Ciencia, género y raza en conversaciones sobre Figuras Ocultas
DOI:
https://doi.org/10.1590/1806-9584-2023v31n284158Palabras clave:
Género, Raza, Interseccionalidad, Representación, Percepción pública de la cienciaResumen
En este artículo analizamos las percepciones sobre las mujeres negras en la ciencia, a partir de conversaciones sobre la película Figuras Ocultas. La película retrata la trayectoria de tres científicas negras de la NASA, en el contexto de la segregación racial en los Estados Unidos en la década de 1960. Mediante el Análisis de Contenido, investigamos los comentarios en Letterboxd con el fin de identificar los significados producidos por los espectadores. Los resultados indican el predominio de comentarios que celebran el papel protagónico de la mujer negra, aunque refuerzan la apelación al mérito individual ante las asimetrías estructurales. También hay críticas al mantenimiento de estereotipos conservadores, como el del “salvador blanco”. Estas conversaciones revelan cruces interseccionales en la percepción pública de la ciencia y la relevancia de representaciones mediáticas más diversas de la actividad científica en términos de género y raza.
Descargas
Citas
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Jandaíra, 2020.
ARONSON, Brittany A. “The White Savior Industrial Complex: a cultural studies analysis of a teacher educator, savior film, and future teachers”. Journal of Critical Thought and Praxis, v. 6, n. 3, p. 36-54, 2017. Disponível em https://www.iastatedigitalpress.com/jctp/article/536/galley/416/view/. Acesso em 10/03/2021.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006.
BOX OFFICE MOJO. Hidden Figures. Box Office Mojo, 2021. Disponível em https://www.boxofficemojo.com/release/rl3749545473/. Acesso em 03/09/2021.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: Feminismo e subversão da identidade. 21 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CANDIDO, Marcia Rangel; CAMPOS, Luiz Augusto; FERES JÚNIOR, João; PORTELA, Poema Eurístenes. “Gênero e raça no cinema brasileiro”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 36, n. 106, p. 01-21, 2021. Disponível em https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/YNhtmqLxsbJDK5pspvV35gD/. Acesso em 05/05/2022.
CANDIDO, Marcia Rangel; FERES JÚNIOR, João. “Representação e estereótipos de mulheres negras no cinema brasileiro”. Revista Estudos Feministas, v. 27, n. 2, p. 01-14, 2019. Disponível em https://www.scielo.br/j/ref/a/5zzSXRTXZgsN8CMcYjhYQvg/. Acesso em 05/05/2022.
CARVALHO, Vanessa Brasil de; MASSARANI, Luisa. “Homens e mulheres cientistas: questões de gênero nas duas principais emissoras televisivas do Brasil”. Intercom, Rev. Bras. Ciênc. Comun., v. 40, n. 1, p. 213-232, 2017. Disponível em http://portcom.intercom.org.br/revistas/index.php/revistaintercom/article/view/2645. Acesso em 13/12/2019.
CASTRO, Mary Garcia; LAVINAS, Lena. “Do feminino ao gênero: a construção de um objeto”. In: COSTA, Albertina de Oliveira; BRUSCHINI, Cristina (Orgs.). Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 1992.
CHALHOUB, Sidney. “A meritocracia é um mito que alimenta as desigualdades”. Jornal da Unicamp, 07/06/2017. Disponível em https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2017/06/07/meritocraciae-um-mito-que-alimenta-desigualdades-diz-sidney-chalhoub. Acesso em 29/06/2019.
COGO, Denise; BRIGNOL, Liliane. “Redes sociais e os estudos de recepção na internet”. MATRIZes, v. 4, n. 2, p. 75-92, 2011. Disponível em https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v4i2p75-92. Acesso em 09/09/2021.
COLLINS, Patricia Hill. “Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro”. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 99-127, 2016. Disponível em https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6081/5457. Acesso em 07/12/2020.
COLLINS, Patricia Hill. Black feminist thought: knowledge, consciousness and the politics of empowerment. New York and London: Routledge, 2000.
