Mapeamento das produções brasileiras do strictu sensu em gestão social: identificação de padrões e seus reflexos sobre a disseminação do campo

Bruna de Oliveira; Airton Cardoso Cançado

doi:10.5007/2175-8077.2023.e75697

Autores

Bruna de Oliveira Universidade Federal do Tocantins - UFT https://orcid.org/0000-0001-9091-9974
Airton Cardoso Cançado Universidade Federal do Tocantins - UFT https://orcid.org/0000-0003-4698-1804

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8077.2023.e75697

Palavras-chave:

Gestão Social, Stricto Sensu, Pesquisa, Produção Científica

Resumo

Os estudos sobre Gestão Social se iniciaram na década de 1990. A construção desse campo está alicerçada num modelo onde os indivíduos são colocados como protagonistas no processo decisório, dando-lhes um espaço social de fala. Em aproximadamente 30 anos de estudos e interpretações, a Gestão Social deixou registros de sua evolução científica. Esse contexto induziu a identificação de padrões de comportamentos nas teses e dissertações produzidas sobre a temática. Através da técnica de data mining foram mapeados os orientadores e avaliada a disseminação da temática. Foram filtradas as teses e dissertações disponibilizadas pela CAPES no período de 2013 a 2019 com a expressão “Gestão Social”. A aplicação de um algoritmo de segmentação dividiu as 271 produções científicas em grupos. Os resultados apontam que um pequeno grupo de professores é responsável pela maioria das orientações. Além disso, em determinados estados brasileiros, o campo encontra-se mais institucionalizado do que em outros.

Referências

ARAÚJO, E. T. de. Gestão social. In: BOULLOSA, Rosana de Freitas (org.). Dicionário para a formação em gestão social. Salvador: CIAGS/UFBA, 2014. p. 85-90.

BOULLOSA, R. de F. (organizadora). Dicionário para a formação em gestão social. Salvador: Editora CIAGS/UFBA, 2014.

CANÇADO, A. C.; PEREIRA, J. R.; TENÓRIO, F. G. Gestão social: epistemologia de um paradigma. Curitiba/PR: Editora CRV, 2015.

CANÇADO, A. C.; PEREIRA, J. R.; TENÓRIO, F. G.; RIGO, A.; OLIVEIRA, V. A. R. de. Gestão social: conhecimento e produção científica nos ENAPEGS 2007-2010. Administração Pública e Gestão Social. v.3, n.2, 2011, p.115-137.

CARDOSO, O. N. P.; MACHADO, R. T. M. Gestão do conhecimento usando data mining: estudo de caso na Universidade Federal de Lavras. Revista de Administração Pública, v. 42, n. 3, p. 495-528, 2008. https://doi.org/10.1590/S0034-76122008000300004

CAPES. Catálogo de teses e dissertações. Disponível em: https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/ Acesso em 28 abril 2020.

CHAUI, M. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez, 2011.

DAHL, R. A. Sobre a democracia. Brasília: Editora da UNB, 2001.

DEHAENE, S. É assim que aprendemos: por que o cérebro funciona melhor do que qualquer máquina (ainda...) São Paulo, 2022.

ENAPEGS. Trabalhos aprovados ENAPEGS 2020. Disponível em: https://enapegs2020.com/resultado Acesso em 28 abril 2020.

FAYYAD, U.; PIATETSKY-SHAPIRO, G., SMYTH, P. From data mining to knowledge discovery in databases. American Association for Artificial Intelligence, 1996. https://doi.org/10.1007/3-540-61286-6_131

GUERRA, J.; TEODÓSIO, A. dos S. de S. Dialogismo e reflexidade: uma análise da contribuição dos centros e programas de estudos de gestão social no Brasil. Revista de Ciências da Administração, v. 17, Edição Especial, p. 45-62, 2015. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2015v17nespp45

HABERMAS, J. Teoría de la acción comunicativa. Madrid: Taurus, 1987.

LOTKA, A. J. The frequency distribution of scientific productivity. Journal of the Washington Academy of Sciences, v. 16, n. 12, p. 317–323, 1926.

LUCHMANN, L. H. H. A representação no interior das experiências de participação. São Paulo: Lua Nova, 2007. https://doi.org/10.1590/S0102-64452007000100007

LUGON, C. A república comunista cristã dos guaranis (1610 – 1768). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

MENDONÇA, P. M.E.; DIAS, S. L. F. G.; JUNQUEIRA, L. A. P. Gestão Social: notícias sobre o campo de estudos e práticas a partir das interações e debates do VI Enapegs. Rio de Janeiro: Revista de Administração Pública, v.46, n.5, 2012. p. 1391-1408. https://doi.org/10.1590/S0034-76122012000500010

MENON, I. de O.; COELHO, F. de S. Gestão social como campo do saber no Brasil: uma investigação de sua produção científica pela modelagem de redes sociais (2005-2015). Cadernos Gestão Pública e Cidadania, v. 24, n. 79, 2019. https://doi.org/10.12660/cgpc.v24n79.79851

OLIVEIRA, J. R. O pedido de perdão ao triunfo da humanidade. 2 ed. Porto Alegre: Martins Livreiro, 2011.

RAMOS, A. G. A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Rio de Janeiro: FGV, 1989.

SANCHES, I. Do aprender para fazer ao aprender fazendo: as práticas de educação inclusiva na escola. Lisboa: Revista Lusófona de Educação, n.19, 2011.

SILVA JR., J. T. ENAPEGS. In: BOULLOSA, Rosana de Freitas (org.). Dicionário para a formação em gestão social. Salvador: CIAGS/UFBA, 2014. p. 60-63.

SCHOMMER, P. C. Rede de Pesquisadores em Gestão Social. In: BOULLOSA, Rosana de Freitas (org.). Dicionário para a formação em gestão social. Salvador: CIAGS/UFBA, 2014. p. 152-154.

TEIXEIRA, T. S; ALCÂNTARA, V. D; GARCIA, A. S; PEREIRA, J. R. O DRPE como Método de Intervenção da Gestão Social. Rev. FSA, Teresina, v. 16, n. 4, 2019. https://doi.org/10.12819/2019.16.4.1

TENÓRIO, F. G. Gestão social: uma perspectiva conceitual. Rio de Janeiro: Revista de Administração Pública, v.32, n.5, 1998, p.7-23.

TENÓRIO, F. G. (Re)Visitando o conceito de gestão social. Desenvolvimento em Questão, v.3, n.5, 2005, p. 101-124.

TENÓRIO, F. G.; ROZENBERG, J. E. Gestão pública e cidadania: metodologias participativas em ação. Revista de Administração Pública, v. 31, n. 4, 1997, p. 101-125. https://doi.org/10.12660/cgpc.v2n7.43833

TENÓRIO, F. G.; ARAÚJO, E. T. Mais uma vez o conceito de gestão social. Cad. EBAPE.BR v.18, n.4, 2020. https://doi.org/10.1590/1679-395120200105

TOCQUEVILLE, A. Democracia na América. Traduzido e notas Neil Ribeiro da Silva. 2 Ed. Belo Horizonte: EDUSP; Itatiaia, 1987.

VIZEU, F. Ação comunicativa e estudos organizacionais. São Paulo: Revista de Administração de empresas, 2005. https://doi.org/10.1590/S0034-75902005000400002