Decolonial thinking and intersectionality: a psychosocial study of the ONG Raízes do Norte Goiano

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2023.e94331

Keywords:

ONG Roots of Northern Goiano. Intersectionality. Decolonial Thinking. Ancestry.

Abstract

This article describes an experience report about the psychosocial processes experienced at the ONG Raízes do Norte Goiano (ONG RNG) between the period from 2018 to 2023 in the state of Goiás. Conceived by a couple of black women, candomblecists and lesbians, the ONG designed and developed social projects guided by a decolonial and intersectional perspective between the categories of race/ethnicity, gender, sexual orientation, capacity, regionality, social class, religiosity/spirituality and generation. This is a qualitative and interdisciplinary research developed through participant observation and with analyzes based on the theoretical-practical assumptions of intersectionality, the psychosocial field, decolonial epistemologies and studies about ethnic-racial relations in Brazilian society. As a result, it was noticed that social projects contributed to the strengthening of black identity in an intersectional perspective and offered tools to rethink the hegemonic epistemic model, fostering critical thinking that opposes the naturalization of social inequalities. Finally, it was concluded that the actions of the ONG RNG can contribute to the confrontation of multiple oppressions and to the construction of a democratic society based on ethical, aesthetic and political principles of decolonial thinking.

Author Biographies

Maylla Monnik Rodrigues de Sousa Chaveiro, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Doutora pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Co-fundadora da ONG Raízes do Norte Goiano e Psicóloga Clínica.

Marielly Martins de Sousa

Graduada em História pela Universidade Estadual de Goiás e Especialista em Gestão de Cidades e Planejamento Urbano. É servidora na Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás. Possui atuação na área de Políticas Públicas de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar; Proteção da Infância e da adolescência; Combate ao Racismo; Valorização da Ancestralidade, Saberes, Ritmos e Linguagem da Tradição de Matriz Africana. É cofundadora e presidente da ONG Raízes do Norte Goiano.

References

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.

BALLESTRIN, Luciana. Entrevista: Para transcender a colonialidade. IHU-Online – Revista do Instituto Humanitas – UNISINOS. Autores: Luciano Gallas e Ricardo Machado. 2013. Disponível em: Acesso em maio 2023.

CHAVEIRO, Maylla. M. R. S. Cabelos Crespos em Movimento(s): Infância e Relações Étnico-Raciais. 2020. 191 f. Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas) Centro de Filosofia e Ciências Humanas – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. 2020.

CHAVEIRO, Maylla. M. R. S., MINELLA, Luzinete. S. Infâncias decoloniais, interseccionalidades e desobediências epistêmicas. Cadernos de Gênero e Diversidade,7(1), 99–117. DOI: https://doi.org/10.9771/cgd.v7i1.43661

CHAVEIRO, Maylla. M. R. de S. Infâncias afrofuturistas, cabelo crespo e sankofa: a estética como estratégia de resistência. ODEERE, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 176-191, 2023. DOI: 10.22481/odeere.v8i1.12338. Disponível em:

https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/12338. Acesso em: 14 maio. 2023

COLLINS, Patricia. Black Feminist Thought: Knowledge, Consciousness and the Politics of Empowerment. New York: Routledge, 2009.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para encontro de especialistas em Aspectos da Discriminação Racial relativos ao Gênero. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 171-188, 2002.

FANON, Frantz, Os condenados da terra. Juiz de fora: Ed. UFJF, 2005. (coleção cultura, v.2).

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EdUfba, 2008

FRIGOTTO, Gaudêncio. Interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas Ciências Sociais. Revista Centro de Educação e Letras, v. 10, n. 1, p. 41-62, 2008.

GOMES, Nilma Lino, Educação e Identidade Negra. Aletria, Belo Horizonte Minas Gerais, v. 9, n. 1, p. 38-47, 2002b.

HALL, Stuart. Quem precisa da identidade? In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e Diferença. Petrópolis: Vozes, 2000. p. 103-133.

HOOKS, Bell. Vivendo de amor. Geledés, 2010. Disponível em: http://arquivo.geledes.org.br/areas-de-atuacao/questoes-de-genero/180-artigos-degenero/4799-vivendo-de-amor. Acesso: 15 mar. 2015.

HOOKS, Bell. Olhares negros: raça e representação. Trad. Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2019.

KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Editora Cobogó, 2020.

MARTÍN-BARÓ, Ignacio. O Papel do Psicólogo. Estudos de Psicologia, Natal, n. 2, p. 7-27, 1997.

NOGUEIRA, Sidnei. Intolerância religiosa. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2020

SCHUCMAN, Lia Vainer. Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana. Psicologia & Sociedade, v. 26, p. 83-94, 2014.

SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis: Vozes, 2017.

SOUZA, Neuza Santos. Tornar-se negro, ou, As vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social (Vol. 4). Rio de Janeiro: Edições Graal Ltda. 1983.

SOUZA, Neuza Santos. O estrangeiro: nossa condição. In.: Koltai, C. (Org). O estrangeiro. São Paulo: Editora Escuta, 1998.

Published

2023-05-29

Issue

Section

Artigos - África e suas diásporas