Febre aftosa: impactos sociais e sobre o bem-estar animal da política de erradicação
Resumo
Santa Catarina é o único Estado brasileiro que não imuniza o rebanho bovino contra a febre aftosa. O artigo discute a política catarinense para a doença, especialmente a não-vacinação, e a relaciona a aspectos éticos e de bem-estar humano e animal. Foram entrevistados nove representantes de instituições agrícolas catarinenses e, num estudo de caso, sete famílias de agricultores de Jóia/RS, onde ocorreu um surto em 2000, sendo sacrificados 11.067 mil animais, principalmente rebanho leiteiro. A maioria das instituições agrícolas catarinenses ouvidas é contrária à vacinação, a fim de manter e ampliar mercados às exportações de carne suína e de aves. Preocupações sobre repercussões sociais tenderam a se concentrar em efeitos sobre a renda das famílias afetadas. O estudo de caso em Jóia demonstrou que houve uma ruptura prolongada nos modos de vida no meio rural afetado, efeitos sobre a saúde mental das pessoas, perda de renda e alterações na economia local, problemas de manejo e bem-estar pobre no rifle sanitário. Conclui-se que a experiência real de um surto resulta em conseqüências traumáticas e duradouras e que aspectos sociais, éticos, ambientais, de bem-estar animal, impactos em outras áreas da economia não estão incluídos na política pública de defesa sanitária animal.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2007 Barbara Marins Pettres, Luiz Carlos Pinheiro Machado, Maria José Hötzel, Tania Maria de Paula Lyra
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).