Uma genealogia do liberalismo contemporâneo: a crítica foucaultiana do ordoliberalismo alemão

Autores

  • Nei Antonio Nunes Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, SC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2013v10n1p322

Resumo

Tendo por base as investigações de Michel Foucault sobre a tradição liberal, desenvolvidas sobretudo no curso ministrado no Collège de France, intitulado “Nascimento da biopolítica”, procuramos explicitar a crítica empreendida a uma das matrizes do liberalismo contemporâneo, a saber, o ordoliberalismo alemão. Com este objetivo buscamos pôr em relevo, primeiramente, a estratégia argumentativa da Escola de Friburgo que culmina no que o teórico francês denomina como “fobia do Estado”. Discutimos também a junção promovida pelo modelo neoliberal entre economia de mercado, prática concorrencial e “política social”. Em seguida, mostramos que, vinculado a essa lógica, o ordoliberalismo procurou erigir uma Vitalpolitik articulada a uma nova concepção de homo oeconomicus: o “homem-empresa”. Na consecução desse intento, o ordenamento jurídico aparece como suporte no jogo proposto pela economia concorrencial de mercado. Por fim, enfatizamos a existência de elementos biopolíticos no modelo neoliberal da Escola de Friburgo.

Biografia do Autor

Nei Antonio Nunes, Universidade do Sul de Santa Catarina, Palhoça, SC

Bacharel em filosofia, mestre em educação e doutor em sociologia política também pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor da universidade do sul de santa catarina desde 1996 (UNISULl).  pesquisador do nepp-ufsc (núcleo de estudos do pensamento político). tem experiência nas áreas de filosofia política, ciência política e ética, atuando principalmente nos seguintes temas: teorias do poder, concepções éticas, contratualismo, crítica genealógica das governamentalidades dos liberalismos moderno e contemporâneo e biopolítica.

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Publicado

19.06.2013

Edição

Seção

Artigos