COSTA, Joaze Bernardino. “Controle de vida, interseccionalidade e política de empoderamento: as organizações políticas das trabalhadoras domésticas no Brasil”. Estudos Históricos, v. 26, n. 52, p. 471-489, 2013. Disponível em https://www.scielo.br/j/eh/a/jFj8ZKYJgFgCrx4JYL9XWCM/. Acesso em 06/05/2022.
CRENSHAW, Kimberlé. “Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero”. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002. Disponível em https://www.scielo.br/j/ref/a/mbTpP4SFXPnJZ397j8fSBQQ/. Acesso em 13/05/2021.
CRUZ, Livia Delgado Leandro da; GOMES, Emerson Ferreira. “Estrelas além do tempo: debatendo gênero, raça e ciência em espaços educativos”. REU, v. 44, n. 2, p. 211-226, 2018. Disponível em https://doi.org/10.22484/2177-5788.2018v44n2p211-226. Acesso em 08/07/2021.
EHRENBERG, Alain. O culto da performance: da aventura empreendedora à depressão nervosa. Aparecida [SP]: Idéias e Letras, 2010.
ESTRELAS além do tempo. Direção de Theodore Melfi. Los Angeles: 20th Century Fox, 2016. 1 vídeo. (127 min.).
FIGARO, Roseli. “Potencial explicativo dos estudos de recepção no contexto do Big Data”. Intercom – Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, v. 42, n. 3, p. 223-237, 2019. Disponível em https://www.scielo.br/j/interc/a/B3CvkdPGx734L3dKD89m8vr/. Acesso em 09/09/2021.
FLICKER, Eva. “Between brains and breasts – women scientists in fiction film: on the marginalization and sexualization of scientific competence”. Public Understand. Sci., v. 12, n. 3, p. 307-318, 2003. Disponível em https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0963662503123009. Acesso em 15/05/2021.
FÜRSICH, Elfriede. “Media and the representation of Others”. International Social Science Journal, v. 61, n. 199, p. 113-130, 2010. Disponível em https://doi.org/10.1111/j.1468-2451.2010.01751.x. Acesso em 11/06/2021.
HALL, Stuart. Cultura e representação. Rio de Janeiro: Apicuri; PUC-Rio, 2016.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora da Universidade Federal de Minas Gerais, 2003.
HALL, Stuart. “Encoding and decoding”. In: HALL, Stuart; LOWE, Andrew; WILLIS, Paul; HOBSON, Dorothy (Eds.). Culture, media, language. Londres: Routledge, 1991.
HALL, Stuart. Representation: cultural representations and signifying practices. Londres: Sage, 1997.
HARAWAY, Donna. “Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial”. Cadernos Pagu, n. 5, p. 07-41, 1995. Disponível em https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773. Acesso em 18/03/2021.
HARDING, Sandra. “Strong objectivity: A response to the new objectivity question”. Synthese, v. 104, n. 3, p. 331-349, 1995. Disponível em https://link.springer.com/article/10.1007/BF01064504. Acesso em 02/08/2021.
hooks, bell. “Intelectuais negras”. Revista Estudos Feministas, v. 3, n. 2, p. 464-478, 1995. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/16465/15035. Acesso em 27/01/2021.
hooks, bell. Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Elefante, 2019.
HUGHEY, Matthew W. “The white savior film and reviewers’ reception”. Symbolic Interaction, v. 33, n. 3, p. 475-496, 2010. Disponível em https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1525/si.2010.33.3.475. Acesso em 15/07/2021.
KIRBY, David A. “Science and technology in film: themes and representations”. In: BUCCI, Massimiano; TRECHI, Brian. Routledge Handbook of Public Communication of Science and Technology. Londres; Nova Iorque: Routledge, 2014. p. 97-112.
LANA, Lígia; LEAL, Tatiane. “Sucesso, feminilidade e negócios: representações jornalísticas das ‘mulheres poderosas’”. Líbero, v. 17, n. 3, p. 95-104, 2014. Disponível em http://201.33.98.90/index.php/libero/article/viewFile/137/113. Acesso em 18/06/2021.
