Percepções acerca das relações de gênero e da divisão sexual do trabalho para pessoas com deficiência
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2011v8n1p158Resumo
Diante das diversas possibilidades que abarcam o tema da diversidade, a questão da inserção de pessoas com deficiência (PCDs) nas organizações tem ganhado destaque nos estudos organizacionais. Apesar de a deficiência aparentar ser um assunto que não causa mais desconforto na atualidade, ela ainda se apresenta como uma questão delicada de ser tratada. Somando-se a isso, a questão das relações de gênero e da divisão sexual do trabalho ainda pesa no trabalho dos indivíduos. Assim, buscamos compreender as percepções de PCDs acerca das relações de gênero e da divisão sexual do trabalho. Argumentamos neste estudo que a percepção em relação à divisão sexual do trabalho e sua origem em relações desiguais de gêneros estão ligadas à subjetividade. A pesquisa realizada teve caráter qualitativo, a partir do estudo de caso de uma organização hospitalar. Foram realizadas cinco entrevistas com empregados(as) que possuíam algum tipo de deficiência, as quais foram gravadas, transcritas e analisadas por meio de análise temática de conteúdo. Os relatos não mostraram de forma explícita sua percepção de relações desiguais de gênero. Por meio da observação na condução das entrevistas, percebemos, contudo, um cuidado maior da organização em monitorar as entrevistas com as mulheres. Percebemos também que os(as) entrevistados(as) apresentaram uma visão sobre o assunto impregnada de estereótipos sociais, que vêm sendo reproduzidos ao longo das décadas. Por fim, realizamos alguns questionamentos para levar o(a) leitor(a) à reflexão acerca da divisão sexual do trabalho, da deficiência e do preconceito, em suas mais diversas formas, no ambiente das organizações.
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