Gótico & Queer: uma análise de Lost Souls, de Poppy Z. Brite

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n175409

Palavras-chave:

subcultura gótica, teoria de gênero, ficção gótica, identidade queer

Resumo

A subcultura gótica apresenta uma disposição altamente performática, algo que se reporta a sexualidade, corpo e gênero e, assim, a cena propicia o surgimento de identidades queer. O autor transgênero Poppy Z. Brite insere o romance Lost Souls nesse contexto, sendo um dos poucos autores de ficção gótica a relacionar sua obra à subcultura de mesmo nome. Nesse artigo, discorro sobre a subcultura gótica em paralelo à teoria de gênero de Butler, então analiso o desenvolvimento da personagem Nothing, de Lost Souls, em relação à estética da cena gótica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andrio de Jesus Rosa dos Santos, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Andrio J. R. dos Santos possui mestrado e doutorado em Letras pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Está vinculado a estágio pós-doutoral na mesma instituição, desenvolvendo um projeto de pesquisa voltado à ficção gótica de Poppy Z. Brite.

Referências

BADDELEY, Gavin. Goth Chic: A Connoisseur's Guide to Dark Culture. Medford: Plexus Publishing, 2006.

BALLARD, James Graham. The Atrocity Exhibition. Londres: Fourth Estate, 2009 (1970).

BRILL, Dunja. Goth Culture: Gender, Sexuality and Style. Oxford: Berg, 2008.

BRITE, Poppy Z. Lost Souls. Nova Iorque: Random House Inc., 1992.

BROWNE, Ray B.; HOPPENSTAND, Gary. “Introduction: Vampires, Witches, Mummies, and Other Charismatic Personalities: Exploring the Anne Rice Phenomenon”. In: BROWNE, Ray B.; HOPPENSTAND, Gary (Orgs.). The Gothic World of Anne Rice. Bowling Green, OH: Bowling Green State University Popular Press, 1996. p. 1-13.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão de identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019.

EICHER, Joanne; HIGGINS, Mary. “Definition and classification of dress: implications for analysis of gender roles”. In: BARNES, Ruth; EICHER, Joanne (Eds.). Dress and gender. Making and meaning. Oxford: Berg, 1993. p. 8-28.

EWEN, Stuart; EWEN, Elizabeth. Channels of desire - Mass images and the shaping of American consciousness. Nova Iorque: McGraw-Hill, 1992.

FRANÇA, Júlio. “Medo e literatura”. In: FRANÇA, Júlio. Poéticas do Mal. Rio de Janeiro: Bonecker, 2017. p. 36-52.

GARBER, Marjorie. “Extracts from Vice versa: bisexuality and the eroticism of everyday life”. In: STORR, Merl (Ed.). Bisexuality: A critical reader. London: Routledge, 1999. p. 138-143.

GUNN, Joshua. “Goth music and the inevitability of genre”. Popular Music and Society, Londres, v. 23, n. 1, p. 31-50, jul. 1999. Disponível em https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/03007769908591724.

HODKINSON, Paul. Goth: identity, style and subculture. Oxford: Berg, 2002.

HOGLE, Jerrold E. “Introduction”. In: HOGLE, Jerrold E. (Ed.). The Cambridge Companion to the Gothic Fiction. Londres: Cambridge University Press, 2002, p. 1-20.

JOY DIVISION. Unknown Pleasures. Manchester: Factory Records, 1979.

JOY DIVISION. Closer. Manchester: Factory Records, 1980.

LAURETIS, Teresa de. “A tecnologia do gênero”. In: HOLLANDA, Heloísa Buarque de (Org.). Tendências e impasses. O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. p. 206-244.

LOURO, Guacira Lopes. Um corpo estranho - Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

O’NEAL, Gwendolyn. “The power of style: on rejection of the accepted”. In: JOHNSON, Kim K. P.; LENNON, Sharron J. (Eds.). Appearance and power. Nova Iorque: Berg, 1999. p. 127-139.

PRAMAGGIORE, Maria. “Bi-ntroduction I: epistemologies of the fence”. In: HALL, Donald E.; PRAMAGGIORE, Maria (Eds.). Representing bisexualities - Subjects and cultures of fluid desire. Nova Iorque: New York University Press, 1996. p. 1-7.

PUNTER, David; BYRON, Glennis. The Gothic. Oxford: Blackwell Publishing, 2004.

RICE, Anne. Interview with the Vampire. New York: Ballantine Books, 1997 (1976).

REYNOLDS, Simon. Rip it up and start again. Londres: Faber Limited, 2019 (2005).

STOKER, Bram. Dracula. Nova Iorque: Signet, 1965 (1897).

VINCENT, Renee. “Vampires as a Tool to Destabilize Contemporary Notions of Gender and Sexuality”. Ellipsis, Nova Orleans, University of New Orleans, v. 42, n. 1, mar. 2015. Disponível em https://scholarworks.uno.edu/ellipsis/vol42/iss1/25.

WILSON, Elizabeth. “Fashion and the postmodern body”. In: ASH, Juliet; WILSON, Elizabeth (Eds.). Chic thrills: A fashion reader. Londres: Pandora, 1992. p. 3-16.

Downloads

Publicado

2022-05-23

Como Citar

Santos, A. de J. R. dos. (2022). Gótico & Queer: uma análise de Lost Souls, de Poppy Z. Brite. Revista Estudos Feministas, 30(1). https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n175409

Edição

Seção

Ponto de Vista

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.