Primeiras experiências do Projeto de Extensão “Jogando com a Quebrada”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2025.e107210

Palavras-chave:

Interdisciplinaridade, Estudos de Gênero e Sexualidade, Humanidades Digitais, Jogos, Método descritivo

Resumo

Desde outubro de 2024, o Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH/UFSC) formou parceria com a organização não governamental Prototipando a Quebrada (PAQ) para a criação de um jogo digital com foco na questão da segurança on-line e no combate às violências de gênero nos meios digitais (Wolff; Schmitt, 2024a). No âmbito do Projeto “Internet Segura com Perspectiva Crítica de Gênero”, a colaboração conjunta proporcionou encontros presenciais e remotos para direcionar e acompanhar o desenvolvimento do jogo que, de forma inédita, colocou pesquisadoras e jovens que participam do PAQ em diálogo e reflexão, possibilitando a produção de conhecimento interdisciplinar que transborda os muros da universidade e se desdobra em uma prática extensionista chamada “Jogando com a Quebrada”. O objetivo deste artigo é historicizar este processo de amadurecimento e efetiva produção, que é perpassada pela metodologia descritiva (Marconi; Lakatos, 2017) e cotejada pelas considerações que orientam o conceito de Tecnologia Mundana (Michael, 2003; Nemer 2022).

Biografia do Autor

Elaine Schmitt, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutora em Ciências Humanas (PPGICH/UFSC), Mestra em jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e doutoranda do Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas, pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pós-doutorado pela UFSC e pela Sapienza Università di Roma.

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Publicado

12.08.2025

Edição

Seção

Dossiê: Perspectivas críticas de gênero e decoloniais na internet. Organização: Drª Cristina Scheibe Wolff e Drª Elaine Schmitt