Processo de estratégia de desenvolvimento de novos mercados: uma abordagem de capacidades em um contexto inter-regional
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8077.2025.e91725Palavras-chave:
Entrada em novos mercados, Antecedentes, Capacidades DinâmicasResumo
Objetivo: Verificar o processo de formulação e implementação da estratégia de entrada em novos mercados inter-regionais, seus antecedentes e resultados, para o Tambaqui da Amazônia.
Metodologia/abordagem: A pesquisa é exploratória e qualitativa e foi realizada por meio de entrevistas em profundidade com diferentes atores da cadeia produtiva, analisadas com o auxílio do Atlas TI, e com dados secundários.
Originalidade/relevância: Este estudo contribui para o entendimento da estratégia de entrada em novos mercados de forma processual considerando a visão de capacidades em contexto de inter-regionalização.
Principais Resultados: Confirma-se que a estratégia de entrada em novos mercados é processual, e que a formulação e a implementação ocorrem simultânea e dialogicamente com ações influenciando e sendo influenciadas pelos antecedentes. Há inter-relação entre os antecedentes e entre estes e o processo de formulação e de implementação. Alguns elementos da formulação e da implementação apareceram com mais intensidade do que outros. O estágio de desenvolvimento do setor pode estar relacionado à robustez da estratégia e por conseguinte aos resultados pretendidos.
Contribuição Teórica: A contribuição teórica está na abordagem processual e na descrição do relacionamento entre formulação e implementação, bem como dos antecedentes e dos resultados de uma estratégia de entrada em novos mercados em contexto de inter-regionalização.
Contribuição para gestão: A contribuição gerencial está na indicação de quais capacidades dinâmicas devem ser desenvolvidas e como elas podem contribuir com a estratégia de entrada em novos mercados.
Referências
Abebe, M. A., & Angriawan, A. (2011). The internationalisation of small and medium-sized enterprises (SMEs): a multi-level integrative framework. International Journal of Entrepreneurship and Innovation Management, 13(3/4), 377. https://doi.org/10.1504/IJEIM.2011.039828
Al Badi, K. S. (2015). MARKETING STRATEGY MODULE A CASE STUDY OF OMAN CEMENT COMPANY. International Journal of Economics, Commerce and Management United Kingdom, 3(1), 1–13.
Alkasim, S. B., Hilman, H., Bohari, M., Abdullah, S. S., Sallehuddin, M. R., Fathilah, R., & Yunus, Y. N. K. (2017). The Impact of Market Penetration Strategy and Market Development Strategy on the Competitive Advantage of Manufacturing Based SMEs. International Journal of Economic Research, 14(20), 1–12. www.serialsjournals.com
Ansoff, H. I. (1977). Estratégia empresarial. McGraw-Hill do Brasil.
Barney, J.; Hesterly, W. (2012). Gestão estratégica e vantagem competitiva: Conceitos e casos. (4a ed.). Pearson.
Batsakis, G., & Singh, S. (2019). Added distance, entry mode choice, and the moderating effect of experience: The case of British MNEs in emerging markets. Thunderbird International Business Review, 61(4), 581–594. https://doi.org/10.1002/tie.22046
PEIXE BR. (2022). Anuário Peixe BR da Piscicultura 2020. https://www.peixebr.com.br/anuario-2020/
PEIXE BR. (2021). Anuário Peixe BR da Piscicultura 2021. https://www.peixebr.com.br/anuario-2021/
PEIXE BR. (2022). Anuário Peixe BR da Piscicultura 2022. https://www.peixebr.com.br/anuario-2022/
Farina, E. M. M. Q. (1999). Competitividade e coordenação de sistemas agroindustriais: um ensaio conceitual. Gestão & Produção, 6(3), 147–161. https://doi.org/10.1590/S0104-530X1999000300002
Finoti, L., Didonet, S. R., Toaldo, A. M., & Martins, T. S. (2017). The role of the marketing strategy process in the innovativeness-performance relationship of SMEs. Marketing Intelligence & Planning, 35(3), 298–315. https://doi.org/10.1108/MIP-01-2016-0005
Galdino, K. M., Rezende, S. F. L., & Lamont, B. T. (2019). Market and internationalization knowledge in entrepreneurial internationalization processes. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, 25(7), 1580–1600. https://doi.org/10.1108/IJEBR-11-2018-0762
Galera, V. (2022). Criação de peixes em alta. Https://Economia.Uol.Com.Br/Reportagens-Especiais/Agronegocio-Producao-de-Tilapia-e-Tambaqui-Piscicultura/#cover.