LATTANZIO, Ryan. “Letterboxd Sets Deal with Neon to Release the Studio’s Six Oscar Contenders to Members”. Indie Wire. Los Angeles, 04/03/2021. Disponível em https://www.indiewire.com/2021/03/letterboxd-neon-partner-release-oscar-contenders-1234621266/. Acesso em 09/09/2021.
LETTERBOXD. Hidden Figures. Letterboxd, 2021. Disponível em https://letterboxd.com/film/hiddenfigures/. Acesso em 03/09/2021.
LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. “Pesquisas de recepção e Educação para os Meios”. Comunicação & Educação, n. 6, p. 41-46, 1996. Disponível em https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v0i6p41-46. Acesso em 09/09/2021.
LOPES, Maria Margaret. “Sobre convenções em torno de argumentos de autoridade”. Cadernos Pagu, n. 27, p. 35-61, 2006. Disponível em https://www.scielo.br/j/cpa/a/wRZMkWJGr3gp5qwXPk7LC5b/. Acesso em 04/05/2021.
LOURO, Guacira Lopes. “Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas”. Pro-posições, v. 19, n. 2, p. 17-23, 2008. Disponível em https://www.scielo.br/j/pp/a/fZwcZDzPFNctPLxjzSgYvVC/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 10/05/2022.
MASSARANI, Luisa; CASTELFRANCHI, Yurij; PEDREIRA, Anna Elisa. “Cientistas na TV: como homens e mulheres da ciência são representados no Jornal Nacional e no Fantástico”. Cadernos Pagu, n. 56, e195615, 2019. Disponível em https://doi.org/10.1590/18094449201900560015. Acesso em 09/07/2021.
MATOS, Ecivaldo S.; SANTOS, Juliana Maria O. dos; CORLETT, Emilayne F.; JESUS, Paloma M. F. de; NASCIMENTO, Tatiana C. do. “Ser docente negro na pós-graduação em Computação: ditos e não ditos”. Revista da ABPN, v. 11, p. 321-350, 2019. Disponível em https://abpnrevista.org.br/index.php/site/article/download/695/623. Acesso em 08/05/2021.
McROBBIE, Angela. “Post-feminism and popular culture: Bridget Jones and the new Gender Regime”. In: CURRAN, James; MORLEY, David (Orgs.). Media and Cultural Theory. Londres/Nova Iorque: Routledge, 2005. p. 59-69.
MEDEIROS, Amanda. “DEVEMOS IMPLODIR O QUE RESTA DE SEUS CASTELOS”: O Movimento Brasil Livre (MBL) e a mobilização política de emoções. 2020. Doutorado (Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura) – Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
MINAYO, Maria Cecília. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11 ed. São Paulo: Hucitec, 2008.
MINELLA, Luzinete Simões. “Temáticas prioritárias no campo de gênero e ciências no Brasil: raça/etnia, uma lacuna?”. Cadernos Pagu, n. 40, p. 95-140, 2013. Disponível em https://www.scielo.br/j/cpa/a/JXJgYbcktzL3CwChZKZQ9qp/. Acesso em 20/12/2020.
MORALES, Rosa M.; SIFONTES, Domingo A. F. “Desigualdad de género en ciencia y tecnología: un estudio para América Latina”. Observatorio Laboral Revista Venezolana, v. 7, n. 13, p. 95-110, 2014. Disponível em https://www.redalyc.org/pdf/2190/219030399006.pdf. Acesso em 13/03/2021.
NASA. From Hidden to Modern Figures. Nasa, 2019. Disponível em https://www.nasa.gov/modernfigures. Acesso em 07/07/2021.
PAULETTI, Eloisa da Silva; GONÇALVES, Eliane dos Santos. “As possibilidades didáticas do filme estrelas além do tempo para debater e refletir sobre as questões de gênero”. Revista Multidisciplinar de Educação e Meio Ambiente, v. 1, n. 2, p. 20, 2020. Disponível em https://editoraime.com.br/revistas/index.php/rema/article/view/354. Acesso em 08/07/2021.
