The black body in the field of male homosexualities: interpellation about homoerotic representations in affective-sexual interaction applications
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2022.e88165Keywords:
Domain of Homosexualities, Representation, Black Body, Self-appointment, Self-classificationAbstract
Objective: To understand the self-nominations and self-classifications practiced in sexual affective interaction apps guided by the race marker in Brazil.
Methods: qualitative study of a documental nature, based on bibliographic research, in the form of cartography of documents, with samples collected in digital media Scruff and Grindr (mobile applications for social interaction used by men who seek to relate affectively-sexually with others men) using the Text Mining technique through the Voyant Tools software, allowing the visualization of correlations, co-occurrences, flows and dispersion of textual themes, in addition to the content analysis technique to identify the main subjects covered in the corpus.
Results: Due to the abject nature with which the black body was historically constructed, having its existence conditioned, the labor practices and the exploitation of its workforce, be it in the mill, in the farming or as a reproducer where the hypermasculinization of bodies made the subjects victims of their phallocentric representations, desire is closely related to the objectification of bodies, engendering a complex fabric of silencing and social exclusion.
Conclusions: In their self-classification and self-nominations, certain subjects use terms that cause slips of meaning, moving them away from a possible homosexual identity and reinforcing their masculinity, in order to reinforce stereotypes and prejudices, strengthening a hierarchy on the margins socioculturally constructed throughout history.
Downloads
References
ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de. A invenção do Nordeste e outras artes. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
ASSMANN, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2011.
BALIBAR, Étienne; WALLERSTEIN, Immanuel. Race, class and nation: ambiguous identily. Londres, verso, 2010.
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições70. 2011.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: EDUSP, 1996.
BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. São Paulo: Bertrand Brasil, 2005.
BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu, Campinas, n. 26, p.329-376, jan.-jun., 2006.
BURKE, Peter. “Geschichte als soziales Gedächtnis”. In: ASSMANN, A.; HARTH, D. Mnemosyne, formen und funktionen kultureller erinnerung. Frankfurt, 1991.
CAENEIRO, Sueli. Entrevista. Margem esquerda. Boitempo editorial. São Paulo, n. 27, p. 11-21, outubro de 2016.
CAMPBELL, D. Grant. 2000. Queer theory and the creation of contextual subject access tools for gay and lesbian communities. Knowledge organization, v. 27, n. 3, p. 122-131. doi:10.5771/0943-7444-2000-4
CARNEIRO, Sueli. Entrevista. Revista Margem Esquerda, n. 27. Boitempo: São Paulo, 2016.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
CORRÊA, Marisa. Ilusões da Liberdade. Bragança Paulista: Universidade São Francisco, 1998.
DAMASCENO, Janaína. "Corpo do outro. Construções raciais e imagens de controle do corpo feminino negro: o caso da Vênus Hotentote". In: FAZENDO GÊNERO, 8., 2008, Florianópolis. Anais... Florianópolis: UFSC, 2008.
DAVIS, Angela. Mulheres, cultura e política. São Paulo: Boitempo, 2017.
DELEUZE, Gilles. “¿Que és un dispositivo?” In: Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990.
ERIBON, Didier. Reflexões sobre a questão gay. Rio de Janeiro: Companhia Freud, 2008.
FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras brancas. Salvador: UFBA, 2008.
FARIAS, Marcio. Pensamento social e relações raciais no Brasil: a análise marxista de Clóvis Moura. Margem esquerda. Boitempo editorial. São Paulo, n. 27, p.38-43, outubro de 2016.
FIGARI, Carlos. @s outr@s cariocas: interpelações, experiências e identidades homoeróticas no Rio de Janeiro: séculos XVII ao XX. Belo Horizonte: Editora UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ, 2007.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Sobre a história da sexualidade. Rio de Janeiro: Graal, 2000.
GOMES, Nilma Lino. Intelectuais Negros e Produção do Conhecimento: algumas reflexões sobre a realidade brasileira. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Org.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009. p. 419-441.
GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: Cartografias do Desejo. 4 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice/Revista dos Tribunais, 1990.
HALL, Stuart. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Ed PUC-Rio, 1997.
ILLOUZ, Eva. O amor nos tempos do capitalismo. Rio de Janeiro: Zahar. 2011.
JELIN, Elizabeth. Los trabajos de la memoria. España/Argentina: Siglo XXI, 2002.
JODELET, Denise. Represenações Sociais:um domínio em expansão. In: JODELET, Denise (Org.). As representações Sociais. Rio de Janeiro:EdUERJ, 2001.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: UNICAMP, 1990.
MEDEIROS, Priscila Martins. Rearticulando narrativas sociológicas: teoria social brasileira, diáspora africana e a desracialização da experiência negra. Soc. estado., Brasília, v. 33, n. 3, p. 709-726, dez. 2018.
MOREIRA, Thami Amarílis Straiotto. O ato de nomear- da construção de categorias de gênero até a abjeção. In: XIV CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA, 2010. Anais... Rio de Janeiro. v. XIV, n. 4, tomo 4, 2011. p. 2914-2926.
MOURA, Clóvis. Sociologia do negro brasileiro. São Paulo, Ática, 1988.
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Cadernos PENESB – Periódico do Programa de Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira, Niterói, UFF, n. 5, p. 15-34, 2003.
OLIVEIRA, Pedro P.M. Discursos sobre a masculinidade. Revista Estudos Feministas, Rio de Janeiro, v. 6, n.1, p. 91-112, 1998.
