Lei de Lotka: um olhar sobre a produtividade dos autores na literatura brasileira de finanças
DOI:
https://doi.org/10.5007/1518-2924.2018v23n53p1Palavras-chave:
Finanças, Produtividade em pesquisa, Bibliometria, Lei de LotkaResumo
No Brasil, as pesquisas em finanças tiveram início há cerca de 60 anos, entretanto, são poucos os estudos que analisaram essa produção e que, ao fazê-lo, se apropriaram devidamente das leis e princípios bibliométricos. Buscando satisfazer a essa lacuna, a presente pesquisa investiga o nível de produtividade dos pesquisadores na literatura de brasileira de Finanças aplicando, para tanto, a Lei de Lotka, calculada pelo modelo do Poder Inverso Generalizado e utilizando duas formas de contagem: direta e completa. O corpus foi composto por 873 artigos digitais, publicados em 24 conceituados periódicos nacionais, classificados nos estratos Qualis/CAPES A2, B1 e B2 da Área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo, entre 2005 e 2014. Verificou-se, inicialmente, que o número de colaborações cresceu continuamente nos últimos anos e que a configuração de três autores vem se tornando a mais frequente. A produtividade dos pesquisadores, quando feita pela contagem completa (n=-2,23), foi superior à contagem direta (n=-2,89), mostrando um efeito favorável da produção em regime de colaboração, entretanto, o elevado número de pesquisadores com apenas uma publicação demonstra ser uma barreira a ser superada.
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