Gerhardt, V. J., Mairesse Siluk, J. C., Baierle, I. C., & Michelin, C. de F. (2022). Theoretical model for identifying market development indicators. International Journal of Productivity and Performance Management, 71(7), 2659–2679. https://doi.org/10.1108/IJPPM-05-2020-0259
Ghaleb M. Al-Bostanji. (2015). Impact of Applying of Ansoff Model on Marketing Performance for Saudi Foodstuff Companies. Journal of Marketing and Consumer Research, 15, 71–81.
Ghemawat, P. (2015). From International Business to Intranational Business. Emerging Economies and Multinational Enterprises, 28, 5–28. https://doi.org/10.1108/S1571-502720150000028002
Ginevičius, R., & Auškalnytė, R. (2001). THE EVALUATION OF A COMPANY’S STRATEGY BY THE ANSOFF’S PRODUCT MARKET MATRIX. Statyba, 7(2), 158–165. https://doi.org/10.1080/13921525.2001.10531717
IDARON. (2022). Piscicultura: Rondônia destaca-se pela produção de tambaqui em regime semi-intensivo. http://www.idaron.ro.gov.br/index.php/2021/07/12/piscicultura-rondonia-destaca-se-pela-producao-de-tambaqui-em-regime-semi-intensivo/
Irianti, D. A., & Haznam, H. (2019). Market Development Strategy For Pt A From The Side Of Capabilities And Potential Customers. Proceedings of the 3rd Asia-Pacific Research in Social Sciences and Humanities Universitas Indonesia Conference (APRISH 2018). https://doi.org/10.2991/aprish-18.2019.19
Kabongo, J. D., & Okpara, J. O. (2019). Timing and speed of internationalization: Evidence from African banks. Journal of Business Research, 102, 12–20. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.05.003
Kale, P., Dyer, J. H., & Singh, H. (2002). Alliance capability, stock market response, and long-term alliance success: the role of the alliance function. Strategic Management Journal, 23(8), 747–767. https://doi.org/10.1002/smj.248
Kale, P., & Singh, H. (2007). Building firm capabilities through learning: the role of the alliance learning process in alliance capability and firm-level alliance success. Strategic Management Journal, 28(10), 981–1000. https://doi.org/10.1002/smj.616
Kukartsev, V. V, Fedorova, N. V, Tynchenko, V. S., Danilchenko, Y. V, Eremeev, D. V, & Boyko, A. A. (2019). The analysis of methods for developing the marketing strategies in agribusiness. IOP Conference Series: Earth and Environmental Science, 315(2), 022107. https://doi.org/10.1088/1755-1315/315/2/022107
Lin, F.-J., & Ho, C.-W. (2019). The knowledge of entry mode decision for small and medium enterprises. Journal of Innovation & Knowledge, 4(1), 32–37. https://doi.org/10.1016/j.jik.2018.02.001
Markman, G. D., Gianiodis, P., Tyge Payne, G., Tucci, C., Filatotchev, I., Kotha, R., & Gedajlovic, E. (2019). The Who, Where, What, How and When of Market Entry. Journal of Management Studies, 56(7), 1241–1259. https://doi.org/10.1111/joms.12448
Menon, A., Bharadwaj, S. G., Adidam, P. T., & Edison, S. W. (1999). Antecedents and Consequences of Marketing Strategy Making: A Model and a Test. Journal of Marketing, 63(2), 18. https://doi.org/10.2307/1251943
Moeen, M. (2017). Entry into Nascent Industries: Disentangling a Firm’s Capability Portfolio at the Time of Investment Versus Market Entry. Strategic Management Journal, 38(10), 1986–2004. https://doi.org/10.1002/smj.2642
Morgan, N. A. (2012). Marketing and business performance. Journal of the Academy of Marketing Science, 40(1), 102–119. https://doi.org/10.1007/s11747-011-0279-9
Mwau, P. M; Oloko, M. & Muturi, W. (2016). The influence of Market development strategy on performance of firms within the insurance industry in Kenya. International Journal of Advanced Engineering and Management Research, 1(2), 111–150.
