Agricultura familiar e áreas de preservação permanente: uma análise a partir da concepção dos colonos de Botuverá/SC.

Autores

  • Cíntia Uller-Gómez
  • Maria José Reis UNIVALI
  • Luiz Fernando Scheibe UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2009v6n1p179

Resumo

http://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2009v6n1p179

 

Neste trabalho analisamos as representações sociais de agricultores familiares de Botuverá (SC), auto-identificados como “colonos”, a respeito do uso das margens dos cursos d’água, e o significado do plantio de espécies florestais exóticas (sobretudo eucalipto) em seus estabelecimentos rurais. Constatamos que as áreas ciliares são tidas como áreas produtivas para a família, a partir de um conjunto de valores, correspondentes, de um modo geral a uma certa campesinidade, e de modo específico à sua condição de colonos. O plantio de espécies exóticas como os eucaliptos, por sua vez, aparece com mais intensidade nos estabelecimentos em que os referidos valores camponeses já não têm tanta importância nas decisões tomadas, e naqueles estabelecimentos em que já não se depende exclusivamente do uso da terra. Concluímos que estratégias de conservação ambiental devem considerar as necessidades práticas e os aspectos simbólicos dos agricultores familiares, através da construção conjunta de alternativas de uso conservacionista, valorizando o aspecto de que nos estabelecimentos em que os valores relativos à referida campesinidade se fazem mais presentes, é maior a tendência em conservar a biodiversidade.

Palavras-chave: Agricultura familiar; Mata ciliar; Áreas de preservação permanente

Biografia do Autor

Cíntia Uller-Gómez

Doutor em Ciências Humanas.

Maria José Reis, UNIVALI

Doutor. Coordenadoria de Ciência Política, UNIVALI.

Luiz Fernando Scheibe, UFSC

Doutor. Departamento de Geociências, UFSC.

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Publicado

02.07.2009

Edição

Seção

Artigos