Rioters and subversives: repression, persecution, and indigenous rights violations during the military dictatorship

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e61997

Abstract

This article examines acts of espionage and repression on behalf of the military governments upon indigenous peoples’ organizations and their supporters in the Southern Region of Brazil. Indigenous policies in the period from 1964 to 1985 went through different inquiries, such as: the Parliamentary Committees of Inquiry in the National Congress (1964, 1968, 1977); the investigation opened by Jader de Figueiredo Correia to inquire into Indigenous Protectin Agency; the dissolution of this organization and the creation of National Foundation for Indigenous People; changes in indigenous rights introduced by the 1968 Constitutional Reform; and the creation of the Indigenous Statute (Law 6001/1973). When it comes to both administrative and legal realms, such actions have brought about profound changes in the daily lives of indigenous communities. However, both government employees’ involvement in economic sectors and the exploitation of natural resources in Indigenous lands have caused unprecedented violence, despite the legal support provided for indigenous peoples. The indigenous movement came to be considered "subversive" and highly dangerous to the regime. In the last decade of the dictatorial government, indigenous people were seen as internal enemies to be fought. Thus, the creation and equipment of the indigenous police were part of the routine of control exercised in the so-called "Indigenous Posts" and in the Indigenous Prisons. However, from 1974 on, they have not been alone anymore: besides congregating in indigenous gatherings, they have received the support of an important sector of the Catholic Church that has also been long attacked and spied on by the Regime.

Author Biography

Clovis Antonio Brighenti, Universidade Federal da Integração latino-americana, Unila

Centro Interdisciplinar de Antropologia e História da Universidade Federal da Integração latino-americana, Unila

References

ALMEIDA, Maria Regina Celestino. Os índios na história do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2010.

ALMEIDA, M.R. Celestino de. História e Antropologia. In: CARDOSO, C.F.; VAIFAS, Ronaldo (Orgs.). Novos domínios da História. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. pp.151-168.

ALVES, José Carlos. Radiotelegrama. 10 de abril de 1978. ASI/Funai, Cx.1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF, 1978a.

ALVES, José Carlos. Informe nº 11-A/78. 12 de abril de 1978. Arquivo Nacional. ASI/Funai, Cx. 1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF, 1978b.

ARAÚJO, Ismarth. Às comunidades Guarani, Kaingang e Xokleng. Resposta do presidente da FUNAI à delegação indígena do sul. Brasília/DF,1975.

ARAÚJO, Ismarth. Telegrama às Delegacias Regionais. 1978. ASI/Funai, Cx. 1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF, 1978.

ASI/FUNAI. Arquivo Nacional em Brasília. Missões Religiosas/Cimi. Cx. 1, 1975.

ASSEMBLEIA INDÍGENA. Documento final. Ruínas de São Miguel (RS), 19 de abril de 1977.

BRASIL. Decreto 17.684. Modifica o Regimento do Serviço de Proteção aos Índios.1945.

BRASIL. Lei 5.371. Autoriza a instituição da "Fundação Nacional do Índio" e dá outras providências. 1967.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1988.

BRIGHENTI, Clovis A. O movimento indígena no oeste catarinense e sua relação com a igreja católica na diocese de Chapecó/SC nas décadas de 1970 e 1980. 564 f. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2012.

CARDOSO, Ciro Flamarion. História e conhecimento: uma abordagem epistemológica. In.: CARDOSO, C.F.; VAINFAS, Ronaldo (Orgs.). Novos domínios da História. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

CIMI. Boletim do Cimi. Brasília, ano 6, n. 41, out. 1977.

CIMI SUL. Boletim Luta Indígena. Xanxerê. ano 1, n.1, março, 1976.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela (Org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras e Secretaria Municipal de Cultura, 1992.

EREMITES DE OLIVEIRA, Jorge. Sobre os conceitos de etnoistória e história indígena: uma discussão ainda necessária. XXII Simpósio Nacional de História – João Pessoa, 2003.

FIGUEIREDO CORREIA, Jader. Relatório Figueiredo relativo à Portaria nº 239 de 1967. Brasília: Mim. 1968.

FREIRE, Carlos A. da R. (org.) Memórias do SPI: Textos, imagens e documentos sobre o Serviço de Proteção aos Índios (1910-1967). Rio de Janeiro: Museu do Índio-Funai, 2011.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.

HECK, Egon Dionísio. Os índios e a caserna: a política indigenista dosgovernos militares, 1964-1985. Dissertação (Mestrado em Ciência Política).Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas. Campinas. 1997.

JORNAL PORANTIM. Ângelo Cretã: outro guerreiro tomba. Manaus, ano 2, n. 16, mar. 1980.

LE GOFF, J. A história deve ser dividida em pedaços? São Paulo: UNESP, 2015.

LIMA, Antonio Carlos de Souza. Um grande cerco de paz. Poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1995.

MÄDER, Franklin. Telegrama ao Delegado Regional da Funai. 06 de fevereiro de 1978. ASI/Funai, Cx. 1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF, 1978.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. SPI. Boletim Interno. nº 29. Rio de Janeiro, 1959.

MODESTO, João. Declaração. In: CPI do Índio no Congresso Nacional. Brasília/DF, 17 de março de 1977.

NOTZOLD A. L.; BRIGHENTI, C. A. Movimento indígena brasileiro na década de 1970: construção de bases para rompimento da invisibilidade étnica e social. In: SCHERER-WARREN, I; LÜCHMANN, L.H. (Org.). Movimentos sociais e participação: abordagens e experiência no Brasil e na América latina. Florianópolis: Editora UFSC, 2011.

PASTORAL INDIGENISTA/Cimi Regional Sul. Relatório anual. Posto Indígena Xapecó. Xanxerê, dezembro de 1975.

PORTELLI. Alessandro. O que faz a história oral diferente. Projeto história. Revista do programa de estudos pós-graduados de história. São Paulo, v.14. fev. 1997. p.25-39.

SCHWADE, Egydio. Dados colhidos por ocasião da visita do Secretário Executivo do Cimi aos Postos Indígenas do sul do País. ASI/Funai. Cx. 1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF, 1975.

SILVA ALVES, Gerson da. Ofício 416/5ªDR/74 ao chefe da ASI-Funai. ASI/Funai. Cx. 1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF, 1975.

SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de. O direito envergonhado: o direito e os índios no Brasil. In: GRUPIONI, Luís Donisete Benzi, (org.). Índios no Brasil. 2. ed. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, 1994. p. 153-180.

TSUDZAWÈRÈ, Aniceto. Carta convite à reunião indígena na Aldeia São Marcos/MT, encaminhada aos Kaingang da Terra Indígena Xapecó. 6 fev. 1978. ASI/Funai. Cx. 1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF, 1978.

VALENTE, Rubens. Os fuzis e as flechas: história de sangue e resistência indígena na ditadura. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

ZARUR, George de Cerqueira Leite. Informação nº 077-76 DGPC. Ao senhor chefe da ASI. Departamento de Planejamento comunitário. ASI/Funai. Cx. 1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF, 1976.

ZARUR, George de Cerqueira Leite. Informação nº 077-76 DGPC. Ao senhor chefe da ASI. Departamento de Planejamento comunitário. Funai. Brasília 14 de janeiro de 1976. ASI/Funai. Cx. 1, Missões Religiosas/Cimi. Arquivo Nacional, Brasília-DF. 1976.

Published

2020-03-27

How to Cite

Brighenti, C. A. (2020). Rioters and subversives: repression, persecution, and indigenous rights violations during the military dictatorship. Perspectiva, 38(1), 1–24. https://doi.org/10.5007/2175-795X.2020.e61997