“Demarcating and occupying international territory”: digital activism of Brazilian indigenous women through ANMIGA
DOI:
https://doi.org/10.5007/1807-1384.2025.e107160Keywords:
Digital activism, indigenous women, violence against women, gender violence, ANMIGAAbstract
Brazilian indigenous women organized in the ANMIGA (Articulation of Indigenous Women Warriors of Ancestry) network and publicize their national and international actions mainly through their Instagram page, carrying out what I am conceptualizing as digital activism. International activities and struggle agendas, such as confronting violence, are publicized through ANMIGA's Instagram page, highlighting how the presence of Brazilian indigenous women in international spaces, such as CEDAW Committee meetings, promotes global connections and the construction of networks. As a methodology, the article will carry out research on Instagram and netnography carried out on the organization's page, which seeks to analyze and point out the main fronts of action that are being publicized, emphasizing in this article the international action. These indigenous women, who are leaders of their ethnic groups, are present not only in their territories, but also in spaces of power in large cities, which strengthens the networks and connections that originate in traditional territories. Thus, the link with ancestral territories indicates that confronting gender-based violence suffered in their territorial bodies is one of the main agendas of struggle.
References
ANMIGA. ARTICULAÇÃO NACIONAL DAS MULHERES INDÍGENAS GUERREIRAS DA ANCESTRALIDADE. s.d. Disponível em: https://anmiga.org/.
ANMIGA, anmigaorg. As originárias da terra. A mãe do Brasil é indígena. Instagram, 5 mar. 2021. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CMC_SAuj3zu/?igsh=MWNvYjkxdjZta3hmbA%3D%3D. Acesso em: 16 maio 2025.
ANMIGA, anmigaorg. Justiça para Daiane Kaingang. Instagram, 6 out. 2021. Disponível em: https://www.instagram.com/p/CUtABT4v_Lv/?igsh=MWY4ZWhiY2g3NDI0OA%3D%3D. Acesso em: 16 maio 2025.
ANMIGA. A Mulher Terra e Cofundadora da ANMIGA, Jaqueline Aranduhá, do Bioma Pantanal e Cerrado, esteve presente na 88a Sessão da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW). ANMIGA, 2024. Disponível em: https://anmiga.org/a-mulher-terra-e-cofundadora-da-anmiga-jaqueline-aranduha-do-bioma-pantanal-e-cerrado-esteve-presente-na-88a-sessao-da-convencao-sobre-a-eliminacao-de-todas-as-formas-de-discriminacao-contra-as-mul/. Acesso em: 23 jun. 2025.
BARRANCOS, D. História dos feminismos na América Latina. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2022.
BAREIRO, L.; TORRES, I. (ed.). Igualdad para una democracia incluyente.Instituto interamericano de Derechos Humanos. San José, C.R.: IIDH, 2009.
BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências. Brasília,2006. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm.
BRASIL. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Rio de Janeiro, 1940. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm. Acesso em: 18 dez. 2023.
BRASIL. Decreto nº 1.973, de 1 de agosto de 1996. Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará, em 9 de junho de 1994. Brasília, 1996. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1996/d1973.htm.
BUTLER, J. Corpos que importam: os limites discursivos do "sexo". São Paulo: n-1 Edições, 2019.
CIDH. COMISIÓN INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOS; OEA. ORGANIZACIÓN DE LOS ESTADOS AMERICANOS. Las mujeres indígenas y sus derechos humanos en las Américas. CIDH; OEA, 2017. Disponível em: https://www.oas.org/es/cidh/informes/pdfs/mujeresindigenas.pdf.
CIDH. COMISIÓN INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOS; OEA. ORGANIZACIÓN DE LOS ESTADOS AMERICANOS. Violencia y discriminación contra mujeres, niñas y adolescentes: Buenas prácticas y desafíos en América Latina y en el Caribe. CIDH; OEA, 2019. Disponível em: https://www.oas.org/es/cidh/informes/pdfs/ViolenciaMujeresNNA.pdf.
Ingridsateremawe e anmigaorg. Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Instagram, 17 dez. 2024. Disponível em: https://www.instagram.com/p/DDsdQh9RYq1/?igsh=dXhwOWNnOW9sdm5l. Acesso em: 16 maio 2025.
KILOMBA, G. Memórias de Plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LUGONES, M. Rumo a um feminismo descolonial. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000300013.
MINISTÉRIO DOS POVOS INDÍGENAS. Sonia Guajajara (Mini currículo). Ministério dos Povos Indígenas, s.d. Disponível em: https://www.gov.br/povosindigenas/pt-br/composicao/ministra-e-orgaos-de-assistencia-direta/ministra. Acesso em: 17 maio 2025.
NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Sobre o nosso trabalho para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil. Nações Unidas Brasil, s.d. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs.
NICHNIG, C. R. Corpos-territórios Kaiowá e Guarani na Kunangue Aty Guasu: em luta contra as violências de gênero. 2024. Tese (Doutorado em História) — Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2024.
OLIVEIRA L. F. de; CANDAU, V. M. F. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educ. rev., Belo Horizonte, v. 26, n.1, 2010.
ONU Mulheres. Recomendação Geral nº 39, de 2022, do Comitê CEDAW. Disponível em: https://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2023/04/CEDAW-GR-39-portugues.pdf.
PEDRO, J. M.; LEMES, L. B. A “Primavera das mulheres” nos impasses atuais da democracia no Brasil. In: PEDRO, J. M.; ZANDONÁ, J. Feminismos e democracia. Belo Horizonte: Fino Traço, 2019.
PIMENTEL, S. Experiências e desafios: comitê sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher (CEDAW/ONU) — relatório bienal de minha participação. Brasília, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, 2008. (Série Documentos)
PIMENTEL, S. El rol de la CEDAW en la construcción de la ciudadanía de las mujeres. In: Comisión Interamericana de Mujeres; Organización de los Estados Americanos. Inter-American Commission of Women. La democracia de ciudadanía: Visiones y debates desde los derechos de las mujeres en las Américas, 2012. p.145-161.
PRÁ, J. R. Reflexões sobre gênero, mulheres e política. In: PAIVA, D. (org.). Mulheres, política e poder. Goiânia: Editora da UFG, 2011. p. 101-126.
RESENDE, A. C. Z. de; NASCIMENTO, S. M. Lógicas do Sistema Mundo Moderno Colonial e violências contra os Povos Indígenas no Brasil. Interethnic@ - Revista de Estudos em Relações Interétnicas, v. 21, n. 2, p. 90-111, 2018.
SCHERER-WARREN, I. Dos movimentos sociais às manifestações de rua: o ativismo brasileiro no século XXI. Política & Sociedade, v. 13, n. 28, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/2175-7984.2014v13n28p13.
SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS PENAIS. Procedimentos direcionados à custódia de pessoas indígenas no sistema prisional. Brasília: Ministério da Justiça e Segurança Pública, 2023.
SEGATO, R. L. Crítica da colonialidade em outros ensaios: e uma antropologia por demanda. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
STELZER, J.; KYRILLOS, G. M. Inclusão da Interseccionalidade no âmbito dos Direitos Humanos. Rev. Direito e Práx., Rio de Janeiro, v. 12, n. 01, p.237-262, 2021.
WOLFF, C. S.; SCHMITT, E. (org.). A internet como campo de disputas de gênero. Florianópolis: Cultura e Barbárie, 2024.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Claudia Regina Nichnig

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores e autoras mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após a sua publicação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).