O artesanato da suspeita: o ensaio como tradição crítica

Autores

  • Ricardo Forster Universidade de Buenos Aires

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2011v8n1p1

Resumo

Este ensaio pretende ser uma defesa da importância acadêmica do ensaio. Na vida acadêmica atual, vigora sobretudo o pragmatismo da produtividade funcional e da eficiência, expresso, através de um inglês comercial, sobretudo pelo paper. Esse esvaziamento das palavras convida-nos a enfatizar a importância do ensaio. De Montaigne a Steiner, passando por Adorno,  o ensaio, gênero da modernidade, torna-se, assim, sobretudo num tempo de crise das grandes narrativas,  o modo de captar o eterno naquilo que vivemos e percebemos como destinado a perecer. Constitui-se como  escritura do sujeito moderno, e manifestação de suas  extraordinárias inquietudes e de suas solidões. O ensaio como artesanato da suspeita, ao invés de ser visto como vitória do amadorismo na vida acadêmica, é o caminho com que  se revelarão os limites de toda pretensão universalista e do produtivismo acadêmico hoje imperante.

Biografia do Autor

Ricardo Forster, Universidade de Buenos Aires

Doctor en Filosofía por la Universidad Nacional de Córdoba. Filósofo y ensayista es investigador y profesor de la Faculdad de Ciencias Sociales de la Universidad de Buenos Aires y Distinguished Professor de la Universidad de Maryland. Ha sido profesor invitado de diversas universidades de Estados Unidos, México y España.

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Publicado

11.07.2011

Edição

Seção

Ensaios