Ameaças naturais e avaliação subjetiva na construção da vulnerabilidade social diante de desastres naturais no Chile e Brasil

Autores

  • Hugo Romero Universidade do Chile, Valparaíso
  • Magaly Mendonça Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/1807-1384.2012v9n1p127

Resumo

São analisados de pontos de vista objetivo e subjetivo, alguns dos fatores econômicos, políticos, sociais e culturais que participam da construção da vulnerabilidade social com que comunidades do Chile e Brasil têm enfrentado desastres naturais recentes, que incluem inundações, deslizamentos, terremotos e tsunamis. Fatores globais têm gerado restrições econômicas que se manifestam localmente em um aumento da vulnerabilidade social devido à falta de inversões públicas em obras de proteção. Adicionalmente, se observam processos de exclusão e segregação social, traduzidos em uma ocupação humana permanente e sistemática de áreas expostas às ameaças naturais, nas quais se localiza a população de menores recursos. As percepções dos riscos naturais, as formas de organização social e as expectativas e frustrações das comunidades locais constituem valiosas lições que deveriam ser bases do aprendizado social necessário para evitar que estas tragédias continuem repetindo-se em nossos países.

Biografia do Autor

Hugo Romero, Universidade do Chile, Valparaíso

Doutor pelo Instituto de Geografia Física da Universidade de Berna, Suíça; Professor de História e Geografia da Universidade do Chile, Valparaíso. Departamento de Geografía y Núcleo Milenio de Investigación sobre Vulnerabilidad ante Desastres Socionaturales de la Universidad de Chile

Magaly Mendonça, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Graduação em Geografia, Mestre em Geografia (Utilização e Conservação de Recursos Naturais) pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutora em Geografia (Geografia Física) pela Universidade de São Paulo. Professora associada e foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina na gestão 2009-2011. É membro do corpo editorial da Revista Geosul e Revista Brasileira de Climatologia (ABCLIMA). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia Geográfica, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia, circulação atmosférica, anomalia pluvial, clima regional e urbano e desastres naturais. Coordena o Laboratório de Climatologia Aplicada (LABCLIMA) e é membro do Grupo de Estudos de Desastres Naturais (GEDN) e da Associação Brasileira de Climatologia (ABCLIMA). Atua no Programa de pós-graduação em Geografia nas linhas de pesquisa Análise Ambiental e Processos Educativos em Geografia. Participa ainda do Grupo de Pesquisa do Núcleo de Pesquisa e Ensino de Geografia da UFSC (NEPEGEO). Atualmente realiza estágio pós-doutoral, com bolsa da CAPES, no Departamento de Geografia da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na Universidade do Chile.

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Publicado

22.07.2012

Edição

Seção

Dossiê: Sociedade e Meio Ambiente: olhar global, visões latinoamericanas. Organização: Dr. Luiz Fernando Scheibe