AQUILOMBAÇÕES E CONVIVÊNCIAS: ARTE-CULTURA, ECONOMIA SOLIDÁRIA E OUTRAS LINHAS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE NOS TERRITÓRIOS Aquilombamentos and Convivialities: Art-Culture, Solidarity Economy, and Other Lines in the Promotion of Health in the Territories

Resumo

Este artigo objetiva compartilhar resultados da pesquisa “Práticas de convivência como aquilombações: promoção da saúde nos territórios com arte-cultura e economia solidária”. As práticas de convivência que enfocamos neste estudo são as que acontecem a partir dos Centros de Convivência e Cultura (Cecos) nas Redes de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Questiona-se: quais são e como as práticas dos Cecos operam aquilombações na promoção da saúde nos territórios? A pesquisa se vale da ideia-força de aquilombação como via de enfrentamento às várias formas de opressão às diferenças. O objetivo é compartilhar as linhas que constituem as práticas dos Cecos em sua interface com a noção de aquilombação. A abordagem teórico-metodológica adotada é a cartografia. Em meio a participação nos Fóruns de Cecos do Estado do Rio de Janeiro confeccionou-se diários de campo e daí extraiu-se sete linhas de atuação nos Cecos: 1) arte-cultura; 2) economia solidária; 3) redução de danos; 4) práticas integrativas complementares em saúde; 5) esporte e lazer; 6) movimentos sociais; 7) o brincar e a saúde de trabalhadores. Conclui-se que cada uma das linhas traz a potência de promover saúde nos territórios e o devir quilomba é uma das forças que move os encontros.