PEREIRA, Ana Caroline de Oliveira; ELIAS, Marcelo Alberto. “A invisibilidade da mulher negra na Ciência: uma análise a partir de livros didáticos de Ciência e Biologia”. Educar mais, v. 5, n. 3, p. 491-499, 2021. Disponível em https://doi.org/10.15536/reducarmais.5.2021.2285. Acesso em 08/07/2021.
RECUERO, Raquel. A conversação em rede: comunicação mediada pelo computador e redes sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2012.
REZNIK, Gabriela; MASSARANI, Luisa Medeiros; RAMALHO, Marina; MALCHER, Maria A.; AMORIM, Luis; CASTELFRANCHI, Yurij. “Como adolescentes apreendem a ciência e a profissão de cientista?”. Revista Estudos Feministas, v. 25, n. 2, p. 829-855, 2017. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/39479. Acesso em 13/12/2019.
REZNIK, Gabriela; MASSARANI, Luisa Medeiros. “Gênero e ciência na animação: análise de filmes do Festival Anima Mundi”. Journal of Science Communication, v. 18, n. 2, p. 1-17, 2019. Disponível em https://jcom.sissa.it/sites/default/files/documents/JCOM_1802_2019_A08_pt.pdf. Acesso em 13/12/2019.
ROSA, Katemari; MENSAH, Felicia Moore. “Educational pathways of Black women physicists: Stories of experiencing and overcoming obstacles in life”. Physical Review Physics Education Research, v. 12, n. 2, 2016. Disponível em https://journals.aps.org/prper/pdf/10.1103/PhysRevPhysEducRes.12.020113. Acesso em 18/05/2021.
SCHUCK, Camila Botelho. “Mulheres negras pioneiras na ciência e o conhecimento produzido na enciclopédia digital Wikipédia Brasil”. In: CONGRESSO DE PESQUISADORES/AS NEGROS/AS DA REGIÃO SUL, Anais... 4, Jaguarão [RS], Unipampa; Guarulhos: Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as – ABPN, 2019.
SILVA, Victor Rafael Limeira da. “A ‘natureza’ de um problema para a história das ciências: reflexões sobre a história e historiografia de mulheres negras na ciência”. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DESFAZENDO GÊNERO, 3, Campina Grande [PB], UEPB, Anais... Campina Grande: Núcleo de Investigações e Intervenções em Tecnologias Sociais – NINETS/UEPB, 2017.
STEINKE, Jocelyn. “Cultural representations of gender and science portrayals: of female scientists and engineers in popular films”. Science Communication, v. 27, n. 1, p. 27-63, 2005. Disponível em https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/1075547005278610. Acesso em 30/03/2021.
STEINKE, Jocelyn; PANIAGUA TAVAREZ, Paola Maria. “Cultural representations of gender and stem: portrayals of female stem characters in popular films 2002-2014”. International Journal of Gender, Science and Technology, v. 9, n. 3, p. 244-277, 2018. Disponível em http://genderandset.open.ac.uk/index.php/genderandset/article/view/514. Acesso em 14/12/2020.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Revista Estudos Feministas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
La Revista Estudos Feministas está bajo licencia de la Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite compartir el trabajo con los debidos créditos de autoría y publicación inicial en este periódico.
La licencia permite:
Compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato) y/o adaptar (remezclar, transformar y crear a partir del material) para cualquier propósito, incluso comercial.
El licenciante no puede revocar estos derechos siempre que se cumplan los términos de la licencia. Los términos son los siguientes:
Atribución - se debe otorgar el crédito correspondiente, proporcionar un enlace a la licencia e indicar si se han realizado cambios. Esto se puede hacer de varias formas sin embargo sin implicar que el licenciador (o el licenciante) haya aprobado dicho uso.
Sin restricciones adicionales - no se puede aplicar términos legales o medidas de naturaleza tecnológica que restrinjan legalmente a otros de hacer algo que la licencia permita.