevendo a nossa história: o que um grupo de pesquisa pode fazer e tem a dizer? . Perspectiva, 41(4), 1–16. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2023.e92137

Edição

Seção

Dossiê Espaços de formação para professores de línguas