Pehrsson, T. (2015). Market entry mode and performance: capability alignment and institutional moderation. International Journal of Business and Globalisation, 15(4), 508. https://doi.org/10.1504/IJBG.2015.072521
Peng, M. W., & Lebedev, S. (2017). Intra-national business (IB). Asia Pacific Journal of Management, 34(2), 241–245. https://doi.org/10.1007/s10490-017-9507-2
Peng, M. Y. P. (2019). Understanding Small and Middle Enterprises’ Internationalization Process at Food and Restaurant Service Industry. 16th International Conference On Service Systems And Service Management, 1–5.
Peteraf, M. A., & Barney, J. B. (2003). Unraveling the resource-based tangle. Managerial and Decision Economics, 24(4), 309–323. https://doi.org/10.1002/mde.1126
Poulis, K., & Poulis, E. (2013). The influence of intra-national cultural heterogeneity on product standardisation and adaptation. International Marketing Review, 30(4), 357–383. https://doi.org/10.1108/IMR-03-2012-0047
Ra, W. (2020). Determinants of the choice of combined modes for foreign market entry: the case of Korean firms entering into Uzbekistan. Journal of Eastern European and Central Asian Research (JEECAR), 7(1), 83–94. https://doi.org/10.15549/jeecar.v7i1.380
Robson, M. J., Katsikeas, C. S., Schlegelmilch, B. B., & Pramböck, B. (2019). Alliance capabilities, interpartner attributes, and performance outcomes in international strategic alliances. Journal of World Business, 54(2), 137–153. https://doi.org/10.1016/j.jwb.2018.12.004
Rosa, Q. S. (2011). Avaliação de aprendizagem no meio rural: Aplicação na produção primária da piscicultura na região de Ariquemes Rondônia. [Dissertação]. Universidade Federal de Rondônia.
Rosa, Q.S.; Belem-Costa, A. (2019). Tecnologia na produção de pescados: Estado da arte x práticas adotadas em campo. In Pesquisa, inovação e tecnologia no estado de Rondônia. (pp. 236–261).
Rungsithong, R., Meyer, K. E., & Roath, A. S. (2017). Relational capabilities in Thai buyer-supplier relationships. Journal of Business & Industrial Marketing, 32(8), 1228–1244. https://doi.org/10.1108/JBIM-02-2017-0027
Salisu, Y., & Abu Bakar, L. J. (2019). Technological capability, relational capability and firms’ performance. Revista de Gestão, 27(1), 79–99. https://doi.org/10.1108/REGE-03-2019-0040
Sasaki, I., & Yoshikawa, K. (2014). Going beyond national cultures – Dynamic interaction between intra-national, regional, and organizational realities. Journal of World Business, 49(3), 455–464. https://doi.org/10.1016/j.jwb.2013.10.005
Shen, Z., Puig, F., & Paul, J. (2017). Foreign Market Entry Mode Research: A Review and Research Agenda. The International Trade Journal, 31(5), 429–456. https://doi.org/10.1080/08853908.2017.1361368
Teece, D. J. (2007). Explicating dynamic capabilities: the nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal, 28(13), 1319–1350. https://doi.org/10.1002/smj.640
Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509–533. https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-0266(199708)18:7<509::AID-SMJ882>3.0.CO;2-Z
Tran, V. D. (2020). Market analysis and growth strategy for Norwegian supply chain traceability systems provider in Vietnamese seafood Market.
