O artesanato da suspeita: o ensaio como tradição crítica
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2011v8n1p1Resumo
Este ensaio pretende ser uma defesa da importância acadêmica do ensaio. Na vida acadêmica atual, vigora sobretudo o pragmatismo da produtividade funcional e da eficiência, expresso, através de um inglês comercial, sobretudo pelo paper. Esse esvaziamento das palavras convida-nos a enfatizar a importância do ensaio. De Montaigne a Steiner, passando por Adorno, o ensaio, gênero da modernidade, torna-se, assim, sobretudo num tempo de crise das grandes narrativas, o modo de captar o eterno naquilo que vivemos e percebemos como destinado a perecer. Constitui-se como escritura do sujeito moderno, e manifestação de suas extraordinárias inquietudes e de suas solidões. O ensaio como artesanato da suspeita, ao invés de ser visto como vitória do amadorismo na vida acadêmica, é o caminho com que se revelarão os limites de toda pretensão universalista e do produtivismo acadêmico hoje imperante.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).