A frágil democracia: Simone Weil e o fim dos partidos políticos

Autores

  • Eduardo Portanova Barros Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2019v16n2p143

Resumo

Esta resenha crítica trata do livro “Sobre a supressão geral dos partidos políticos”, de Simone Weil, no qual a filósofa francesa desacredita, totalmente, na figura da democracia representativa e, mais especificamente, em partido político. Consideramos um texto atual e propositivo diante da exacerbação das múltiplas guerras culturais e políticas, em todas as latitudes, que promovem antes o dissenso do que um consenso democrático. Buscamos no referencial nietzschiano do embate apolíneo-dionisíaco-metafísico-anarquista uma justificativa para ancorar a crítica de Simone Weil à democracia e sua posição de referencial niilista. Weil conclui que o partido político está morto.

Biografia do Autor

Eduardo Portanova Barros, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

Doutor em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Pós-doutor pela Universidade do Vale dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil e pela Université Paris Descartes - V Sorbonne, Paris, França. Pesquisador do Centre d´Etude sur l´Actuel et le Quotidien da Sorbonne, França e do Grupo de Pesquisa sobre Comunicação e Imaginário. Professor Visitante do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil 

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Publicado

06.06.2019

Edição

Seção

Resenhas