Tsai, H., Ren, S., & Eisingerich, A. B. (2020). The effect of inter- and intra-regional geographic diversification strategies on firm performance in China. Management Decision, 58(1), 16–38. https://doi.org/10.1108/MD-01-2018-0104
Varadarajan, P. R., & Jayachandran, S. (1999). Marketing Strategy: An Assessment of the State of the Field and Outlook. Journal of the Academy of Marketing Science, 27(2), 120–143. https://doi.org/10.1177/0092070399272002
Walter, A., Auer, M., & Ritter, T. (2006). The impact of network capabilities and entrepreneurial orientation on university spin-off performance. Journal of Business Venturing, 21(4), 541–567. https://doi.org/10.1016/j.jbusvent.2005.02.005
Wang, C., & Giouvris, E. (2019). Important Determinants of Foreign Company Performance in China: Big Data Analysis. The Chinese Economy, 52(1), 56–82. https://doi.org/10.1080/10971475.2018.1523859
Wang, G., Xia, C., & Cao, D. (2020). State and determinants of inter-regional market entry practices in the Chinese construction industry: evidence from national quality award projects. Engineering, Construction and Architectural Management, 27(7), 1461–1477. https://doi.org/10.1108/ECAM-06-2019-0336
Wasowska, A. (2019). Social-cognitive antecedents of new venture internationalization. Baltic Journal of Management, 14(3), 462–479. https://doi.org/10.1108/BJM-09-2018-0325
Yin, R. K. (2016). Qualitative Research from Start to Finish. (2. ed.). The Guilford Press.
Zachary, M. A., Gianiodis, P. T., Payne, G. T., & Markman, G. D. (2015). Entry Timing. Journal of Management, 41(5), 1388–1415. https://doi.org/10.1177/0149206314563982
Zylbersztajn, D. (1999). Strictly coordinated food-systems: exploring the limits of the Coasian firm. The International Food and Agribusiness Management Review, 2(2), 249–265. https://doi.org/10.1016/S1096-7508(00)00014-8
Zylbersztajn, D. (1995). Estruturas de Governança e Coordenação do Agribusiness: Uma Aplicação da Nova Economia das Instituições [Tese Livre Docência]. Universidade de São Paulo.
Zylbersztajn, D. (2012). Ações coletivas e governança de contratos nos sistemas agroindustriais. In In Farina, E. M. M. Q., Saes, M. S. M., & Azevedo, P. F. (Eds.), Agronegócio: Para entender e atuar em um mundo globalizado. p. 105-124. São Paulo: Atlas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Quezia Rosa, Ana Maria Machado Toaldo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor deve garantir:
- que haja um consenso completo de todos os coautores em aprovar a versão final do documento e sua submissão para publicação.
- que seu trabalho é original, e se o trabalho e/ou palavras de outras pessoas foram utilizados, estas foram devidamente reconhecidas.
Plágio em todas as suas formas constituem um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. RCA reserva-se o direito de usar software ou quaisquer outros métodos de detecção de plágio.
Todas as submissões recebidas para avaliação na revista RCA passam por identificação de plágio e autoplágio. Plágios identificados em manuscritos durante o processo de avaliação acarretarão no arquivamento da submissão. No caso de identificação de plágio em um manuscrito publicado na revista, o Editor Chefe conduzirá uma investigação preliminar e, caso necessário, fará a retratação.
Os autores cedem à RCA os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons (CC BY) 4.0 Internacional.

Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
Esta licença permite que qualquer usuário tenha direito de:
Compartilhar – copiar, baixar, imprimir ou redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar – remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
De acordo com os seguintes termos:
Atribuição – Você deve dar o crédito apropriado (citar e referenciar), prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante apoiar você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais – Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.