Quejas de vivir solo: emociones, género y envejecimiento en la vida cotidiana
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2025v33n193870Palabras clave:
antropología de las emociones, soledad, género, envejecimiento, famíliaResumen
El propósito más amplio de este artículo es reflexionar sobre la experiencia de la soledad en su intersección con las cuestiones de género y el curso de la vida. Entenderemos el estar solo no como algo estancado y unidireccional -un “sentimiento de separación del otro” o “contemplación libertaria”- sino como una experiencia emocional surgida de las negociaciones cotidianas operadas por los sujetos sobre sus propias vidas. Teniendo como base teórico-metodológica la antropología de las emociones, el objetivo de este texto es explorar las vicisitudes y ambigüedades del sentimiento de soledad a partir de los relatos de quejas presentes en dos historias de vida de mujeres cisgénero, heterosexuales, blancas, pertenecientes a las clases populares y hoy mayores de sesenta años. La etnografía de estas trayectorias revela que el sentimiento de soledad se da a partir de un continuum entre la soledad acontecida y la deliberada, entre el placer de estar solo y el sentimiento de distanciamiento de los demás.
Descargas
Citas
ABU-LUGHOD, Lila. A escrita dos mundos de mulheres. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2020.
ABU-LUGHOD, Lila; LUTZ, Catherine. “Introduction: emotion, discourse and the politics of everyday life”. In: ABU-LUGHOD, Lila; LUTZ, Catherine (Orgs.). Language and the Politics of emotion. Cambridge: Cambridge University Press, 1990. p. 23-43.
ALVES, Andréa Moraes. A dama e o cavalheiro: um estudo antropológico sobre envelhecimento, gênero e sociabilidade. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
BISPO, Raphael. “Nas malhas da solidão-ação: vivências jovens da solitude”. In: ALMEIDA, Maria Isabel Mendes de (Org.). Cartografias da paragem: desmobilizações jovens contemporâneas e o redesenho das formas de vida. Rio de Janeiro: Gramma, 2016c. p. 87-110.
BISPO, Raphael. “Retratos da solidão: sofrimentos e moralidades femininas na velhice”. Sociedade e Cultura, v. 17, n. 1, p. 41-50, 2014.
BISPO, Raphael. “Tempos e silêncios em narrativas: etnografia da solidão e do envelhecimento nas margens do dizível”. Etnográfica, v. 20, n. 2, p. 251-274, 2016b.
BISPO, Raphael. Rainhas do Rebolado: carreiras artísticas e sensibilidades femininas no mundo televisivo. Rio de Janeiro: Mauad X; Faperj, 2016a.
BISPO, Raphael; ZAMPIROLI, Oswaldo. “Erótica das distâncias: por uma ética do bem viver junto”. In: ALMEIDA, Maria Isabel Mendes de (Org.). Cartografias da paragem: desmobilizações jovens contemporâneas e o redesenho das formas de vida. Rio de Janeiro: Gramma, 2016. p. 111-145.
BRUSCHINI, Maria Cristina; ROSEMBERG, Fúlvia. “A mulher e o trabalho”. In: BRUSCHINI, Maria Cristina; ROSEMBERG, Fúlvia (Orgs.). Trabalhadoras do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1982. p. 23-67.
CASTRO, Celso. “Homo Solitarius: notas sobre a gênese da solidão moderna”. Interseções, v. 3, n. 1, p. 79-90, 2001.
DAS, Veena. “Fronteiras, violência e o trabalho de campo: alguns temas wittgensteinianos”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 14, n. 40, p. 31-42, 1999.
DAS, Veena. Life and Words: Violence and the Descent into the Ordinary. Berkeley: University of California Press, 2007.
DEBERT, Guita. A reinvenção da velhice. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1999.
DUARTE, Luiz Fernando Dias; GOMES, Edlaine de Campos. Três Famílias: identidades e trajetórias transgeracionais nas classes populares. Rio de Janeiro: FGV; Finep; CNPq, 2008.
ELIAS, Norbert. A solidão dos Moribundos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
FONSECA, Claudia. Família, fofoca e honra: etnografia de relações de gênero e violência em grupos populares. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000.
GREGORI, Maria Filomena. Cenas e Queixas: um estudo sobre mulheres, relações violentas e a prática feminista. São Paulo: Paz e Terra; Anpocs, 1993.
LINS DE BARROS, Myriam. “Testemunho de vida: um estudo antropológico de mulheres na velhice”. In: CAVALCANTI, Maria Laura; HEILBORN, Maria Luiza; FRANCHETTO, Bruna (Orgs.). Perspectivas antropológicas da mulher 2. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 67-120.
MARTINS, Isis Ribeiro. “Só há solidão porque vivemos com os outros...”: um estudo sobre as vivências de solidão e sociabilidade de mulheres que vivem sós no Rio de Janeiro. 2010. Mestrado (Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
MONTAIGNE, Michel de. “Da solidão”. In: MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. São Paulo: Abril, 1972. (Coleção Os Pensadores)
PAIS, José Machado. Nos rastos da solidão: deambulações sociológicas. Porto: Ambar, 2006.
PEIXOTO, Clarice Ehlers. Imagem e envelhecimento: as fronteiras entre Paris e Rio de Janeiro. São Paulo: Annablume, 2000.
REZENDE, Claudia Barcellos; COELHO, Maria Claudia. Antropologia das emoções. Rio de Janeiro: FGV, 2010.
ROSALDO, Michelle; LAMPHERE, Louise. “Introdução”. In: ROSALDO, Michelle; LAMPHERE, Louise (Orgs.). A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 34-53.
SALEM, Tânia. “Mulheres faveladas: ‘com a venda nos olhos’”. In: CAVALCANTI, Maria Laura; HEILBORN, Maria Luiza; FRANCEHTTO, Bruna (Orgs.). Perspectivas antropológicas da mulher 1. Rio de Janeiro: Zahar, 1981. p. 29-42.
SALEM, Tânia. “Tensões entre gêneros na classe popular: uma discussão com o paradigma holista”. Mana, v. 12, n. 2, p. 419-447, 2006.
SARTI, Cynthia Andersen. A Família como Espelho: um estudo sobre a moral dos pobres. São Paulo: Cortez, 2003.
VELHO, Gilberto. “Metrópole, cosmopolitismo e mediação”. Horizontes Antropológicos, n. 33, p. 15-23, 2010.
WOOD, Linda. “Loneliness”. In: HARRÉ, Rom. The social construction of emotions. Oxford: Basil Blackwell, 1986. p. 34-52.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Estudos Feministas

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Estudos Feministas está bajo licencia de la Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con los debidos créditos de autoría y publicación inicial en este periódico.
La licencia permite:
Compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato) y/o adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material) para cualquier propósito, incluso comercial.
El licenciante no puede revocar estos derechos siempre que se cumplan los términos de la licencia. Los términos son los siguientes:
Atribución - se debe otorgar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer de varias formas sin embargo sin implicar que el licenciador (o el licenciante) haya aprobado dicho uso.
Sin restricciones adicionales - no se puede aplicar términos legales o medidas de naturaleza tecnológica que restrinjan legalmente a otros de hacer algo que la licencia permita.