Universidade Amazônica, colonialidade do saber e filosofia: arranjos epistêmicos e concepções
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-795X.2022.e70108Abstract
O presente artigo objetiva analisar pela perspectiva Decolonial como a colonialidade do saber está presente no ensino de filosofia em duas universidades públicas situadas na cidade de Belém-Pará. O estudo se caracteriza metodologicamente como uma pesquisa de campo, do tipo qualitativa. Os sujeitos da pesquisa foram os discentes e os docentes das instituições de educação superior. A partir das falas dos (as) entrevistados (as) foi constituída a unidade temática de problematização da investigação: a) compreensão do saber filosófico e do ensino de filosofia na geopolítica do saber. A partir dessa unidade foram feitas as análises sobre como a colonialidade do saber influencia as práticas pedagógicas, as concepções filosóficas e educacionais dos docentes e dos discentes das universidades investigadas. A colonialidade é uma matriz de poder/saber que invade as relações de caráter tanto macrossociais quanto microssociais, matriz que produz ausência dos saberes filosóficos da América Latina e Caribe. A colonialidade de saber constitui arranjos conceituais como: tradição, regionalismo, totalidade, universal, simultaneidade, autenticidade entre outros conceitos. Conceitos que estão imbricados nos discursos docentes e discentes. Essas operações conceituais pautadas na colonialidade do saber vão arquitetando hierarquias cognitivas que vão sendo incorporadas nos sistemas de pensamento, nas compreensões filosóficas e educacionais e induzindo teorias, currículos, práticas pedagógicas e metodologias de ensino.
Riferimenti bibliografici
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
ARROYO, Miguel. Outros Sujeitos, Outras Pedagogias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. 11. ed. V.1. Brasília: Editora UNB, 1998.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. La hybris del punto cero: ciência, raza e ilustración en la Nueva Granada (1750-1816). Bogotá: Editorial Pontifícia Universidad Javeriana, 2005.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. Decolonizar la universidad. La hybris del punto cero y el diálogo de saberes. In: ________ ; GROSFOGUEL Ramón (eds.). El Giro Decolonial: Reflexiones para una diversidad epistémica más Allá del capitalismo global. Bogotá: Iesco-Pensar-Siglo del Hombre Editores, 2007.
DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
DÍAZ, Cristhian James. Hacia una pedagogía en clave decolonial: entre aperturas, búsquedas y posibilidades. Tabula Rasa. Bogotá - Colômbia, N.13: 217-233, julio-diciembre 2010.
DUSSEL, Enrique. 1492 El encubrimiento del Outro Hacia El origen del “mito de La Modernidad”. Conferencias de Frankfurt, Octubre 1992. Colección Academia. La Paz: Plural Editores – Faculdade de Humanidades y Ciencias de La Educación – UMSA, 1994.
DUSSEL, Enrique. A produção teórica de Marx: um comentário aos Grundrisse. São Paulo: Expressão Popular, 2012.
DUSSEL, Enrique. Ética da Libertação na idade da globalização e da exclusão. 3. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
DUSSEL, Enrique. Europa, modernidade e eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo (Org.). A Colonialidade do Saber: Eurocentrismo e Ciências Sociais perspectivas latino-americanas. Colección Sur-Sur. Ciudad Autonoma de Buenos Aires, Argentina: CLACSO, 2005.
DUSSEL, Enrique. Oito ensaios sobre cultura latino-americana e libertação. São Paulo: Paulinas, 1997.
DUSSEL, Enrique. Filosofia de La Liberación. Bogotá: Nueva América, 1996.
FALS BORDA, Orlando. Ciencia Propia y Colonialismo Intelectual. México: Editora Nuestro Tiempo, 1970.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança. 15. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: RS: L&PM, 2013.
GROSFOGUEL, Ramón. Descolonizando los universalismos occidentales: el pluri-versalismo transmoderno decolonial desde Aimé Césaire hasta los zapatistas. In: CASTRO GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL Ramón (Eds.). El Giro Decolonial: Reflexiones para una diversidad epistémica más Allá del capitalismo global.Bogotá: Iesco-Pensar-Siglo del Hombre Editores, 2007.
GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. In: SANTOS, Boaventura de Sousa e MENESES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Lecciones sobre la historia de la filosofia I. México: Fodo de Cultura Económica, 1995.
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
MALDONADO-TORRES, Nelson. A topologia do Ser e a geopolítica do conhecimento. Modernidade, império e colonialidade. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula. (Orgs.) Epistemologias do Sul. São Paulo: Editora Cortez. 2010.
MIGNOLO, Walter. La idea de América Latina (la derecha, la izquierda y la opción decolonial). Crítica y emancipación. 1(2): 2009.
MIGNOLO, Walter. Historias Locales/Diseños Globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Akal, 2003.
OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno. Filosofia da Educação: reflexões e debates. Petrópolis: Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2006.
OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno. Filosofia da Educação: reflexões e debates. 2. ed. Belém, PA. UNAMA, 2003.
OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno. ; ALBUQUERQUE, Maria Betânia Barbosa. Filosofia, Cultura e Educação indígena. In: HENNING, Leoni Maria Padilha. Pesquisa, ensino e extensão no campo filosófico-educacional: debate contemporâneo sobre a educação filosófica. Londrina: EDUEL, 2010.
OLIVEIRA NETO, Adolfo da Costa, RODRIGUES, Denise Souza Simões. O lugar de estar sendo dos sujeitos amazônidas rurais-ribeirinhos. In: OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno. (Org.) Cartografias Ribeirinhas: saberes e representações sobre práticas sociais cotidianas de alfabetizandos amazônidas. 2. ed. Belém: EDUEPA, 2008.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder y clasificación social. In CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL Ramón (Eds.). El Giro Decolonial: Reflexiones para una diversidad epistémica más Allá del capitalismo global.Bogotá: Iesco-Pensar-Siglo del Hombre Editores, 2007.
RESTREPO, Eduardo; ROJAS, Axel. Inflexión decolonial: fuentes, conceptos y cuestionamientos. Colombia - Popayãn: Universidad del Cuenca, 2010.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2006.
STRECK, Danilo et al. Pensamento Pedagógico em nossa América Latina: uma introdução. In: STRECK, Danilo (Org.). Fontes da pedagogia latino-americana: uma antologia. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
TEIXEIRA, Elizabeth; OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno. Cuidados Éticos na Pesquisa. In: MARCONDES, Maria Inês; TEIXEIRA, Elizabeth; OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno (Org.). Metodologias e Técnicas de Pesquisa em Educação. Belém: EDUEPA, 2010.
TORRES CARILLO, Alfonso. La Educación Popular: Trayectoria y Actualidad. 2. ed. Bogotá: Editora El Buho, 2016.
WALSH, Catherine. ¿Son posibles unas ciencias sociales/culturales otras? Reflexiones en torno a las epistemologías decoloniales. Nómadas. (26): 102-113. 2007.
WALSH, Catherine. Interculturalidade crítica e pedagogia Decolonial: in-surgir, reéxistir e re-viver. In: CANDAU, Vera (Org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 07 Letras, 2009.
WALSH, Catherine. Pensamiento crítico y matriz colonial. Quito: UASB-Abya Yala, 2005.
ZEA, Leopoldo. Filosofía latino-americana. Edicol: México, 1976. Disponível em: www.cinfil.com.br/arquivos/Leopoldo_Zea_4.pdf. Acesso em: 10 Jan. 2015.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2022 Sulivan Ferreira de Souza, Ivanilde Apoluceno de Oliveira

TQuesto lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione 4.0 Internazionale.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o Open Journal Sistem (OJS) assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
A Perspectiva permite que os autores retenham os direitos autorais sem restrições bem como os direitos de publicação. Caso o texto venha a ser publicado posteriormente em outro veículo, solicita-se aos autores informar que o mesmo foi originalmente publicado como artigo na revista Perspectiva, bem como citar as referências bibliográficas completas dessa publicação.
