Da citação do trágico. Notas sobre tradição e intransmissibilidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2015v12n1p321Resumo
Se não há dúvida de que a tradição do teatro antigo nos legou algo de sua experiência, a ponto de nomearmos tragédias algumas obras de Shakespeare e Goethe e entendermos como trágicos também alguns momentos do cinema de Pasolini e Bergman, como é possível falar em morte da tragédia, em rompimento da mola trágica? Ao mesmo tempo, como é possível que um mundo sem deuses, com uma compreensão da ação que a concebe guiada por uma faculdade interior que nem existia para o grego do século V a.c: a vontade, comporte ainda lugar para que, nele, algo se denomine tragédia? A solução a essas perguntas depende da compreensão de história que orienta o pesquisador, pensador ou colecionador que as formula. Tal diferença ficará muito clara se tomarmos como opostos o conceito de transistoricidade – característico da resposta de Vernant e Naquet a essas mesmas perguntas – e a noção de intransmissibilidade, indicada no uso das citações por Hannah Arendt.
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