PEREIRA, Amauri Mendes; SILVA, Joselina da. Três faces do desafio acadêmico à implementação da lei n° 10.639/03: a face filosófica, a face teórica e a face epistemológica. In: GONÇALVES, Maria Alice Rezende (Org.). Educação, arte e literatura africana de língua portuguesa: contribuições para a discussão da questão racial na escola. Rio de Janeiro: Quartet; NEAB-UERJ, 2007. p. 59-86
PINHO, Osmundo. “Qual é a identidade do homem negro?”. Revista Democracia Viva, n. 22, p. 64-69, jun/jul 2004
POLLAK, Michael. “Memória, esquecimento, silêncio”. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, jun. 1989. ISSN 2178-1494. Disponível em:
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2278/1417
. Acesso em: 07 Nov. 2019.
REVEL, Judith. “Nas origens do biopolítico: de Vigiar e punir ao pensamento da atualidade”. In: J. Gondra. & W. Kohan (Orgs.), Foucault 80 anos. Belo Horizonte: Autêntica. 2006.
RICOEUR, Paul. Memória, história, esquecimento. Campinas: Ed. Unicamp, 2007.
RODRIGUES, Raymundo Nina. As Raças Humanas e a Responsabilidade Penal no Brasil. São Paulo: Cia. Ed. Nacional. 1938.
ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental: Transformações contemporâneas do desejo. Editora Estação Liberdade, São Paulo, 1989.
ROMERO, Silvio. História da Literatura Brasileira. Vol. 1. Rio de Janeiro: José Olympio. 1949.
ROMERO, Silvio. O Alemanismo no Sul do Brasil. Seus Perigos e Meios de os Conjurar. Rio de Janeiro: Heitor Ribeiro. 1906.
ROMERO, Silvio. O Elemento Português no Brasil. Lisboa: Tipografia da Cia. Ed. Nacional. 1902.
ROSA, Waldemir. Observando uma masculinidade subalterna: homens negros em uma democracia racial. In: Seminário Internacional Fazendo Gênero VII - Gênero e Preconceitos, 2006, Florianópolis. Anais... Fazendo Gênero VII. Florianópolis: Editora Mulheres, v. 1. p. 1-7, 2006.
SANTAELLA, Lucia. A teoria geral dos signos: como as linguagens significam as coisas. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 2000.
SANTOS, Joel Rufino dos. O movimento negro e a crise brasileira. Política e Administração, v. 2, Jul./Set. 1985.
SEYFERTH, G. A invenção da raça e o poder discricionário dos estereótipos. Anuário Antropológico 1993, p. 175-203. 1995.
SEYFERTH, Giralda. O incidente do Panther (Itajaí, S.C., 1905): estudo sobre ideologias étnicas. Antropologia Social: Comunicações do PPGAS, n.4, p. 15-80, 1994.
SEYFERTH, Giralda. Os paradoxos da miscigenação: observações sobre o tema imigração e raça no Brasil. Estudos Afro-Asiáticos, n.20, 1991.
SEYFERTH, Giralda. Colonização e conflito: estudo sobre" motins" e" desordens" numa região colonial de Santa Catarina no século XIX. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional-UFRJ, 1988.
SILVA, Tomaz Tadeu da. “A produção social da identidade e da diferença”. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.). Identidade e diferença: A perspectiva dos estudos culturais. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
SOUSA, Nomager Fabíolo Nunes de. Por banheiros, ruas e pontes recifenses: os trajetos homoeróticos do "estrangeiro" Tulio Carella na obra Orgia. 2018. 49 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) - Departamento de Letras, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2019.
SOUZA, Henrique Restier da Costa. LÁ VEM O NEGÃO: DISCURSOS E ESTEREÓTIPOS SEXUAIS SOBRE OS HOMENS NEGROS. In. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress. Anais Eletrônicos, Florianópolis, 2017, ISSN 2179-510X. Disponível em: http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1499020802_ARQUIVO_LAVEMONEGAOFINAL.pdf
SOUZA, Rolf Malungo Ribeiro de. As Representações do Homem Negro e suas Conseqüências. Revista Fórum Identidades, v. 6, p. 98-115, 2009. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/forumidentidades/article/view/5500. Acesso em: 15 dez.2019
SOUZA, Rolf R. “Falomaquia: Homens negros e brancos e a luta pelo prestígio da masculinidade em uma sociedade do Ocidente”. Revista Antropolítica, n.34, p. 35-52, 2013.
VAINER, C. Estado e raça no Brasil: notas exploratórias. Estudos Afro-asiáticos, n.18. Rio de Janeiro: UCAM, 1990.
VIANA, Oliveira. Evolução do Povo Brasileiro. 4 ed. José Olympio. Rio de Janeiro, 1956.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Francisco Arrais Nascimento, Graziela dos Santos Lima
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The author must guarantee that:
- there is full consensus among all the coauthors in approving the final version of the document and its submission for publication.
- the work is original, and when the work and/or words from other people were used, they were properly acknowledged.
Plagiarism in all of its forms constitutes an unethical publication behavior and is unacceptable. Encontros Bibli has the right to use software or any other method of plagiarism detection.
All manuscripts submitted to Encontros Bibli go through plagiarism and self-plagiarism identification. Plagiarism identified during the evaluation process will result in the filing of the submission. In case plagiarism is identified in a manuscript published in the journal, the Editor-in-Chief will conduct a preliminary investigation and, if necessary, will make a retraction.
This journal, following the recommendations of the Open Source movement, provides full open access to its content. By doing this, the authors keep all of their rights allowing Encontros Bibli to publish and make its articles available to the whole community.
Encontros Bibli content is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Any user has the right to:
- Share - copy, download, print or redistribute the material in any medium or format.
- Adapt - remix, transform and build upon the material for any purpose, even commercially.
According to the following terms:
- Attribution - You must give appropriate credit, provide a link to the license, and indicate if changes were made. You may do so in any reasonable manner, but not in any way that suggests the licensor endorses you or your use.
- No additional restrictions - You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything that the license permits.