ARTE, LOUCURA E SAÚDE COLETIVA: ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO DE CUIDADO E DE FORMAÇÃO EM SAÚDE Art, madness and collective health: strategies for the production of health care and training
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este texto cartografa os agenciamentos institucionais e afetivos fabricados em encontros de formação e produção do cuidado no cenário da pandemia da COVID-19. Trata-se de uma narrativa-experiência dos acontecimentos do curso “Arte, loucura e Saúde Coletiva”, promovido pela NN [eliminado para efeitos da revisão por pares], entre agosto e setembro de 2020. Formou-se um coletivo de 50 pessoas de diferentes regiões e estados brasileiros, representados por instituições universitárias e serviços de saúde. Observou-se que é imperativo a utilização da arte e a promoção de bons encontros como dispositivos de produção de conhecimento; a noção moderna da loucura precisa ser desconstruída para que seja possível outras formas de cuidado; as fronteiras entre saúde e arte precisam ser borradas; a educação nos tempos atuais exige intensidade dos corpos; e torna-se fundamental a promoção de espaços de escuta, diálogo e produção de afeto.
Detalhes do artigo
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A publicação é de Acesso Aberto (Open Access) e enquadrada em um modelo de licença Creative Commons – atribuição CC BY (https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que atribuam o devido crédito pela criação original.
Referências
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Editora 34, 2007.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas, ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 2012.
FOUCAULT, Michel. História da loucura na Idade Clássica. São Paulo: Perspectiva, 2008.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2003.
BASAGLIA, Franco. A instituição negada: relato de um hospital psiquiátrico. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2010.
MAGALDI, Felipe. Mania de liberdade: Nise da Silveira e a humanização da saúde mental no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2020.
STRAUSS, Frédéric. Conversas com Almodóvar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do "sexo", In: LOPES LOURO, Guacira (org.). O corpo educado. Pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. p. 151-172.
CECCIM, Ricardo B.; FERLA, Alcindo A. Educação e saúde: ensino e cidadania como travessia de fronteiras. Trab. educ. saúde. 2008; 6(3): 443-456.
BENEVIDES-DE-BARROS, Regina. Grupo: estratégia na formação. In: ATHAYDE, Moises (org.) Trabalhar na escola? “Só inventando o prazer”. Rio de Janeiro: Ipub-Cuca; 2001. p. 71-88.
CECCIM, Ricardo B. Saúde e doença: reflexão para a educação da saúde. In: MEYER, Dagmar Estermann (org.). Saúde e sexualidade na escola. Porto Alegre: Mediação; 1998. p. 37-50.